Meninas e meninos,
Para me despedir nesta semana curta de Natal, queria deixar no ar este artigo que publiquei em outra mídia sobre o “Terroir”.
Que tenham todos um ótimo Natal.
Sei que este terreno é minado, não no sentido ruim, mas de assunto explosivo!
Há muita discussão em torno do que seja e para que serve o terroir, esta palavra francesa, que não encontramos uma tradução literal em nossa língua.
Vou apelar para um enólogo, dos mais competentes que conheço, que é o Marcelo Retamal, responsável pela De Martino no Chile.
“Terroir, para mim, é uma somatória da geologia; solo; clima; vinhedo e manejo”
Grafei vinhedo e manejo em negrito, pois é aqui que eu quero me apegar um pouco mais nesta minha consideração sobre o tema.
Quando temos vinhedos diferentes, uvas distintas e em parcelas diversas, para mim fica claro, que uma “parte” daquele terroir, está se expressando!
A mesma coisa se aplica, quanto ao manejo.
Terroir no meu entendimento, além é claro, de expressar com nitidez uma característica local, deve ter muito nítida em que condições de manejo e com quais uvas e vinhedos estamos trabalhando, claro que podemos assumir de pronto que poderemos, e creio mesmo que temos, vários terroirs em uma mesma propriedade.
O solo não se modifica, independentemente de divisas?
Por que será que os mais antigos, que nada ou quase nada entendiam de terroir, procuravam vinificar seus melhores caldos, com “aquelas parreiras”, que formavam uma parte diferenciada dentro da parcela?
Eram melhores que outras, e eles ao longo de anos e mesmo de gerações, sabiam disso, e delas faziam seus tops.
O clima teria mudado em torno delas?
Talvez o manejo, visto serem as queridinhas?
Agora, muito provavelmente a geologia e solo, não eram os mesmos, pois eram diferenciadas no meio das outras parreiras, estas que se destacavam como excepcionais.
Acredito que tenhamos que buscar uma tipicidade maior, que nos permita identificar os vinhos daquela região ou mesmo, daquela parcela de tal produtor, busca esta feita com critérios.
Ai vem a pergunta: Mas tipicidade é mais importante do que gosto?
Ou seja, deixar de fazer um vinho que ao longo do tempo já tenha caído no agrado, para buscar-se uma tipicidade, que muitas vezes irá pedir mudanças de manejo? Ou será melhor começar do zero com um novo vinho?
Vou colocar mais uma pitadinha nesta questão: Se o manejo da propriedade tender ao orgânico, ou mesmo ao biodinâmico, isto não muda tudo?
Eu particularmente, não por saudosismo, mas por constatação, vejo que os mais antigos é que sabiam respeitar os limites, no trato à terra, animais e natureza, ou seja, já praticavam a biodinâmica, com bons resultados para a época, sem saberem que o nome da cultura, gerações mais tarde, seria este “BIODINÂMICA,” então mãos à obra, e busquemos esta expressão individual, esta tipicidade, mas pensando mais holisticamente no todo, pois ai poderemos extrair verdadeiramente as melhores condições de cada parcela do parreiral.
Há muita discussão em torno do que seja e para que serve o terroir, esta palavra francesa, que não encontramos uma tradução literal em nossa língua.
Vou apelar para um enólogo, dos mais competentes que conheço, que é o Marcelo Retamal, responsável pela De Martino no Chile.
“Terroir, para mim, é uma somatória da geologia; solo; clima; vinhedo e manejo”
Grafei vinhedo e manejo em negrito, pois é aqui que eu quero me apegar um pouco mais nesta minha consideração sobre o tema.
Quando temos vinhedos diferentes, uvas distintas e em parcelas diversas, para mim fica claro, que uma “parte” daquele terroir, está se expressando!
A mesma coisa se aplica, quanto ao manejo.
Terroir no meu entendimento, além é claro, de expressar com nitidez uma característica local, deve ter muito nítida em que condições de manejo e com quais uvas e vinhedos estamos trabalhando, claro que podemos assumir de pronto que poderemos, e creio mesmo que temos, vários terroirs em uma mesma propriedade.
O solo não se modifica, independentemente de divisas?
Por que será que os mais antigos, que nada ou quase nada entendiam de terroir, procuravam vinificar seus melhores caldos, com “aquelas parreiras”, que formavam uma parte diferenciada dentro da parcela?
Eram melhores que outras, e eles ao longo de anos e mesmo de gerações, sabiam disso, e delas faziam seus tops.
O clima teria mudado em torno delas?
Talvez o manejo, visto serem as queridinhas?
Agora, muito provavelmente a geologia e solo, não eram os mesmos, pois eram diferenciadas no meio das outras parreiras, estas que se destacavam como excepcionais.
Acredito que tenhamos que buscar uma tipicidade maior, que nos permita identificar os vinhos daquela região ou mesmo, daquela parcela de tal produtor, busca esta feita com critérios.
Ai vem a pergunta: Mas tipicidade é mais importante do que gosto?
Ou seja, deixar de fazer um vinho que ao longo do tempo já tenha caído no agrado, para buscar-se uma tipicidade, que muitas vezes irá pedir mudanças de manejo? Ou será melhor começar do zero com um novo vinho?
Vou colocar mais uma pitadinha nesta questão: Se o manejo da propriedade tender ao orgânico, ou mesmo ao biodinâmico, isto não muda tudo?
Eu particularmente, não por saudosismo, mas por constatação, vejo que os mais antigos é que sabiam respeitar os limites, no trato à terra, animais e natureza, ou seja, já praticavam a biodinâmica, com bons resultados para a época, sem saberem que o nome da cultura, gerações mais tarde, seria este “BIODINÂMICA,” então mãos à obra, e busquemos esta expressão individual, esta tipicidade, mas pensando mais holisticamente no todo, pois ai poderemos extrair verdadeiramente as melhores condições de cada parcela do parreiral.
Por falar em vinhos orgânicos e biodinâmicos, estes serão alvo de um próximo artigo!
Este tema, quando entra no sentido literal da palavra holistico, não parece feito para se entender universalmente o significado do Natal para os cristãos?
Até o próximo brinde!
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão