Meninas e meninos,
Recebi esta carta aberta, que figura na ilustração deste texto, onde as entidades ABBA (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas), a ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas) e a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) se posicionam a respeito do pedido de salvaguardas contra a importação de vinhos.
Recém terminada a Expovinis, a maior feira de vinhos das Américas, onde colhi várias opiniões de produtores Brasileiros e estrangeiros, importadores e profissionais ligados ao setor, verifiquei que se para alguns está bem clara a medida, para muitos ainda pairam muitas dúvidas.
Eu tenho reiterado que além da minha discordância de qualquer medida impeditiva de livre escolha e competição, o que mais me preocupa, e que quase ninguém vem dando crédito, são as contrapartidas assumidas por quem pediu a salvaguarda e que me parece muito difícil de ser cumprida, me levando a crer que para a esmagadora maioria de vitivinicultores será impossível, devido ao tamanho médio das propriedades.
Vejam resumidamente os tópicos que sempre me chamaram a atenção:
-Em 3 anos acrescer 1500 ha em novas regiões vinícolas, significando aumento de 49% em relação à área em 2010, isto para vinhos finos.
-Aumentar produtividade média por hectare nas novas áreas plantadas de 8000 Kg para 11000 kg, aumento de 37%.
-Praticar nas novas regiões custos de produção 35% inferiores às das áreas tradicionais.
-Reduzir o custo da matéria prima uva em 15% em 3 anos e em 25% até 8 anos
-Incentivar através de seminários e divulgação institucional as reais vantagens de fusões de empresas.
-Investir R$ 15.000.000,00 em mkt institucional Vinhos do Brasil em 3 anos, a seguir até 8 anos mais R$ 25.000.000,00 em mkt institucional com a marca Vinhos do Brasil.
Espero que o bom senso prevaleça e as livres iniciativa e concorrência, possam levar o setor a competir, e competindo ao ganho real, de eficiência e acima de tudo, eficácia.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão