Meninas e meninos,
De volta às postagens, depois de um tempinho ausente em virtude de afazeres fora do Brasil, afazeres estes, claro, ligados aos vinhos e à gastronomia, e que me tomaram algum tempo e me distanciaram um pouco dos leitores deste veículo, vou correr atrás do tempo, e tentar postar tudo com a maior brevidade.
Começo com a degustação e almoço que os amigos Cláudio Schleder, um exemplo de múltiplos fazeres e saberes, e sua ajudante de ordens, Danielle Vieira organizaram para que a Cave Wines, a nova importadora dos vinhos Canepa, cujo diretor e também amigo André Maculan, nos proporcionou, jornalistas especializados e este que vos escreve.
Em 1914 o italiano Giuseppe Canepa sai da Itália procurando novos horizontes no Chile e já em 1930, Jose Canepa Vaccarezza funda a primeira bodega Canepa em Valparaíso.
Com a linha Finíssimo ganha vários prêmios e já em 1990 seu primeiro exemplar do rótulo Magnificvum, seu vinho ícone vai ao mercado.
Desde 2007 a parceria com a Conha Y Toro, numa aliança estratégica bem feita, propiciou o crescimento ainda mais significativo da linha Canepa, acrescentando novas cepas aos rótulos Genovino.
O enólogo Chefe Javier Solari, muito conhecido e conceituado, tem feito um trabalho de aprimoramento em toda a linha de vinhos da empresa. Degustamos os vinhos, não necessariamente nesta ordem.
-Finísimo Sauvignon Blanc leve e frutado, algo mineral cítrico, até parece ter passado um leve tempo em madeira, devido seu amanteigado.
-Reserva Sauvignon Blanc
-Reserva Pinot Grigio, leve e fresco como convém aos vinhos desta cepa, bom para degustar sem preocupações e com entradinhas e petiscos leves.
-Magnificvm Cabernet Sauvignon, top de linha tem corte de 97% Cab Sauvig e 3% Cab Franc, passando por barricas francesas por 18 meses, equilibrado em acidez e álcool (14,5%), lembra o chocolate, frutas maduras, um toque de café.
-Genovino Carignan, muito bom, passa por 14 meses em madeira, com 14,5% de álcool conserva sua maciez e equilíbrio, sutil floral e boa persistência em boca.
-Finíssimo Cabernet Sauvignon, corte de 85% Cab Sauvig e 15% Syrah, que o deixa mais achocolatado, passa 14 meses por madeira apresenta-se com especiarias, devido à Syrah, muito bom com as morcillas, que são bem temperadas e com especiarias.
-Reserva Cabernet Sauvignon, corte de 90% Cab Sauvig e 10% Carmenere, passa 8 meses em madeira, bom para acompanhar carnes brazeadas.
Deixei o Reserva Carmenere por último por ter sido o que mais me agradou no todo, também levando em conta seu preço da ordem de R$45,00.
Corte de 85% Carmenere e 15% Cab Sauvig, passa 8 meses em madeira, frutas maduras, algo de cogumelos, sutil mentolado, equilibrado em seus 13,5% de álcool e taninos, que aparecem, mas macios, ideal para carnes vermelhas em geral, em cocções com molhos ou só assadas e brazeadas. Como é muito variado em seu espectro olfativo, experimentei com morcillas, e ficou ótimo, assim como o Finíssimo Cab Sauvignon.
Canepa Winery
Cave Wines
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão