Meninas e meninos,
Tenho recebido algumas perguntas pertinentes ao exame visual que podemos fazer quanto aos vinhos.
Há alguns anos, o exame visual era muito mais importante do que é hoje, visto que nos modernos e tecnológicos tempos, é muito raro termos algum defeito no visual dos vinhos,
devemos sim, é prestar atenção para alguns fatores que podem nos dizer sobre a idade dos mesmos.
Nos vinhos brancos, estes quanto mais jovens e, via de regra, começam sua escala cromática pelos bem clarinhos, quase papel, palha, com reflexos verdeais e vão escurecendo lentamente com os anos, que podem ter ou não prejudicado o líquido, dependendo de como foi feita esta armazenagem e guarda, indo até o âmbar, aquela cor amarelo ouro velho, ou quase telha, e que dependendo do tipo de vinho, se fortificado ou não, pode nos dizer que o vinho branco analisado passou do ponto.
Os tintos fazem viagem contrária, começando com a cor violácea, ficando mais claros e se encaminhando para o atijolado, cor de telha.
Claro que os vinhos fortificados, como os Portos, podem ter uma cor mais atijolada e não estarem comprometidos, mas estamos falando dos vinhos tranqüilos, e não fortificados.
Dependendo da cepa da vinífera e ou do corte, as cores nos brancos e tintos podem variar dentro desta palheta cromática, servindo de pista ao observador quanto à idade esperada do vinho, origem da cepa, pois um Sauvignon Blanc, por exemplo, do novo mundo, tem uma cor mais acentuada do que seu irmão do velho mundo, tendo ambos as mesmas características de longevidade e tratamento, passagem ou não por madeira, pois no novo mundo a insolação na época da colheita é muito intensa, causando vinhos mais alcoólicos e com as cascas mais grossas (sempre passa alguma coisa ao mosto), visto que os brancos ao menos na maioria, são vinificados longes das cascas, o mesmo serve para os tintos, estes sim, com mais carga de antocianos, que dão a cor mais acentuada, mas são nuances que só com a experiência se pode analisar.
Ao olharmos um vinho tinto, por exemplo, da uva Merlot, safra de um ou dois anos anteriores à vigente, o vinho jamais poderá estar cor de tijolo.
Um branco de Chardonnay, para citar uma uva das mais conhecidas, de três ou quatro anos anteriores à safra vigente, e que tenha passagem por madeira, terá a cor mais dourada do que um que não tenha passagem por madeira, mas jamais estes poucos anos, a não ser por problemas no tamponamento ou armazenamento, o levam à cor âmbar.
Tudo isto, sem contar com a co-pigmentação, descrita em postagem anterior.
Como tudo no vinho, temos inúmeras situações, que somente a prática trará melhor compreensão, porém de modo a que não se comprem ou se degustem vinhos impróprios é bom analisar a cor dos vinhos nas taças, ou mesmo nas garrafas, quando estas são transparentes, normalmente para os brancos e de sobremesa.
A ilustração achei bem bacana e moderna, e tirei do manual da Revista Adega.
http://revistaadega.uol.com.br/
Tenho recebido algumas perguntas pertinentes ao exame visual que podemos fazer quanto aos vinhos.
Há alguns anos, o exame visual era muito mais importante do que é hoje, visto que nos modernos e tecnológicos tempos, é muito raro termos algum defeito no visual dos vinhos,
devemos sim, é prestar atenção para alguns fatores que podem nos dizer sobre a idade dos mesmos.
Nos vinhos brancos, estes quanto mais jovens e, via de regra, começam sua escala cromática pelos bem clarinhos, quase papel, palha, com reflexos verdeais e vão escurecendo lentamente com os anos, que podem ter ou não prejudicado o líquido, dependendo de como foi feita esta armazenagem e guarda, indo até o âmbar, aquela cor amarelo ouro velho, ou quase telha, e que dependendo do tipo de vinho, se fortificado ou não, pode nos dizer que o vinho branco analisado passou do ponto.
Os tintos fazem viagem contrária, começando com a cor violácea, ficando mais claros e se encaminhando para o atijolado, cor de telha.
Claro que os vinhos fortificados, como os Portos, podem ter uma cor mais atijolada e não estarem comprometidos, mas estamos falando dos vinhos tranqüilos, e não fortificados.
Dependendo da cepa da vinífera e ou do corte, as cores nos brancos e tintos podem variar dentro desta palheta cromática, servindo de pista ao observador quanto à idade esperada do vinho, origem da cepa, pois um Sauvignon Blanc, por exemplo, do novo mundo, tem uma cor mais acentuada do que seu irmão do velho mundo, tendo ambos as mesmas características de longevidade e tratamento, passagem ou não por madeira, pois no novo mundo a insolação na época da colheita é muito intensa, causando vinhos mais alcoólicos e com as cascas mais grossas (sempre passa alguma coisa ao mosto), visto que os brancos ao menos na maioria, são vinificados longes das cascas, o mesmo serve para os tintos, estes sim, com mais carga de antocianos, que dão a cor mais acentuada, mas são nuances que só com a experiência se pode analisar.
Ao olharmos um vinho tinto, por exemplo, da uva Merlot, safra de um ou dois anos anteriores à vigente, o vinho jamais poderá estar cor de tijolo.
Um branco de Chardonnay, para citar uma uva das mais conhecidas, de três ou quatro anos anteriores à safra vigente, e que tenha passagem por madeira, terá a cor mais dourada do que um que não tenha passagem por madeira, mas jamais estes poucos anos, a não ser por problemas no tamponamento ou armazenamento, o levam à cor âmbar.
Tudo isto, sem contar com a co-pigmentação, descrita em postagem anterior.
Como tudo no vinho, temos inúmeras situações, que somente a prática trará melhor compreensão, porém de modo a que não se comprem ou se degustem vinhos impróprios é bom analisar a cor dos vinhos nas taças, ou mesmo nas garrafas, quando estas são transparentes, normalmente para os brancos e de sobremesa.
A ilustração achei bem bacana e moderna, e tirei do manual da Revista Adega.
http://revistaadega.uol.com.br/
Até o próximo brinde!
Álavaro Cézar Galvão