Meninas e meninos,
Tive a fantástica oportunidade de estar ao lado de um jovem produtor da África do Sul, mais precisamente, localizada em Stellenbosch, entusiamado e bem homorado, hoje seguidor da filosofia de Rudolph Steiner.
Reyneke foi pioneira no cultivo biodinâmico na África do Sul, muito em virtude de Johan ser um apaixonado pelo terroir em especial ao de Stellenbosch.
Seus vinhos já mereceram elogios da maior autoridade em vinhos da África do Sul, John Platter, e bem, na minha modesta opinião, e sabendo de meu devido lugar, achei os 5 vinhos degustados muito bons, e claro, tenho meus preferidos, dois deles.
Johan começou a produzir seus vinhos em 1998, nas só em 2002 é que aconteceu a virada biodinâmica, produzindo hoje em média 120.000 garrafas/ ano.
Já que a Reyneke produz 5 vinhos, eleger dois como preferidos é como dizer que elegi 50% da sua produção como os que mais me agradaram!
Degustei os vinhos nesta ordem:
1-Reyneke Sauvignon Blanc 2009, com intenso floral, algo de mineral, longo e equilibrado em boca, 14 % de álcool.
2- Reyneke Chenin Blanc 2008, novamente o floral, agora com nitidez as rosas brancas, com toques herbáceos, sutil oliva, e depois de um tempo em taça, surgem frutados diversos.
3-Reyneke Reserve Sauvignon Blanc 2009- meu preferido, vinho completo para meu paladar.
Começa com baunilha ao olfato, passa ao coco, olivas, o floral já sentido nos outros dois brancos, abrem-se frutas mais para as super-maduras, acidez ótima, longo em boca, carnudo, porém nada exagerado, confirmando em boca as frutas bem maduras, um cítrico ao fundo, 13,5% de álcool.
Passa 15 meses por barris de carvalho Francês, 50% novos e 50% usados. Outro diferencial é sua garrafa, que não tem rótulo, mas trás gravado o nome da vinícola.
4- Reyneke Pinotage 2008 cor de Pinot Noir, nariz com aquela característica “borracha” dos Pinotage que já degustei, mas eis o floral novamente aparecendo, 13,5% de álcool.
5-Reyneke Cornesrstone 2007, outro que me chamou muito a atenção, agora tinto, um corte de 50% de Cab Sauvignon, 40% Shiraz e o restante Merlot.
Frutado no nariz e confirmado em boca, toques mentolados e um interessante feno, ou capim seco, ou para quem conhece aquele aroma que os paióis das fazendas, onde se guarda o milho em espiga, que via de regra fica em sua palha. Outra característica que me agrada é que os taninos fazem-se sentir, apesar de ser o mais alcoólico, 14,5%, certamente devido às potentes Shiraz e Cab Sauvignon, é equilibrado e em nada modifica o todo.
Quem importa os vinhos da Reyneke é a Mistral
www.mistral.com.br
Álvaro Cézar Galvão