Meninas e meninos,
Os vinhos nos reservam surpresas, não canso de dizer, e aqui vai mais uma destas belas surpresas.
Convidado pela eficiente e linda Fernanda Fonseca, assessora da Interfood, para almoço com o representante da casa de Champagne Armand Brignac, Mr Brett Berish.
Sendo um rótulo da grife Cattier, produtores em Champagne desde 1763, e que dispensa maiores comentários, já sabia que seria algo que ficaria marcado indelevelmente na memória, dentro da semana de almoços e degustações.
Todas as uvas selecionadas para este Champagnes, são provenientes de vinhedos Grand Cru e Premier Grand Cru, com produções limitadas, totalizando apenas 5000 caixas/ano.
As uvas para o Gold e o Rose são Marme, que incluem Montagne de Reims, Valle de la Marme e Cote de Blancs. Para o Blanc de Blancs são selecionadas uvas de Montagne de Reins e Cote des Blancs.
Cada um deles é composto por vinhos base de ao menos três safras, sendo estes degustados das safras de 2002; 2003 e 2005.
O que vi, foi além da expectativa, com relação aos vinhos, ao cardápio, executado pelo amigo Emmanuel Bassoleil, à apresentação dos Champagnes, tanto no seu visual, muito elegante e rico, como na degustação.
Três Champagnes foram servidos, que depois acompanhariam também o menu, especialmente elaborado pelo Bassoleil, que até pasteizinhos de caviar continha.
O primeiro a ser servido, e que foi o que mais gostei, o Brut Gold, corte de 40% Chardonnay; 40% Pinot Noir e 20% Pinot Meunier, cor clara, perlage impressionante, não parava de subir o colar de pérolas na taça, formando a coroa, aromas bem florais, aparecem os tostados de pão, frutas cítricas maduras, e um lácteo gostoso.Em boca confirma a explosiva mousse, o lácteo, aparecem amêndoas tostadas, e um adocicado das frutas maduras. Com frescor e acidez ímpares, serviu de acompanhamento às entradas de salmão, quase em ceviche.
O segundo a ser servido foi o Blanc de Blancs, um 100% Chardonnay, que se apresentou com a mesma exuberância no perlage e coroa. Cor também bem clara, aromas mais cítricos, floral permanece, algo de baunilha e tostados mais sutis. Em boca confirma o cítricos, a baunilha, e frutas mais secas como damasco.
Harmonizou bem com as entradas, e com Robalo no vapor ao creme de champagne, caviar, purê de inhame e pastel de Mujol com limão Siciliano. Foi a melhor harmonização, pois o Gold não tinha os cítricos mais frescos para se juntar ao creme de caviar e ao peixe com purê. Fantástica experiência.
O terceiro Champagne degustado foi o Rosé, corte de 50% Pinot Noir, 40% Pinot Meunier e 10% Chardonnay. Cor mais para o salmão do que casca de cebola, aromas de frutas silvestres, sutil tostado e lácteo.Confirma em boca o lácteo e o frutado, acidez e perlage como os outros, sempre ótimo.
Harmonizou bem com Mascarpone.
Realmente não houve partícipe desta ocasião que não tenha se extasiado neste almoço.
Interfood
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão