Meninas e meninos,
Estive em instrutivo almoço na companhia do enólogo chefe Alejandro Galaz da Viña Ventisquero, especialmente da linha de vinhos Ramirana, “Vinhos com Influência Costeira”.
Quem importa é a Cantu, aquela que importa o que realmente importa para nós, e não é brincadeira, e todas as vezes que for convidado à conhecer seus produtos, lá estarei, pois além de um belo catálogo, as lindas meninas da Ch2A, agora com a competente ajuda do Mkt da Cantu, parecem aquela propaganda política: Fazem o futuro acontecer!
O almoço, na presença de Alejandro e convidados, se deu no ótimo KAA, que procurou harmoniza-lo, seguindo as instruções do enólogo.
Raramente vemos nas fichas técnicas, descritores aromáticos e gustativos tão pertinentes, pois estes são muito próprios das memórias olfato-gustativas de quem os prova.
Nas fichas dos vinhos da linha Ramirana, vemos uma exceção à regra.
Devo citar que os vinhos com a influência marítima se mostram mais frescos, menos alcoólicos, o que eu particularmente saúdo como ótimo, e mostram uma acidez mais pronunciada, mesmo para os tintos, nos levando a crer então que são longevos também.
Provêm de dois vales, Lolol, em Rapel, para os brancos e do chamado Maipo Costa, para os tintos.
Ambos com solos de origem granítica conferem algo mineral sutil aos seus vinhos, dando complexidade e elegância.
Ademais, os cuidados com a colheita e vindima fazem a diferença, como em todos os vinhos, a colheita manual.
Provamos dois brancos e dois tintos.
1-Ramirana Reserva Chardonnay(58%), Sauvignon Blanc 2009, onde o aroma de mamão é inconfundível e segundo Alejandro serve de parâmetro para o Chardonnay deste vale.
2-Ramirana Gran Reserva Sauvignon Blanc(70%), Gewürztraminer 2010
3-Ramirana Gran Reserva Syrah(60%), Carmenère 2008
4-Ramirana Trinidad Premiun 2008
Todos com excelente relação preço X qualidade, mas o que me encantou e me alongo um pouco mais foi o branco, ótimo para nosso clima e harmonizações várias:
Ramirana Gran Reserva Sauvignos Blanc / Gewürztraminer 2010.
Como dito anteriormente proveniente de Lolol, Valle de Rapel
A colheita foi feita manualmente no ponto máximo de seu potencial, sendo colhida a SB em Março e depois em Abril a Gewurz, sempre pela manhã e em caixas com não mais de 10 kg.
Segundo Alejandro, “para manter o caráter frutado, foi deixado em maceração fria durante 12 horas. Durante todo o processo o mosto foi protegido do contato com o oxigênio. A fermentação foi realizada lentamente, mantendo um controle constante da temperatura, que oscilou entre 13º e 15ºC, permitindo obter uma grande quantidade de aromas frutais e minerais. Uma vez terminada a fermentação, foi deixado repousar sobre suas leiras, realizando suaves movimentos (bâttonage) para maximizar o contato e aportar complexidade aromática”.
Álcool 13,5 %, palha claro com tons verdeais, tem no nariz goiaba e lima da pérsia, toques floral e mineral aparecem, além de cítricos que se abrem em maior profusão.
Confirma minerais e floral em boca, sem ser desagradável e muito perfumado, abrindo abacaxi e um frescor muito bom.
Não é dos mais longos em boca, mas a deixa fresca e limpa, pela sua notada acidez.
Saladas, alguns queijos, o de cabra, por exemplo, peixes que até podem ser os de couro também, e frutos do mar, devem ficar muito bem acompanhados deste vinho.
Não são feitas muitas garrafas, somente 700 cx de 12, portanto se quiserem prova-lo, ao menos desta ótima safra, é a ocasião, quando começamos a primavera e logo mais o verão e seu calor.
Seu preço R$ 65,00 o deixa em ótimo lugar dentre os Gran Reserva
Deguste-o ao redor dos 9º a 12º para extrair o melhor deste vinho.
Cantu
http://www.cantu.com.br/
Álvaro Cézar Galvão