Meninas e meninos,
Esta semana tivemos, amigos jornalistas, críticos de vinhos e eu, a “árdua” tarefa de conhecer os Champagnes da casa Lanson, que a Importadora Barrinhas está trazendo para o Brasil.
Em um jantar ocorrido no Le Vin dos amigos Nancy Mattos e Francisco Barroso, sob a maiúscula chefia de cozinha do também amigo, Chef Marcilio Araújo, cujo cardápio foi todo pensado para harmonizar com os quatro tipos de Champagne Lanson servidos.
Fundada em 1760, a Maison Lanson faz parte do grupo Boizel Chanoine Champagne(BCC).
A Maison adotou a Cruz de Malta, símbolo dos Templários, quando Nicolas Louis de La Motte, filho do fundador e cavaleiro da ordem, assumiu a presidência em 1798. Em 1828 a Maison Lanson associou-se a Jean Baptiste Lanson.
Em 2008 o grupo BCC, que congrega 7 produtores de vinhos e Champagnes, vendeu nada menos que 19,8 milhões de garrafas de Chamapgne.
Uma curiosidade que tenho para falar, é que em nenhum Champagne da Lanson se realiza a fermentação malolática, garantindo assim sua ótima acidez, e um potencial de guarda maior.
Fomos logo à chegada, recebendo taças do Lanson Rose Label, um Champagne Rose Brut, próprio para recepções e entradinhas, e também para beber sozinho, por que não?
Com assemblage de Chardonnay(32%); Pinot Noir(53%) e Pinot Meunier, envelhece por 3 anos, com uma bela cor, borbulhas finíssimas, aliás, característica dos Champagnes Lanson que provei, com aromas frutados e em boca boa acidez e equilíbrio.
A entrada, uma salada verde com queijo quente de cabra, foi servido o Black Label Champagne Brut, produto que está presente em mais de 85 países e o mais conhecido da Lanson.
Chardonnay(35%); Pinot Noir(50%) e Pinot Meunier, envelhece no mínimo 3 anos, visual brilhante, mais para o palha, aromas cítricos e algo mineral, mas sutil, floral lembrando a mel, em boca confirma os cítricos, bom mousse, e como todos os Lanson, perlage finíssimo e abundante.Um ótimo Champagne, mas ainda nos estava reservada uma bela surpresa.
Para o primeiro prato, filé de salmão meio cozido com molho leve de limão verde, ótimos por sinal, veio o que para mim foi o campioníssimo da noite, o Gold Label Champagne Brut Vintage 1999.
Espetacular, é um assemblage Pinot Noir(50%) e Chradonnay, com uvas vindas de 7 Crus diferentes, e que só é feito em grandes safras, tais como as de 1903; 1928; 1971; 1990; 1995; 1996.
Amarelado mais dourado, com aromas complexos que ficaram se abrindo o tempo todo na taça, com cítricos, florais, e este sim, com um toque mineral mais perceptível, e que passa depois para o chocolate com amêndoas.
Lembra os aromas de levedura de pães e brioche, com pêra e algo de maça verde. Em boca explosivo, amanteigado, fresco e longo, com 12,5% de álcool, aliás, marca dos Lanson degustados. Harmonizou-se lindamente com o prato e eu, ao menos, mas sei de amigos que fizeram o mesmo, repetimos e repetimos, as taças sem cansaço.
Fica envelhecendo no mínimo 5 anos.
Para o segundo prato, Blanquette de vitela com champignon à la crema, veio o Extra Age Champagne Brut.
Asemblage feito para relembrar a tradição dos séulos XIX e XX, e para comemorar os 250 anos de fundação da Lanson.
Chardonnay (40%) e Pinot Noir selecionados de vinhedos Grand Crus e Premiers Crus das safras vintage de 1999, 2002 e 2003.
Envelhece um mínimo de 5 anos, visual parecido com o Gold, mas mais claro, elegante, no nariz é floral e cítrico e em boca mais ácido que o anterior.
O perlage, nem preciso dizer, igual aos outros, ótimo exemplar, mas o Gold não me saia da memória e do paladar.
Aos eficientes amigos da Barrinhas, Cláudio, Gregório, Deise e Ana Paula, digo sem medo de errar: Parabéns pela entrada no catálogo deste Champagne, que além do mais tem uma relação preço x qualidade, difícil de ser visto nesta bebida.
Consultem a importadora, pois as festas de final de ano estão chegando.
Le Vin
http://www.levin.com.br/
http://www.barrinhas.com.br/
Álvaro Cézar Galvão