Meninas e meninos,
Uma das bodegas que sempre me encantou é a Miguel Torres, pela excelência de seus vinhos, tantos os do velho mundo, na Espanha, como os do novo mundo no Chile e Estados Unidos.
Pode parecer pretensão, mas é uma vinícola que faz vinhos que goste eu, mais de um do que de outro, não há aquele em que eu não goste.
Em recente degustação onde tive o prazer de rever amigos que já algum tempo não via como a querida Márcia Gombos, o Chef Rodrigo Martins, do Vino Bar, o Adriano, e fazer novos amigos como o Sergi Freixa, pude degustar algumas novidades para mim como o ótimo espumante Miguel Torres Brut, um Chileno de Pinot Noir, com ótima acidez, perlage incrível, pois durante boa parte da degustação, ali estavam a s borbulhas finas e persistentes, correndo para a borda da taça.
12% de álcool e 9 meses sobre as borras é vinificado pelo método clássico, aromas frutado e cítrico são evidentes também em boca, e algo de torrefação, fermentos de padaria também presente.
Da ótima linha Santa Digna, de onde provém um rosado que sempre me chama a atenção, degustei o Carmenère, que não é varietal, mas pela legislação pode levar o nome no rótulo, pois em sua composição temos 85% Carmenère e 15% Cabernet Sauvignon. Um tanto herbáceo, após algum tempo restam as frutas maduras, algo do tostado da passagem leve por madeira e sutil especiarias.
Outro Carmenère, o Cordillera, já me chamou muito mais a atenção.Corte de 50% Carmenère; 35% Merlot e 15% Petit Verdot, fermentadas separadamente, passa o tempo de crianza em barricas de carvalho francês, sendo 30% delas novas e o restante de 2º uso.
Muita fruta madura, aparecem figos, tanto no nariz como em boca, um sutil mineral se mostra dando grandeza ao leque aromático. Em boca confirma o frutado, algo de tostado, de café e as especiarias.Aparece um ligeiro mentolado ou canforado. Par um cordeiro não há nada melhor, até porque a pegada da Petit Verdot está lá. Soberba, mesmo com tão pouca percentagem.
Um Cabernet Sauvignon 85% e Tempranillo 15%, vem da Miguel Torres de Espanha, de Penedès, também lá estava para degustação, o Gran Coronas Cab Sauvignon.
Este já passa em barricas francesas 12 meses, sendo 30% delas novas, com 14% de álcool muito bem integrado aos taninos e acidez, é vinho gastronômico com certeza, e casou divinamente com a costelinha de porco com polenta cremosa e jamon que o amigo Rodrigo preparou.
Mas o vinho que me fez repetir a dose algumas vezes foi um de Rioja, o Ibéricos Crianza Tempranillo que passa 12 meses em barris de carvalho francês e americano, com parte deles novos, com 14% de álcool, taninos se mostrando gostosos, acidez muito boa, dando a ele certeza de boas harmonizações gastronômicas.
Muita fruta, o único que me apresentou algum floral, muitas especiarias e algo animal, como couro, além do coco que deve ser da madeira americana.
Ficou por muito tempo em taça e mudando seu leque de frutas, sempre maduras, mas ora ameixas, ora cerejas e framboesas, cravo, canela e noz moscada.
Harmonizou com um risoto de leitão e vagens ao hortelã.
Nesta degustação os espanhóis ganharam dos chilenos, e dentre todos, este Ibéricos, vocês têm que provar.
Fechando em clima de festa um maravilhoso brandy 10 anos, claro, da Miguel Torres!
Vino Bar
www.lojavino.com.br
DeVinum
www.devinum.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão