A Elis Cavalcante, faz palestras sobre ervas e especiarias, e eu a conheci na Orbacco, pois o Luis Calmon, faz uma das palestras junto com ela. Leiam…
“Falar de ervas e especiarias me é muito prazeroso e para começar, escolhi um entre os ricos elementos da culinária do Mediterrâneo, o Alecrim, originalmente Rosmarinus, uma erva aromática de sabor forte, fresco e levemente doce que além de enriquecer a cozinha possui outras aplicações interessantes. Dizem que é uma erva quente por crescer sob o sol, por isso aquece e tonifica o corpo, estimula a digestão e restaura as energias. Suas propriedades e seu sabor acentuado combinam perfeitamente com carnes, especialmente as fortes ou gordurosas, cordeiro e porco. Elemento das Ervas de Provence, pode ser usado no preparo de pães, legumes e em molhos frios ou quentes. Mas lembre-se, use com parcimônia, mais ainda se a erva for seca. Fácil de cultivar, basta boa terra, água e muito sol. Vasos de alecrim podem ser cultivados em todos ambientes da casa, não apenas na cozinha. Tenha sempre muito alecrim por perto para desfrutar de sua riqueza na cozinha e o que sobrar use em infusões para dar brilho aos cabelos após a lavagem, para tomar um bom banho energizante , e principalmente para espantar a inveja e o mau olhado.Agora deixo espaço para que meu anfitrião escreva sobre o Alecrim e os vinhos. Elis Cavalcante”
Para completar, sugiro experimentarem brancos aromáticos, minerais e ácidos. Que tal um Torrontés ou um Gewurztraminer? Pode ser também um tinto jovem e menos tânico mas com boa acidez, que faria o “papel do limão”, e que com as carnes descritas, temperadas com o alecrim, vai bem. Agora, se quiser experimentar um tinto mais evoluído, pense no equilíbrio da madeira e do tanino, para não amargar o alecrim.
Ousem, experimentem e nos contem.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão