Meninas e meninos,
Em recente degustação na Grand Cru, tive o prazer de conhecer Guillermo Barzi, da família Canale, e diretor da importante bodega Patagônica Humberto Canale.
Assim que conheci a Grand Cru, há alguns anos atrás, degustei o Merlot da Humberto Canale, e fiquei surpreso com seu caráter nervoso e diferente, tornando-me apreciador dos vinhos desta bodega.
Mas, na companhia de Guillermo, degustamos alguns vinhos que para mim não eram conhecidos, visto que conhecia a linha de tintos, mas não a de brancos.
Começamos com o íntimo Sauvignon Blanc/ Semillion 2009, um corte destas uvas na proporção de 60/40, como o próprio nome diz.
Cerca de 3% do vinho passa por um estágio em madeira de 4 meses, deixando um abaunilhado e dando corpo ao corte.
Depois deste, degustei o que viria a ser a grande surpresa para mim, o Estate Viognier 2008, que parecia pela sua cor clarinha, ter sido vinificado em 2010.
Não é daqueles que tem uma acidez acentuada, mas esta uva não é mesmo marcada por este detalhe, mas tem um floral gostoso, especiarias, algo como anis, frutas e também um toque amanteigado, apesar de não passar por madeira.
Não é daqueles enjoativos em perfume, bom vinho para aperitivar queijos de massa mole e mofo branco.
Fomos aos tintos, começando com o Estate Malbec 2009, este passa por barril, mas apenas cerca de 14% do vinho. Vinho fácil de gostar, redondo e macio, bem equilibrado.
Depois o Íntimo Family Reserve 2008, um belo corte bordalês, de Cab Franc(20%); Cab Sauvignon(20%) e Malbec, este também com passagem de 12 meses em madeira.
Outra boa surpresa é o Gran Reserva Pinot Noir 2008, com passagem de 10 meses em barril, cor típica dos Pinot, floral e frutas no nariz e em boca, e com especiarias marcadas.
Claro que não poderíamos deixar de degustar algum dos famosos Merlot da Humberto Canale, e o escolhido foi o Gran Recerva Merlot 2006, com passagem de 14 meses por barril, frutas abundantes no nariz, com alguma evolução na cor, em boca mostrava frutas cozidas, confitadas, generoso e do jeito que gosto dos taninos, presentes, dizendo que ali estavam, mas finos, macios e aveludados.
Para mim o tinto da mostra, fazendo companhia com o branco de Viognier, que até pelo inédito e pelo nosso clima, escolhi como o motivo deste post.
Uma curiosa constatação de Guillermo é que ao contrário de outras regiões, onde se procuram rendimentos pequenos para expressão das uvas, nesta agreste região de Rio Negro, quanto menor a produção, mais rústicos os vinhos, menos delicados, portanto ficam em torno dos 7000 a 8000 kg.
Vivendo e aprendendo!
Grand Cru
www.grandcru.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão