Meninas e meninos,
Tenho sido muito enfático ao dizer que aqueles que não acreditavam ou ainda não acreditam que os vinhos Brasileiros possam ser longevos, estão ficando cada vez mais sem argumentos.
Talvez digam alguns que os vinhos Brasileiros não consigam ser tão longevos quanto os Bordeaux, os grandes Borgonha, os potentes Barolos, e os ótimos Brunellos, mas sempre alerto: OS VINHOS BRASILEIROS NÃO SÃO IGUAIS E NEM O DESEJAMOS.
Nesta edição, recém terminada do Paladar Cozinha do Brasil, evento promovido pelo caderno Paladar do jornal O Estado de São Paulo, mais uma vez, os vinhos Brasileiros foram postos à prova em sua capacidade de envelhecer e bem, com o painel onde uma vertical dos vinhos Dal Pizzol Merlot foi degustada.
Estavam presentes os exemplares das safras 1991; 1993; 1999; 2002 e 2004.
O painel foi dirigido pelo competente Luiz “Gentleman” Horta, que pediu para que as duas garrafas dos mais velhos, ou seja, safra 1991, fossem abertas, para ver se alguma diferença havia entre elas, e em nada diferiam.
Vejam as minhas impressões sobre as safras degustadas:
-1991 Visual igual em ambas as taças, originadas cada uma de uma garrafa, com cor ainda rubra, com bordas de envelhecimento, límpidas, brilhantes e sem depósitos.
Aromas terciários de couro, animal, ainda algo das frutas doces de fundo de tacho, sutil balsâmico.Em boca ainda boa acidez, taninos presentes depois de tantos anos, e com bom equilíbrio. Minha safra favorita e em iguais condições à de 1999, mas claro que optei por esta, por ser a mais velha.
-1993 Cor mais atijolada que a safra anterior, olfato e boca mais discretos, indicando talvez uma safra menos primorosa.
-1999 Cor denotando o tempo, mas límpida e brilhante, sem depósitos, aromas frutados e sutil floral, algo de animal. Em boca confirma as frutas, boa acidez e taninos macios, minha segunda opção de melhor safra, só perdendo mesmo, pela idade da safra 1991, com 20 anos.
-2002 Cor mais rubi, aromas mais frutados, algo balsâmico, chocolate, em boca confirma chocolate e frutas, boa acidez e taninos presentes.
-2004 A safra mais “novinha”, cor rubi com halo evolutivo, mais fechado no olftato, demorando mais para abrir frutas e animais.Acidez menos acentuada que as anteriores, mas com taninos ainda firmes.
Resumindo, apara quem não percebe, temos bons vinhos que podem sim ser longevos, guardadas as características de nossas expressões de terroirs.
Ano passado, em duas ocasiões diferentes, degustei safras 1991 do Baron de Lantier, e em ambas os vinhos estavam maravilhosos.
Parabéns Luiz “Gentleman” Horta, ao caderno Paladar, ao vinho Brasileiro, parabéns Antonio e Rinaldo Dal Pizzol. Obrigado pelo convite e por poder mais uma vez comprovar o que tenho dito: Vinho de boas uvas e bem vinificado, é vinho bom em qualquer lugar.
Dal Pizzol
www.dalpizzol.com.br
Tenho sido muito enfático ao dizer que aqueles que não acreditavam ou ainda não acreditam que os vinhos Brasileiros possam ser longevos, estão ficando cada vez mais sem argumentos.
Talvez digam alguns que os vinhos Brasileiros não consigam ser tão longevos quanto os Bordeaux, os grandes Borgonha, os potentes Barolos, e os ótimos Brunellos, mas sempre alerto: OS VINHOS BRASILEIROS NÃO SÃO IGUAIS E NEM O DESEJAMOS.
Nesta edição, recém terminada do Paladar Cozinha do Brasil, evento promovido pelo caderno Paladar do jornal O Estado de São Paulo, mais uma vez, os vinhos Brasileiros foram postos à prova em sua capacidade de envelhecer e bem, com o painel onde uma vertical dos vinhos Dal Pizzol Merlot foi degustada.
Estavam presentes os exemplares das safras 1991; 1993; 1999; 2002 e 2004.
O painel foi dirigido pelo competente Luiz “Gentleman” Horta, que pediu para que as duas garrafas dos mais velhos, ou seja, safra 1991, fossem abertas, para ver se alguma diferença havia entre elas, e em nada diferiam.
Vejam as minhas impressões sobre as safras degustadas:
-1991 Visual igual em ambas as taças, originadas cada uma de uma garrafa, com cor ainda rubra, com bordas de envelhecimento, límpidas, brilhantes e sem depósitos.
Aromas terciários de couro, animal, ainda algo das frutas doces de fundo de tacho, sutil balsâmico.Em boca ainda boa acidez, taninos presentes depois de tantos anos, e com bom equilíbrio. Minha safra favorita e em iguais condições à de 1999, mas claro que optei por esta, por ser a mais velha.
-1993 Cor mais atijolada que a safra anterior, olfato e boca mais discretos, indicando talvez uma safra menos primorosa.
-1999 Cor denotando o tempo, mas límpida e brilhante, sem depósitos, aromas frutados e sutil floral, algo de animal. Em boca confirma as frutas, boa acidez e taninos macios, minha segunda opção de melhor safra, só perdendo mesmo, pela idade da safra 1991, com 20 anos.
-2002 Cor mais rubi, aromas mais frutados, algo balsâmico, chocolate, em boca confirma chocolate e frutas, boa acidez e taninos presentes.
-2004 A safra mais “novinha”, cor rubi com halo evolutivo, mais fechado no olftato, demorando mais para abrir frutas e animais.Acidez menos acentuada que as anteriores, mas com taninos ainda firmes.
Resumindo, apara quem não percebe, temos bons vinhos que podem sim ser longevos, guardadas as características de nossas expressões de terroirs.
Ano passado, em duas ocasiões diferentes, degustei safras 1991 do Baron de Lantier, e em ambas os vinhos estavam maravilhosos.
Parabéns Luiz “Gentleman” Horta, ao caderno Paladar, ao vinho Brasileiro, parabéns Antonio e Rinaldo Dal Pizzol. Obrigado pelo convite e por poder mais uma vez comprovar o que tenho dito: Vinho de boas uvas e bem vinificado, é vinho bom em qualquer lugar.
Dal Pizzol
www.dalpizzol.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão