Meninas e meninos,
Uma das coisas mais agradáveis no mundo do vinho, é podermos sempre nos atualizar quanto aos sabores, tipos e variedades dos vinhos, que mesmo sendo algum dos rótulos conhecidos, mudam de safra para safra, pois assim é com todos os seres vivos, e o vinho não é exceção.
O Madeira é um dos tipos de vinhos fortificados que existem, produzido na Região Demarcada da Ilha da Madeira, e remonta quase à época da descoberta da ilha em 1419, que mais próxima da África que da Europa, é território português.
Isto posto, o vinho que degustei e achei espetacular é o Vinho Tinto de Sobremesa Madeira Full Rich 5 Anos, também estufado, 100% Tinta Negra, com 19% de álcool.
Com 5 anos de amadurecimento este Full Rich ganha em complexidade, persistência e estrutura, com toques de casca de laranja, bala Toffee e caramelo. Pode acompanhar chocolates, os amargo de preferência aos ao leite, segundo o amigo Bernardo da Zahil, os mesclados com frutas secas, ficam bem. Também os queijos, como os de mofo azul, os queijos amarelos mais salgados como o Regiano e Granapadano. Bolos de frutas secas, sobremesas com figos secos e uma variedade grande de outras sobremesas e bolos.
Um pouco de história deste tipo de vinho:
A área total da ilha da Madeira é de 732 Km2 e a extensão da Região Vitícola é de cerca de 400 hectares. Trata-se de uma paisagem única e caracterizada pela topografia acidentada do relevo, onde os socalcos, terraços onde se plantam as uvas, levam nome de “poios”. As condições particulares do solo de origem vulcânica, na sua maioria basálticos, e a proximidade ao mar, associadas às condições climáticas, em que os verões são quentes e úmidos e os invernos amenos, conferem ao vinho características únicas e singulares.
As primeiras castas foram introduzidas sob ordens do Infante D. Henrique,foram importadas de Cândia(capital de Creta, Grécia). Mais tarde foram introduzidas outras castas, como a Tinta Negra Mole, a Sercial, a Boal, a Verdelho e a Malvasia. Estas últimas quatro produzem vinhos de qualidade superior.
São plantadas em latada ou em espaldeira, mas irrigadas através de canais de
captação denominados “levadas”, e que perfazem, segundo o site da ilha, 2150 Km.
Envelhecimento:
Os processos de envelhecimento utilizados para o Vinho Madeira são a Estufagem ou o Canteiro.
Na estufagem o vinho é colocado em estufas de aço inox, aquecidas por um sistema de serpentinas, por onde circula água quente, por um período nunca inferior a 3 meses, a uma temperatura entre os 45 e 50 graus Celsius. Concluída a estufagem, o vinho é sujeitado a um período de estágio de pelo menos 90 dias à temperatura ambiente. A partir deste momento pode permanecer em inox, ou ser colocado em cascos de madeira, até reunir as condições que permitam ao enólogo fazer o acabamento do vinho, para que possa ser colocado em garrafa, com a garantia de qualidade necessária. No entanto, estes vinhos nunca podem ser engarrafados e comercializados antes de 31 de Outubro do segundo ano seguinte à vindima. São vinhos majoritariamente de lote.
No canteiro os vinhos selecionados para estágio em Canteiro (esta denominação provém do fato de se colocarem as pipas sobre de traves de madeira, denominadas de canteiros) são envelhecidos em cascos, normalmente nos pisos mais elevados dos armazéns onde as temperaturas são mais altas, pelo período mínimo de 2 anos. Trata-se de um envelhecimento oxidativo em casco, desenvolvendo os vinhos, características únicas de aromas intensos e complexos. Os vinhos de canteiro só poderão ser comercializados, decorridos pelo menos 3 anos, contados a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte ao da vindima.
Temos os tipos quanto às indicações de idade:
Selecionado; Rainwater; 5; 10; 15; 20; 30 e mais de 40 anos.
Quanto ao ano da safra temos: Solera; Colheita e Vintage
Quanto ao grau de dulçor temos: Extra Seco; Seco; Meio Seco, Meio Doce e Doce.
A produção de Vinho Madeira feita a partir da casta Tinta Negra Mole representa cerca de 90% do total, sendo os restantes 10%, o Sercial, o Verdelho, o Boal e o Malvasia, originando vinhos finos em geral destinados ao envelhecimento em canteiro, e mais tarde comercializados por melhores preços. O Sercial que terá de ser seco, o Verdelho meio seco, o Boal meio doce e o Malvasia doce, quando comercializados com o designativo da casta, têm de corresponder ao conteúdo, ou seja são monovarietais.
O grosso da produção, 90%, é no geral submetido à estufagem.
Fortificação:
Todos estes vinhos apresentam uma graduação alcoólica que varia de 17 a 22 % em volume, e um teor de açúcar compreendido entre 0 e cerca de 150 gramas por litro. Este açúcar residual é o resultado da interrupção da fermentação alcoólica, por adição de álcool vínico com o mínimo de 96,0 %, em momentos diferentes da fermentação alcoólica, consoante se necessite de vinhos secos ou doces.
Algumas informações foram extraídas do site
http://www.vinhomadeira.pt
Uma das coisas mais agradáveis no mundo do vinho, é podermos sempre nos atualizar quanto aos sabores, tipos e variedades dos vinhos, que mesmo sendo algum dos rótulos conhecidos, mudam de safra para safra, pois assim é com todos os seres vivos, e o vinho não é exceção.
O Madeira é um dos tipos de vinhos fortificados que existem, produzido na Região Demarcada da Ilha da Madeira, e remonta quase à época da descoberta da ilha em 1419, que mais próxima da África que da Europa, é território português.
Isto posto, o vinho que degustei e achei espetacular é o Vinho Tinto de Sobremesa Madeira Full Rich 5 Anos, também estufado, 100% Tinta Negra, com 19% de álcool.
Com 5 anos de amadurecimento este Full Rich ganha em complexidade, persistência e estrutura, com toques de casca de laranja, bala Toffee e caramelo. Pode acompanhar chocolates, os amargo de preferência aos ao leite, segundo o amigo Bernardo da Zahil, os mesclados com frutas secas, ficam bem. Também os queijos, como os de mofo azul, os queijos amarelos mais salgados como o Regiano e Granapadano. Bolos de frutas secas, sobremesas com figos secos e uma variedade grande de outras sobremesas e bolos.
Um pouco de história deste tipo de vinho:
A área total da ilha da Madeira é de 732 Km2 e a extensão da Região Vitícola é de cerca de 400 hectares. Trata-se de uma paisagem única e caracterizada pela topografia acidentada do relevo, onde os socalcos, terraços onde se plantam as uvas, levam nome de “poios”. As condições particulares do solo de origem vulcânica, na sua maioria basálticos, e a proximidade ao mar, associadas às condições climáticas, em que os verões são quentes e úmidos e os invernos amenos, conferem ao vinho características únicas e singulares.
As primeiras castas foram introduzidas sob ordens do Infante D. Henrique,foram importadas de Cândia(capital de Creta, Grécia). Mais tarde foram introduzidas outras castas, como a Tinta Negra Mole, a Sercial, a Boal, a Verdelho e a Malvasia. Estas últimas quatro produzem vinhos de qualidade superior.
São plantadas em latada ou em espaldeira, mas irrigadas através de canais de
captação denominados “levadas”, e que perfazem, segundo o site da ilha, 2150 Km.
Envelhecimento:
Os processos de envelhecimento utilizados para o Vinho Madeira são a Estufagem ou o Canteiro.
Na estufagem o vinho é colocado em estufas de aço inox, aquecidas por um sistema de serpentinas, por onde circula água quente, por um período nunca inferior a 3 meses, a uma temperatura entre os 45 e 50 graus Celsius. Concluída a estufagem, o vinho é sujeitado a um período de estágio de pelo menos 90 dias à temperatura ambiente. A partir deste momento pode permanecer em inox, ou ser colocado em cascos de madeira, até reunir as condições que permitam ao enólogo fazer o acabamento do vinho, para que possa ser colocado em garrafa, com a garantia de qualidade necessária. No entanto, estes vinhos nunca podem ser engarrafados e comercializados antes de 31 de Outubro do segundo ano seguinte à vindima. São vinhos majoritariamente de lote.
No canteiro os vinhos selecionados para estágio em Canteiro (esta denominação provém do fato de se colocarem as pipas sobre de traves de madeira, denominadas de canteiros) são envelhecidos em cascos, normalmente nos pisos mais elevados dos armazéns onde as temperaturas são mais altas, pelo período mínimo de 2 anos. Trata-se de um envelhecimento oxidativo em casco, desenvolvendo os vinhos, características únicas de aromas intensos e complexos. Os vinhos de canteiro só poderão ser comercializados, decorridos pelo menos 3 anos, contados a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte ao da vindima.
Temos os tipos quanto às indicações de idade:
Selecionado; Rainwater; 5; 10; 15; 20; 30 e mais de 40 anos.
Quanto ao ano da safra temos: Solera; Colheita e Vintage
Quanto ao grau de dulçor temos: Extra Seco; Seco; Meio Seco, Meio Doce e Doce.
A produção de Vinho Madeira feita a partir da casta Tinta Negra Mole representa cerca de 90% do total, sendo os restantes 10%, o Sercial, o Verdelho, o Boal e o Malvasia, originando vinhos finos em geral destinados ao envelhecimento em canteiro, e mais tarde comercializados por melhores preços. O Sercial que terá de ser seco, o Verdelho meio seco, o Boal meio doce e o Malvasia doce, quando comercializados com o designativo da casta, têm de corresponder ao conteúdo, ou seja são monovarietais.
O grosso da produção, 90%, é no geral submetido à estufagem.
Fortificação:
Todos estes vinhos apresentam uma graduação alcoólica que varia de 17 a 22 % em volume, e um teor de açúcar compreendido entre 0 e cerca de 150 gramas por litro. Este açúcar residual é o resultado da interrupção da fermentação alcoólica, por adição de álcool vínico com o mínimo de 96,0 %, em momentos diferentes da fermentação alcoólica, consoante se necessite de vinhos secos ou doces.
Algumas informações foram extraídas do site
http://www.vinhomadeira.pt
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão