Meninas e meninos,
Lendo um texto mais antigo do querido amigo Marcos Piveta, no Jornal do Vinho<www.jornaldovinho.com.br> achei interessante artigo transcrito por ele, extraído de texto publicado pela FAPESP <http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/01/11/alta-temperatura-acelera-rolha-a-55-kmh/>, e o publico na íntegra por vir de encontro ao que sempre falo nas palestras que dou sobre espumantes (têm pressão dentro da garrafa ao redor das 6 atm), lembrando que o Champagne é um espumante feito na região de mesmo nome.
Vamos ao texto:
“Imagens de infravermelho feitas por uma câmera ultra veloz ajudaram a entender a dinâmica de uma cena comum nas festas de final de ano: o espocar de um champanhe.
A equipe do físico Gérard Liger-Belair, da Universidade de Reims Champagne-Ardenne, situada no coração da zona produtora do famoso espumante francês, filmou a saída de rolhas e o consequente escape de dióxido de carbono (CO2) em garrafas que haviam sido mantidas por 24 horas a três diferentes temperaturas, 4, 12 e 18 graus Celsius (°C) (veja artigo científico no Journal of Food Engineering http://www.sciencedirect.com/science/journal/02608774). Os dados do experimento confirmaram que, quanto maior a temperatura do líquido, maior a pressão dentro da garrafa e, por tabela, maior também a rapidez e a quantidade de gás que deixa o recipiente ao ser aberto. A 18°C, a rolha salta da garrafa a uma velocidade de 55 quilômetros por hora e o volume de (CO2) disperso numa nuvem gasosa – não detectável na faixa da luz visível, mas sim no infravermelho – é enorme. A 4°C, a tampa de cortiça viaja a cerca de 40 quilômetros por hora e a nuvem é nitidamente menor”.
“Também vimos que, de toda a energia produzida pela retirada da tampa, apenas 5% saem na forma de energia cinética”, diz Liger-Belair. “A maior parte da energia do sistema parece ser liberada como uma onda de choque, como o bang do estouro da rolha.”
Foto:Rolhas saltando de garrafa de champanhe: a 4°C (ao alto) a tampa sai a uma velocidade 30% menor do que a 18°C (abaixo)- © Gérard Liger-Belair
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão