Meninas e meninos,
Antes de sair de São Paulo em direção à Bento Gonçalves, onde como jurado participarei da Avaliação 19ª Nacional de Vinhos, dia 24 de Setembro, a convite da Expand, intermediado pelos amigos, a eficiente e linda Roberta Pitta e o não menos eficiente Fred Castilho, estive em almoço na loja da Expand no Bar des Arts, a importadora responsável por trazer o Mendel, estes vinhos ícones Argentinos, elaborados pelo enólogo premiado Roberto de La Mota.
Filho do famoso e reconhecido enólogo Raúl de La Mota, cujo um dos grandes feitos foi a introdução da uva Malbec na Argentina, Roberto e sócios à época, em um vinhedo localizado em Lujan de Cuyo, em sua região mais alta, obtêm seus vinhos de uma parcela de Malbec, hoje com cerca de 80 anos, e produzindo agora 70.000 garrafas/ano.
Para se ter uma idéia do que os vinhos Mendel significam, sua safra 2008 foi eleita um dos três melhores vinhos de 2010, pela revista Wine Spectator.
Degustei os seguintes vinhos provenientes da pequena parcela de Malbec, a La Remota, em Altamira, com altitudes de 1100 m.
Mendel Finca Remota Malbec 2006- 14%, cor já de evolução, quando chegou parecia não filtrado, com muita fruta e floral no olfato, em boca a frutas maduras, boa acidez, taninos já resolvidos.
Mendel Finca Remota Malbec 2007-13,5%, mais floral e vegetal, frutas mais frescas, com algo de embutidos e tostados. Boca com taninos presentes, longo, acidez muito presente com sutil cítrico, para mim, o mais expressivo e gastronômico.
Mendel Finca Remota Malbec 2008, novamente o floral e embutidos, frutos cítricos, ligeiro amargor final que não chega a comprometer, taninos ainda presentes e mais nervosos.
Aqui cabe uma observação: Ainda este ano, em Fevereiro, degustei safras de Mendel, e a safra 2008, naquela oportunidade me encantou mais que agora, sendo a 2007 a minha eleita e o 2009 com certeza meu preferido daqui há uns 5 anos.
Somos seres vivos, assim como os vinhos.Eles mudam, nós mudamos, às vezes para melhor, às vezes para pior!
Mendel Finca Remota Malbec 2009, Frutas cítricas confitadas, o mais mineral de todos, em boca os taninos indicam que este vinho ainda é muito jovem, devendo-se, a meu ver, degusta-lo depois de uns dois a três anos. Com certeza será o mais longevo deles.
Degustei também o Mendel Malbec 2008, com frutas, floral, algo de cânfora, em boca confirmando as frutas e especiarias.
Claro que o almoço foi à base de carnes assadas e grelhadas, alguns queijos e uma massa com molho vermelho e carne.
Expand
www.expand.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão