Meninas e meninos,
Pablo Morandé é um dos icônicos enólogos chilenos, reconhecido mundialmente pela sua capacidade técnica e inovações no mundo vitivinícola.
Estive com Morandé em uma degustação muito elucidativa, que o amigo Otávio Piva, da Expand, a importadora que trás os vinhos Morandé, proporcionou, onde degustei em uma vertical(a seqüência de várias safras de um mesmo vinho) os vinhos House of Morandé.
Como diferencial, todas as 5 safras desde a 1ª em 1999, até a penúltima engarrafada, a de 2005, pois a última, a de 2006, veio em garrafas de 750 ml, vieram em frascos doble magnun, aquelas com conteúdo em dobro da magnun que é de 1,5litros, ou seja contêm 3 litros.
Porque assim engarrafadas, creio que seja mais um toque de expertise do Morandé, pois é sabido que quanto maior for o conteúdo do frasco de guarda do vinho, este tende, via de regra, a evolucionar melhor, do que os engarrafados em frascos normais, de 750 ml ou menos.
A linha House of Morandé, é basicamente Cabernet Sauvignon, e começou com a safra de 1999, que, aliás, foi vinificada com uvas compradas de vinhedos velhos, com mais de 30 anos à época. Daí em diante, todos os demais provêm do vinhedo San Bernardo, com 46 ha no Maipo, plantado em 1998, onde o solo tem gama variada de sedimentos vulcânicos, marinhos, rochas graníticas, mesclado de argilas e areias cobertas de sedimentos aluviais.
Os vinhos da linha House of Morandé, só são vinificados em safras especiais, que atinjam o padrão mínimo requerido, e curiosamente também, a 1ª safra comercial, a de 2001, foi obtida com rendimentos de 12.000 Kg/ha, considerado muito alto para os padrões modernos, que estima em 7.000 a 8.000 Kg/ha como ideal. Rendeu um vinho muito especial, frutado, elegante, com acidez muito notada, abrindo um mentolado com o tempo em taça. Seu corte é 68% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 6% Carignan e 3% Carmenére, 14% de álcool. Foi o meu segundo melhor vinho da série, só perdendo para o 2005.
House of Morandé 1999 é o único varietal Cab.Sauvignon, 13% de álcool, na cor não aparenta a idade que já tem, nariz mais balsâmico, terroso, com frutas maduras, fumo de corda. Em boca confirma as frutas, algo animal, acidez notável ainda, e taninos bem resolvidos.
House of Morandé 2003, corte de 67% Cab.Sauvignon; 17% Cab. Franc; 10% Carmenére e 6% Carignan, 13,7% de álcool, mais floral que os anteriores, frutado, toque animal, em boca confirma o frutado, algo vegetal que não consegui definir muito bem.
House of Morandé 2004, corte de 76% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 5% Carmenére, 13,5% de álcool, este parece mais evoluído na cor que os anteriores, nariz frutado, animal, e balsâmico.Em boca confirma o balsâmico, as frutas, bem lácteo e equilibrado.
House of Morandé 2005, corte de Cab.Sauvignon 91%; Cab.Franc 7% e Merlot, com 13,7% de álcool. Frutas mais maduras, abundantes no nariz e em boca, sutil floral, especiarias também tanto no nariz como em boca, com um cravo delicioso dando certo ardor em ponta de língua, taninos firmes, acidez, como nos outros da linha, espetacular, e com leques aromático e gustativo complexos, que vão se abrindo à medida que o vinho se abre em taça. Foi o meu preferido. Apesar de ter estilo mais novo mundo do que os meus preferidos do velho mundo, está muito bem equilibrado, gostoso e pronto. Muito adequado a gastronomias suculentas e graxas, em virtude de seu álcool e seus taninos, além da acidez marcante.
House of Morandé 2006, corte de 89% Cab.Sauvignon; 4% Merlot; 4% Carignan e 3% Carmenére, com 14,2% de álcool. O único que veio em garrafa de 750 ml, o mais mineral de todos, frutado, floral, algo de embutidos, em boca confirma o frutado, boa acidez, taninos ainda vivos, café e tostados, e um ligeiro amargor no final de boca, que em nada compromete o vinho.
Todas as uvas dos vinhos House of Morandé são de cultivo orgânico, passam por barricas francesas mescladas de vários usos por 18 meses, e descansam em garrafas por mais 24 meses.
Vale a pena experimentar esta linha, e disse o Otávio Piva, que a linha 2006 está disponível, e que tentaria trazer algumas garrafas de 2005, será que vai conseguir? Se afirmativo, já deixo reservadas algumas para mim.
Expand
www.expand.com.br
Pablo Morandé é um dos icônicos enólogos chilenos, reconhecido mundialmente pela sua capacidade técnica e inovações no mundo vitivinícola.
Estive com Morandé em uma degustação muito elucidativa, que o amigo Otávio Piva, da Expand, a importadora que trás os vinhos Morandé, proporcionou, onde degustei em uma vertical(a seqüência de várias safras de um mesmo vinho) os vinhos House of Morandé.
Como diferencial, todas as 5 safras desde a 1ª em 1999, até a penúltima engarrafada, a de 2005, pois a última, a de 2006, veio em garrafas de 750 ml, vieram em frascos doble magnun, aquelas com conteúdo em dobro da magnun que é de 1,5litros, ou seja contêm 3 litros.
Porque assim engarrafadas, creio que seja mais um toque de expertise do Morandé, pois é sabido que quanto maior for o conteúdo do frasco de guarda do vinho, este tende, via de regra, a evolucionar melhor, do que os engarrafados em frascos normais, de 750 ml ou menos.
A linha House of Morandé, é basicamente Cabernet Sauvignon, e começou com a safra de 1999, que, aliás, foi vinificada com uvas compradas de vinhedos velhos, com mais de 30 anos à época. Daí em diante, todos os demais provêm do vinhedo San Bernardo, com 46 ha no Maipo, plantado em 1998, onde o solo tem gama variada de sedimentos vulcânicos, marinhos, rochas graníticas, mesclado de argilas e areias cobertas de sedimentos aluviais.
Os vinhos da linha House of Morandé, só são vinificados em safras especiais, que atinjam o padrão mínimo requerido, e curiosamente também, a 1ª safra comercial, a de 2001, foi obtida com rendimentos de 12.000 Kg/ha, considerado muito alto para os padrões modernos, que estima em 7.000 a 8.000 Kg/ha como ideal. Rendeu um vinho muito especial, frutado, elegante, com acidez muito notada, abrindo um mentolado com o tempo em taça. Seu corte é 68% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 6% Carignan e 3% Carmenére, 14% de álcool. Foi o meu segundo melhor vinho da série, só perdendo para o 2005.
House of Morandé 1999 é o único varietal Cab.Sauvignon, 13% de álcool, na cor não aparenta a idade que já tem, nariz mais balsâmico, terroso, com frutas maduras, fumo de corda. Em boca confirma as frutas, algo animal, acidez notável ainda, e taninos bem resolvidos.
House of Morandé 2003, corte de 67% Cab.Sauvignon; 17% Cab. Franc; 10% Carmenére e 6% Carignan, 13,7% de álcool, mais floral que os anteriores, frutado, toque animal, em boca confirma o frutado, algo vegetal que não consegui definir muito bem.
House of Morandé 2004, corte de 76% Cab.Sauvignon; 19% Cab.Franc; 5% Carmenére, 13,5% de álcool, este parece mais evoluído na cor que os anteriores, nariz frutado, animal, e balsâmico.Em boca confirma o balsâmico, as frutas, bem lácteo e equilibrado.
House of Morandé 2005, corte de Cab.Sauvignon 91%; Cab.Franc 7% e Merlot, com 13,7% de álcool. Frutas mais maduras, abundantes no nariz e em boca, sutil floral, especiarias também tanto no nariz como em boca, com um cravo delicioso dando certo ardor em ponta de língua, taninos firmes, acidez, como nos outros da linha, espetacular, e com leques aromático e gustativo complexos, que vão se abrindo à medida que o vinho se abre em taça. Foi o meu preferido. Apesar de ter estilo mais novo mundo do que os meus preferidos do velho mundo, está muito bem equilibrado, gostoso e pronto. Muito adequado a gastronomias suculentas e graxas, em virtude de seu álcool e seus taninos, além da acidez marcante.
House of Morandé 2006, corte de 89% Cab.Sauvignon; 4% Merlot; 4% Carignan e 3% Carmenére, com 14,2% de álcool. O único que veio em garrafa de 750 ml, o mais mineral de todos, frutado, floral, algo de embutidos, em boca confirma o frutado, boa acidez, taninos ainda vivos, café e tostados, e um ligeiro amargor no final de boca, que em nada compromete o vinho.
Todas as uvas dos vinhos House of Morandé são de cultivo orgânico, passam por barricas francesas mescladas de vários usos por 18 meses, e descansam em garrafas por mais 24 meses.
Vale a pena experimentar esta linha, e disse o Otávio Piva, que a linha 2006 está disponível, e que tentaria trazer algumas garrafas de 2005, será que vai conseguir? Se afirmativo, já deixo reservadas algumas para mim.
Expand
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão