Meninas e meninos,
Não é sempre que temos a oportunidade de degustarmos vinhos em vertical, ou seja, várias safras de um mesmo rótulo, até porque cada safra é diferente e na grande maioria, quando os vinhos são cortados (mesclados com mais de uma uva) estes cortes mudam de safra para safra, de acordo com a proposta do enólogo e das condições de excelências das variedades envolvidas na mescla.
Mas quando esta oportunidade se faz presente, é ao menos para mim, uma experiência sempre almejada, pois podemos sentir a evolução em garrafa das safras mais antigas, e de como se comportam os vinhos quando guardados.
E esta oportunidade eu tive na companhia do enólogo chefe da vinícola Chilena Santa Ema, Andrés Sanhueza, em um jantar patrocinado pela Vinoteca Brasil, a empresa que importa estes vinhos, e da organização sempre impecável da Cristina Neves.
Estavam presentes também o Juarez Fernandes gerente comercial da Vinoteca e a minha mais que eficiente e linda amiga Andréa Zara, consultora da Vinoteca em São Paulo.
Querem mais? Pois tem mais sim, o jantar foi no Restaurante Fasano e nada mais nada menos, Manoel Beato fazendo o serviço.Só estes atributos já podem vocês perceber que a noite foi das mais agradáveis, sem contar ainda com os vários amigos das revistas, jornais e crítica especializada, enfim um sucesso, não só por isso, mas pela gastronomia e claro, os vinhos da linha Catalina, os topo de gama da Santa Ema.
Começamos degustando do mais antigo para o mais novo, digo isto, pois já vi vários enólogos fazerem justamente o contrário, eu, de minha opinião, acho esta ordem de idade crescente mais razoável.
Santa Ema é uma vinícola familiar, que está na 3ª geração, quase que concentrada toda em áreas no Valle Del Maipo-Chapoal e Peumo.
As videiras em média têm de 15 anos (Carmenère) 40 anos (Merlot e Cab Sauvignon e Cab Farnc) e 120anos(Carignan), para esta gama usam barricas francesas de 1º uso, mas mesclam as tanoarias.
Rendimentos de 6 ton/ há com mais ou menos de 4 a 5 mil plantas por há.
Vertical Top
1-Catalina Gran Reserva Premium 1998, 70% Cab Sauvignon; 15% Merlot e 15% Cab Franc único da mostra a levar Merlot no corte, pois desta safra em diante entra a Carmenère.
Explicou Andrés que cada vinho é mantido em barris por 10 meses e depois de feita a mescla, fica mais 4 meses, extraído-se assim tudo o que cada variedade pode agregar ao corte. Isto vale para todos.
Nariz frutado, com cerejas ao marasquino e chocolate ao leite, confirmados em boca, taninos macios e aveludado corpo.
2- Catalina Gran Reserva Premium 2001, 75% Cab Sauvignon; 18% Carmenère e 15% Cab Franc. Desta safra em diante os percentuais das variedades quase não mudam. Aparece um toque mineral no nariz, e frutas muitas frutas confirmadas em boca.
3- Catalina Gran Reserva Premium 2003, toque floral no nariz, frutas bem maduras e taninos presentes, mas macios e equilibrado.
4- Catalina Gran Reserva Premium 2005, para mim o mais complexo, apesar de relativamente novo, muitas frutas, cassis, cereja ao marasquino, um toque floral e tostados. Leve e fácil de beber, taninos presentes, mas equlibrado entre álcool e acidez.
5- Catalina Gran Reserva Premium 2006, aparece para mim um ligeiro amargor final, mas que não compromete, e deve ser do tostado do barril.
6- Catalina Gran Reserva Premium 2007, taninos presentes, mostrando que quando passar mais algum tempo em garrafa, o vinho terá estrutura para guarda, talvez o que mais tenha mostrado isso.
Jantar impecável, como podem imaginar, mas ai, é servido um outro vinho que era para acompanhar a entrada: Amplus Sauvignon Blanc 2008, notável, com bela acidez, nariz frutado e toque herbáceo, confirmados em boca, aparecendo a lima da pérsia e um floral após algum tempo.Equilibrado em acidez e álcool(13,5%) tem uma longa persistência, Vinho espetacular para a gastronomia e para beber solo.
Fora todos estes atributos, tem uma relação preço x qualidade muito boa. R$49,00.
Vinoteca Brasil
http://www.vinotecabrasil.com.br/
Até o próximo brinde!
Não é sempre que temos a oportunidade de degustarmos vinhos em vertical, ou seja, várias safras de um mesmo rótulo, até porque cada safra é diferente e na grande maioria, quando os vinhos são cortados (mesclados com mais de uma uva) estes cortes mudam de safra para safra, de acordo com a proposta do enólogo e das condições de excelências das variedades envolvidas na mescla.
Mas quando esta oportunidade se faz presente, é ao menos para mim, uma experiência sempre almejada, pois podemos sentir a evolução em garrafa das safras mais antigas, e de como se comportam os vinhos quando guardados.
E esta oportunidade eu tive na companhia do enólogo chefe da vinícola Chilena Santa Ema, Andrés Sanhueza, em um jantar patrocinado pela Vinoteca Brasil, a empresa que importa estes vinhos, e da organização sempre impecável da Cristina Neves.
Estavam presentes também o Juarez Fernandes gerente comercial da Vinoteca e a minha mais que eficiente e linda amiga Andréa Zara, consultora da Vinoteca em São Paulo.
Querem mais? Pois tem mais sim, o jantar foi no Restaurante Fasano e nada mais nada menos, Manoel Beato fazendo o serviço.Só estes atributos já podem vocês perceber que a noite foi das mais agradáveis, sem contar ainda com os vários amigos das revistas, jornais e crítica especializada, enfim um sucesso, não só por isso, mas pela gastronomia e claro, os vinhos da linha Catalina, os topo de gama da Santa Ema.
Começamos degustando do mais antigo para o mais novo, digo isto, pois já vi vários enólogos fazerem justamente o contrário, eu, de minha opinião, acho esta ordem de idade crescente mais razoável.
Santa Ema é uma vinícola familiar, que está na 3ª geração, quase que concentrada toda em áreas no Valle Del Maipo-Chapoal e Peumo.
As videiras em média têm de 15 anos (Carmenère) 40 anos (Merlot e Cab Sauvignon e Cab Farnc) e 120anos(Carignan), para esta gama usam barricas francesas de 1º uso, mas mesclam as tanoarias.
Rendimentos de 6 ton/ há com mais ou menos de 4 a 5 mil plantas por há.
Vertical Top
1-Catalina Gran Reserva Premium 1998, 70% Cab Sauvignon; 15% Merlot e 15% Cab Franc único da mostra a levar Merlot no corte, pois desta safra em diante entra a Carmenère.
Explicou Andrés que cada vinho é mantido em barris por 10 meses e depois de feita a mescla, fica mais 4 meses, extraído-se assim tudo o que cada variedade pode agregar ao corte. Isto vale para todos.
Nariz frutado, com cerejas ao marasquino e chocolate ao leite, confirmados em boca, taninos macios e aveludado corpo.
2- Catalina Gran Reserva Premium 2001, 75% Cab Sauvignon; 18% Carmenère e 15% Cab Franc. Desta safra em diante os percentuais das variedades quase não mudam. Aparece um toque mineral no nariz, e frutas muitas frutas confirmadas em boca.
3- Catalina Gran Reserva Premium 2003, toque floral no nariz, frutas bem maduras e taninos presentes, mas macios e equilibrado.
4- Catalina Gran Reserva Premium 2005, para mim o mais complexo, apesar de relativamente novo, muitas frutas, cassis, cereja ao marasquino, um toque floral e tostados. Leve e fácil de beber, taninos presentes, mas equlibrado entre álcool e acidez.
5- Catalina Gran Reserva Premium 2006, aparece para mim um ligeiro amargor final, mas que não compromete, e deve ser do tostado do barril.
6- Catalina Gran Reserva Premium 2007, taninos presentes, mostrando que quando passar mais algum tempo em garrafa, o vinho terá estrutura para guarda, talvez o que mais tenha mostrado isso.
Jantar impecável, como podem imaginar, mas ai, é servido um outro vinho que era para acompanhar a entrada: Amplus Sauvignon Blanc 2008, notável, com bela acidez, nariz frutado e toque herbáceo, confirmados em boca, aparecendo a lima da pérsia e um floral após algum tempo.Equilibrado em acidez e álcool(13,5%) tem uma longa persistência, Vinho espetacular para a gastronomia e para beber solo.
Fora todos estes atributos, tem uma relação preço x qualidade muito boa. R$49,00.
Vinoteca Brasil
http://www.vinotecabrasil.com.br/
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão