Meninas e meninos,
Hoje tenho mais um presente para quem lê meus posts.
Faz mais de dois anos, tento entrevistar nosso convidado de hoje, Wagner Sturion, jornalista, editor de revistas da área de gastronomia e alimentação fora do lar.
Fiz algumas perguntas, que o Wagner respondeu a conta-gotas em dois anos de cobranças, mas enfim, com vocês um pouco do meu amigo Wagner.
Hoje tenho mais um presente para quem lê meus posts.
Faz mais de dois anos, tento entrevistar nosso convidado de hoje, Wagner Sturion, jornalista, editor de revistas da área de gastronomia e alimentação fora do lar.
Fiz algumas perguntas, que o Wagner respondeu a conta-gotas em dois anos de cobranças, mas enfim, com vocês um pouco do meu amigo Wagner.
Foto de Renato Rocha.
Entrevista
Entrevista
1) Trabalhar em uma revista que envolve alimentação, foi coincidência ou sua procura?
– Não considero que minha trajetória tenha sido coincidência. Creio que na vida tudo tem um propósito. Cada jornal e revista pelos quais passei somaram experiências à minha vida profissional.
Tenho orgulho de ter trabalhado para o crescimento desses veículos. Trabalhei, inicialmente, em jornais no interior de São Paulo. Em 1995, no início da minha carreira, em São Paulo, fui contratado como terceirizado pela unidade da Sadia da Vila Anastácio para editar um jornal para os colaboradores da empresa, onde fiquei por quatro anos.
Nessa época, fiz também matérias como free lancer para a Editoria de Carros, da revista Go Where? SP. No ano de 2001, a Editora Banas me contratou para a revista Pack, voltada ao segmento de embalagens. Pouco tempo depois passei a integrar a equipe da revista Banas Qualidade, que tem o foco em gestão, processos e meio ambiente, na qual fui redator-chefe.
Meu último trabalho na Banas foi para a revista Cozinha Profissional, na qual permaneci por cinco anos, aproximadamente, como diretor de redação.
Em março de 2008, a Brazil Trade Shows me contratou para editar a revista Gourmet & Food Service, dedicada ao mercado de refeição fora do lar. Criamos um projeto diferenciado, com o objetivo de levar informação e profissionalização a partir de textos e imagens que demonstram oportunidades de crescimento aos gestores do segmento food service.
2) Por que a gastronomia e o food service?
– Esta é uma área com que me identifico muito, tanto que fiz pós-graduação em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação, no Senac, para entender um pouco mais sobre o segmento food service (alimentação fora do lar).
Sinceramente, acredito que estou no lugar certo. Quero continuar por muitos anos no segmento gastronômico e, para isso, continuarei pesquisando, estudando e transmitindo minhas experiências, afinal, nós somos aquilo que conhecemos e aprendemos!
Gosto do que faço, escrevo com prazer. Dedico-me a cada coluna da revista Gourmet & Food Service, porque sei que quando ela entra em circulação, do outro lado, olhos muito interessados em informações irão buscar conhecimento e aprender com o conteúdo de suas páginas.
3) O que você acha das revistas que circulam no mercado de alimentação, suprem as necessidades do consumidor?
– Sou um tanto suspeito para responder. Se formos analisar as de alimentação fora do lar, claro que a minha preferida é a revista Gourmet & Food Service. Ela prioriza a gestão das casas de alimentação (restaurantes, padarias, fast-foods, bares, botecos, lanchonetes etc.).
Temos uma equipe completa de jornalistas e consultores, especializados em alimentação fora do lar, dispostos a orientar os profissionais do setor em todas as áreas que compõem um estabelecimento food service. Falamos de administração, marketing, finanças, atendimento, recursos humanos etc. Cobrimos amplamente o setor, oferecendo detalhes gerenciais para impulsionar a produtividade e o lucro. Posso afirmar que para o profissional de gastronomia, que procura aprendizado em gerenciamento, além de referências de sucesso, Gourmet & Food Service é a leitura mais acertada.
4) Qual a sua opinião, sobre críticas gastronômicas?
– Criticar é algo muito fácil. O difícil é orientar, sugerir, ensinar!
Sou a favor do respeito ao trabalho de um proprietário, de um chef, de uma equipe. O sabor e o aroma que eu sinto em um prato não é o que outra pessoa na mesma mesa perceberá.
A impressão e a percepção do atendimento não serão iguais para várias pessoas de um único grupo, portanto, a crítica precisa ser construtiva e justa, pois elas podem levantar ou até derrubar um profissional ou um restaurante.
Tenho como princípio preservar a minha opinião própria: quero ter a experiência do aroma, do sabor, do atendimento e tirar minhas conclusões. Acho que todos os clientes deveriam fazer o mesmo.
5) Com o avanço da tecnologia, como você vê o futuro das revistas impressas, é possível caminharem juntos?
– Perfeitamente. Acredito que uma não vive sem a outra (revista impressa e on-line). Nenhuma tecnologia substituirá o papel. Os leitores querem tocar a revista, folhear suas páginas, arquivar cada edição. A tecnologia veio para ser um complemento da revista de papel, um apoio para que as editoras apresentem seus produtos a um número cada vez maior de internautas e criem soluções aos leitores.
Entretanto, o papel tem algo de poesia que todas as pessoas carregam no coração.
Se o seu computador quebrar, se o seu provedor sair do ar, com a revista de papel em mãos você poderá ler a matéria… Infelizmente, a melhor tecnologia, às vezes, falha.
6) Para quem está ou pretende entrar no mercado, como jornalista gastronômico, que conselhos você daria?
– Que estude bastante o segmento de alimentação, tanto o varejo quanto o food service. São realidades diferentes: no varejo, ele escreverá para o público final, o cliente. No food service, suas matérias serão para os proprietários e colaboradores que trabalham em restaurantes, bares, botecos, padarias, churrascarias, pizzarias, fast-foods, cozinhas industriais etc.
A abordagem é mais gerencial. Oriento esses jornalistas que ingressem em um curso técnico, de graduação ou pós-graduação em gastronomia, pois esta é uma área bastante complexa.
7) Qual literatura você indicaria, para um bom entendimento, aos interessados por negócios em gastronomia?
– Um livro de cabeceira para o estudante de gastronomia: Cartas a um Jovem Chef: Caminhos no Mundo da Cozinha, de Laurent Sauadeau. É uma obra-prima deste chef aclamado pela competência e dedicação à gastronomia. Um livro indicado tanto para profissionais que estão começando no mundo da cozinha quanto para apaixonados pelo universo da refeição fora do lar.
Não necessariamente nesta ordem, indicaria também os seguintes livros:
– O restaurante: conceito e operação. De John R. Walker e Donald E.Lundberg. Bookman Editora. Tel.: (51) 3330-3444 – 0800-703-3444.
– Como montar e administrar bares e restaurantes. Editora Senac SP. [email protected] – http://www.editorasenacsp.com.br/.
– Arte e Ciência do Serviço. De Heinz Beck; Umberto Giraudo; Simone Pinoli e Marco Reitano. Editora Anhembi Morumbi.
– Marketing para bares e restaurantes. De Percival Maricato. Ed. Senac Nacional. [email protected] – http://www.senac.br/.
– Restaurantes – Controlando Custos e Aumentando Lucros. De Célia Silvério Vaz. [email protected].
-E, claro, o site da revista Gourmet & Food Service http://www.revistagourmetefoodservice.com.br/
que apresenta todas as suas edições, gratuitamente, para o leitor pesquisar.
Wagner Sturion é editor-chefe das revistas Gourmet & Food Service, Leite & Derivados, Aqüicultura & Pesca e Revista Nacional da Carne, publicadas pela Brazil Trade Shows.
Jornalista, professor e palestrante no segmento food service, tem como foco de suas apresentações o marketing e o atendimento em casas de alimentação.
É formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Cursou pós-graduação em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação, com formação de docente para o ensino superior, no Senac SP. Tel.: (11) 3234-7753 Brazil Trade Shows [email protected]