Meninas e meninos,
Nossas vinícolas mais tradicionais e estruturadas, dentre elas a Famiglia Valduga, têm se interessado em implementar parcerias com vinícolas de outras partes do cone sul.
A Domno do Brasil, empresa do grupo Famiglia Valduga, acaba de nos mostras em um almoço harmonizado, realizado no restaurante de Sergio Arno, La Vecchia Cucina, os vinhos chilenos da Yali, uma empresa do grupo Ventisquero.
O enólogo responsável pela linha Yali, Sérgio Hormazabal, juntamente com representantes da Domno, nos brindaram com este encontro, onde o Sergio discorreu sobre a linha e sobre a Yali.
Começou dizendo da importância que a sustentabilidade tem para o grupo, o que pra mim não é novidade, pois a cada evento onde nos encontremos com os representantes e enólogos do grupo Ventisqueiro, eles não se cansam de mostrar a relevância da sustentabilidade, tanto no sentido ecológico, como no social, que isto representa para o grupo.
Yali é o nome de uma reserva natural, zona alagada, pantanosa, úmida, e cujo nome do rio que atravessa esta reserva é Yali, que por sinal, nasce na vinícola.
Também é o nome de um pássaro encontrado na região.
Os vinhos Yali foram lançados em 2001, sendo relançados em 2007 dando da ênfase ao trabalho de preservação e sustentabilidade que marca o grupo.
Vale Del Yali, se situa em Maipo, e a orientação dos vinhos da linha é a de se dirigir ao público jovem.
Degustamos como boas vindas o ótimo espumante da Domno o .Nero Extra Brut, para em seguida ser servido o almoço e os vinhos Yali.
Começamos com as entradas de carpaccio de salmão defumado, ao molho de maracujá e manga, com pupunha a Juliana, onde foi servido o Yali Sauvignon Blanc Reserva 2009.
Fresco e frutado, com toque herbáceo característico e algo mineral, mostrou sua boa acidez e equlibrio, mas não atacou de frente o molho de maracujá e mangas sobre o pupunha.
Creio que se tivéssemos alguns camarões e lulas, ficaria perfeito.
Da linha Wetland, provamos o Merlot Selection 2009.
Muito gostos e fácil de gostar, com acidez invejável para um varietal Merlot, mostrou-se frutado, com especiarias várias e pimenta no nariz, confirmadas as especiarias e frutas em boca. Algo floral também desponta após algum tempo em taça.Vale a pena provar este vinho.
Para o 1ºprato, que escolhi ser um risoto de parmesão com ragú de cabrito, tivemos dois vinhos para que pudéssemos harmonizar, já que alguns haviam escolhido outro risoto.
Degustamos o ótimo Yali Sirah Gran Reserva 2008 e o Yali Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008.
Ambos agradaram, mas o Syrah ficou prefeito com o prato que escolhi, com já havia previsto, engrandeceu a gastronomia.
Nariz forte com chocolate amargo, café, e que se vai transformando em floral sutil, frutados cítricos leves, com toques animais de sua passagem por barril, em torno dos 13 meses, em mescla de 50% de americanos e 50% franceses.
Boa acidez em contraponto com taninos e álcool(14,4%), fazem deste vinho poderoso aliado dos carnes mais fortes, caças, e até quem sabe um pato confitado. A melhor harmonização do almoço. O Cab. Sauvigon não fez feio, mas perto da explosão de aromas e sabores do Syrah, acabou em segundo lugar.
Como 2º prato escolhi mignon ao funghi misto e gorgonzola, e ai o Cabernet Sauvignon fez sua parte.
Também provamos o Yali Carmenère Edição Limitada 2008, que leva em sua composição 15% de Syrah.
Pegou de frente e domou o prato com perfeição, até para minha surpresa, pois s frutas em compota, a baunilha (do carvalho francês onde fica por 16 meses) e sua acidez mediana, não me levaram a supor que pudesse harmonizar tão bem.
Mas com seus 14,5% de álcool, que é hidrófilo e compôs com seu dulçor, junto ao molho gorduroso e terroso dos funghi e gorgonzola um ótima experiência.
Para encerrar a sobremesa torta de mousse de chocolate com avelã ou panacotta de creme com calda de frutas vermelhas, chegou à mesa o espumante.Nero Moscatel.
Confesso que a sobremesa dispensei em nome do meu corpinho de “bailarino espanhol” com diabetes, mas sorvi vários goles do moscatel sem remorso!
Domno do Brasil
http://www.domno.com.br/
Álvaro Cézar Galvão