Meninas e meninos,
Permitam-me aqui postar informações, que recebi do amigo Adão Morellatto, relativas ao mercado de vinhos, e que acredito serem úteis aos consumidores.
Abaixo, transcrito na íntegra:
Permitam-me aqui postar informações, que recebi do amigo Adão Morellatto, relativas ao mercado de vinhos, e que acredito serem úteis aos consumidores.
Abaixo, transcrito na íntegra:
“Caros, boa noite
Como tenho aqui relatado, informado e principalmente previsto em análises anteriores, de nada adianta os produtores nacionais, criarem obstáculos, com aumento de alíquotas e influenciando nossos legisladores e órgãos reguladores no intuito de diminuir a entrada de vinhos importados, esta atividade vai muito além da capacidade e percepção dos produtores locais em identificar que as regras de mercado de consumo são ditadas pelos consumidores.
Este é um dos poucos mercados no mundo, em que há uma enorme pulverização de marcas, produtos, tipos, variedades, que atendem a um universo gigantesco de pessoas, atraindo cada vez mais um público que torna se fiel, curioso e disposto a pagar um preço mais alto para adquirir produtos de melhor qualidade, aqui entra uma dinâmica necessária a qualquer país, que se disponha a produzir, consumir e valorizar seus próprios produtos, pois este específico mercado caracteriza-se por 3 fatores distintos e principais: Cultura, Tradição e Economia, dos 2 primeiros fatores, vá-la não temos ainda uma massa crítica suficientemente grande o bastante para mover toda uma indústria nacional que se manifesta disposta a brigar de igual para os mais tradicionais produtores, exceto no produto “Espumante” onde temos capacitação, inovação, preço, qualidade e característica própria para agregar mais oportunidades.
Quanto ao quesito Economia, sim, aqui temos uma diferença vantajosa, animadora e promissora, devido ao fato de que quase 30 milhões de consumidores (quase que uma Argentina toda), entraram em um rol de patamar de consumo, podendo perfeitamente aumentar exponencialmente o consumo per capita atual nos próximos anos. Portanto, como já comentado, os importadores brasileiros são extremamente dinâmicos, ágeis, versáteis e estão adequados as dificuldades e exigências do setor, com uma agilidade impressionante, devido as suas próprias características e natureza.
Se mantermos os padrões atuais de câmbio (pessoalmente não creio e não visualizo que teremos uma mudança brusca ou drástica neste quesito em médio prazo, dados as condições macro-econômicas atuais), dificilmente o quadro relatado abaixo, terá mudanças. Melhor exemplo disto, está abaixo nos informes referentes a entrada de vinhos importados em nosso país nos últimos 6 meses, já estando portanto, totalmente de acordo com a determinação de inserir os “SELOS” de I.P.I. nas garrafas. Na análise que descrita usamos o comparativo de período do 1º semestre de 2010 X sobre o mesmo período de 2011.
Para melhor entendimento dos leitores, o atributo analisado para determinar o Share é sempre o de “valor”. No montante há um crescimento de 15,14% em valor e de somente 2,54% em volume, evidenciando que há um aumento (já verificado e mencionado também) qualitativo crescente, observando que esta atribuição se aplica a todos os países, com uma média de 12,28% neste último período. Assim se manifestaram os principais players do mercado:
1º – Chile: Mantém e consolida sua hegemonia, já que, não há desde Janeiro, incidência de imposto de importação (I.I) sobre este exportador, sua contribuição atinge 33,18% de valor e de 37,89% com valor médio de USD 28,19 CX/12.
2º – Argentina: Também posiciona-se como um dos principais players, com uma participação de 22,41% em valor e 23,02% em volume, há uma interessante constatação de que este país vem valorizando, qualificando e contribuindo para que os seus vinhos aqui consumidos, deixem de ser apenas meros coadjuvantes, merecendo destaque em nossas góndolas com um produto muito mais prestigiado, como parâmetro os vinhos argentinos são neste momento 11,21% mais caros que os vinhos chileno’s.
3º – Portugal: Já observado em anos anteriores, há uma paridade nas exportações deste país x Itália em valores, sempre muito próximos, contribui com 14,08% em valor e 11,32% em volume, seu valor médio é de 59,09% superior as vinhos italianos.
4º – Itália: Como nesta análise, utilizamos a metodologia de apenas quantificar a N.C.M 2204.2100, não estando agrupados portanto, outros tipos de vinhos: Espumantes, Doces, Champagne, etc, este país entra nesta posição neste ranking ( ao fechar o período de 12 meses em Janeiro, com toda certeza, estará posicionado em uma categoria acima), sua contribuição foi de 13,67% de valor e de 17,47% em volume, informando que os vinhos oriundos deste país, são no momento os mais econômicos, média de USD 25,18 CX/12, devido a entrada de um grande volume, ainda, do vinho tipo Lambrusco, algo próximo de 70%, de baixo valor agregado na origem, por volta de Euros 0,90 a garrafa.
5º – França: Os vinhos originários deste país, tiveram uma valoração de 5,61% sobre 2010, chegando a média de USD 70,63 CX/12, os mais caros produtos adquiridos em nosso mercado (aqui não está inserido os vinhos Champagne, idêntica ao comentário da Itália, que em janeiro, muda-se a metodologia analítica e retorna a um patamar superior), sua participação foi de 7,50% em valor e de 3,42% em volume.
6º – Espanha: Atribui-se a este país o maior e melhor performance do período, apresentando 44,86% superior ao mesmo período de 2010, fato facilmente identificado pelos enúmeros aportes e campanhas específicas, visando identificar, fomentar, prospectar e incentivar o consumo de seus vinhos, reverenciado e reconhecido pelos consumidores daqui como um produto de alta qualidade, de excelente custo benefício e diversidade, atrelado a sua evidente e moderna gastromia, o valor médio de seus vinhos é de USD 52,64 CX/12.
7º – Demais Países: No conjunto apresentam um crescimento de 39,90%, contribuindo com 4,65% de valor e de 4,13% em volume
Há neste momento no país uma quantidade de 1.300 produtores e engarrafadores cadastrados junto ao MAPA, não estando computados aqui, os artesanais, que por suas características e participação, são totalmente irrelevantes em número, capacidade produtiva e financeira. De importadores existe uma quantidade de aproximadamente 470, incluindo as grandes cadeias de supermercados, atacadistas, distribuidores, pequenos, médios, grandes, contínuos, esporádicos, específicos, rede de lojas, restaurantes, hotéis, etc, de acordo com registros obtidos junto a SRF para esta finalidade.
E dada as circunstâncias de oportunidades atuais e mantidas esta alta tributação sobre este produto, vamos passar por um processo semelhante ao vivido hoje em Hong Kong, onde não há tributação sobre vinhos, então prolifera a quantidade de importadores, atuando nos mais diversos segmentos e nichos de mercado, pois ofertas e vinícolas ávidas para atuar aqui é o que não falta no exterior, pois a atual crise econômica afetam os principais mercados consumidores: Europa e USA”.
Análise e deduções de minha inteira responsabilidade, sem nenhum vínculo comercial e financeiro com empresas privadas ou organismos públicos, de carater apenas elucidativo e informativo, estando totalmente livre para publicação em qualquer canal que seja, não estando permitido porém, qualquer alteração em seu conteúdo e pensamento.
FONTES: MDIC, SRF, BACEN e MAPA
Abraços
INTERNATIONAL CONSULTING
ADAO AUGUSTO A. MORELLATTO
R. Laura B. Nascimento, 245 Mairipora – SP – 07600-000
Tel. 55 11 4419.2286 – Cel. 55 11 7361.4333 Nextel: 55*50837*23MSN: [email protected]
SKIPE: ADAOMORELLATTO
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão