Meninas e meninos,
Sem entrar no mérito da discussão se é ou não é patrulha, quem pode ou não pode, aonde pode ou não pode, que a lei antifumo que passou a vigorar desde ontem gera, sempre fui a favor, como ex-fumante que haja regras e locais próprios para o tabagista.
O que não posso, e acredito muitas pessoas também, concordar, é que se exerçam pressões e patrulhamento em cima do assunto em pauta.
Locais que vendem tabaco não poderão vender bebidas e ou comidas, então creio mesmo que muitos ou fecharão ou terão que mudar de foco.
Não posso negar que o charuto, por exemplo, é fumado por aficionados de todo o mundo, em ocasiões bem determinadas e em doses que me dizem os doutores na matéria.não ultrapassam os três charutos semanais.
Replico aqui um artigo que em outros fóruns já foram também exibidos, e que de certo modo transmite o sentimento que a lei dura e geral baixada desde 07/08 gera:
Sem entrar no mérito da discussão se é ou não é patrulha, quem pode ou não pode, aonde pode ou não pode, que a lei antifumo que passou a vigorar desde ontem gera, sempre fui a favor, como ex-fumante que haja regras e locais próprios para o tabagista.
O que não posso, e acredito muitas pessoas também, concordar, é que se exerçam pressões e patrulhamento em cima do assunto em pauta.
Locais que vendem tabaco não poderão vender bebidas e ou comidas, então creio mesmo que muitos ou fecharão ou terão que mudar de foco.
Não posso negar que o charuto, por exemplo, é fumado por aficionados de todo o mundo, em ocasiões bem determinadas e em doses que me dizem os doutores na matéria.não ultrapassam os três charutos semanais.
Replico aqui um artigo que em outros fóruns já foram também exibidos, e que de certo modo transmite o sentimento que a lei dura e geral baixada desde 07/08 gera:
As freiras feias sem Deus
LUIZ FELIPE PONDÉ-COLUNISTA DA FOLHA
“O QUE MOVE as pessoas, em meio a tantos problemas, a dedicar tamanha energia para reprimir o uso do tabaco? Resposta: o impulso fascista moderno.Proteger não fumantes do tabaco em espaços públicos fechados é justo. Minha objeção contra esta lei se dá em outros dois níveis: um mais prático e outro mais teórico.O prático diz respeito ao fato de ela não preservar alguns poucos bares e restaurantes livres para fumantes, sejam eles consumidores ou trabalhadores do setor. E por que não? Porque o que move o legislador, o fiscal e o dedo-duro é o gozo típico das almas mesquinhas e autoritárias. Uma espécie de freiras feias sem Deus.O teórico fala de uma tendência contemporânea, que é o triste fato de a democracia não ser, como pensávamos, imune à praga fascista.A tendência da democracia à lógica tirânica da saúde já havia sido apontada por Tocqueville (século 19). Dizia o conde francês que a vocação puritana da democracia para a intolerância para com hábitos “inúteis” a levaria a odiar coisas como o álcool e o tabaco, entre outras possibilidades.Odiaremos comedores de carne? Proprietários de dois carros? Que tal proibir o tabaco em casa em nome do pulmão do vizinho? Ou uma campanha escolar para estimular as crianças a denunciar pais fumantes? Toda forma de fascismo caminhou para a ampliação do controle da vida mínima. As freiras feias sem Deus gozariam com a ideia de crianças tão críticas dos maus hábitos.A associação do discurso científico ao constrangimento do comportamento moral, via máquina repressiva do Estado, é típica do fascismo. Se comer carne aumentar os custos do Ministério da Saúde, fecharemos as churrascarias? Crianças diagnosticadas cegas ainda no útero significariam uma economia significativa para a sociedade. Vamos abortá-las sistematicamente? O eugenista, o adorador da vida cientificamente perfeita, não se acha autoritário, mas, sim, redentor da espécie humana.E não me venha dizer que no “Primeiro Mundo” todo o mundo faz isso, porque não sou um desses idiotas colonizados que pensam que o “Primeiro Mundo” seja modelo de tudo. Conheço o “Primeiro Mundo” o suficiente para não crer em bobagens desse tipo.O que essas freiras feias sem Deus não entendem é que o que humaniza o ser humano é um equilíbrio sutil entre vícios e virtudes. E, quando estamos diante de neopuritanos, de santos sem Deus, os vícios é que nos salvam. Não quero viver num mundo sem vícios. E quero vivê-lo tomando vinho, vendo o rosto de uma mulher linda e bêbada em meio à fumaça num bistrô”.
Luiz Felipe Pondé é colunista da Ilustrada
Até o próximo brinde!
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão