Meninas e meninos,
Tive um fugaz contato com a Marcela, poetisa imperdível, e que se perdeu, nestes tempos de web e celular, que nos encontram em qualquer hora e lugar; como pôde acontecer?
Deixo gravada aqui uma de suas poesias, que trata de meu amado tema vinho.
Frutado, lágrimas densas, reflexos violáceos e taninos firmes.
Não pude evitar escrever-te essa noite.
O teu provocar incita-me.
O teu expressar desperta-me para um outro lugar:distante, belo sem tempo e me faz aproximar.
Atração natural pelo belo, vivo, complexo, jovem, persistente:a estrutura de um vinho pronto para degustar.
No percurso maduro desse caminhar luzes se acendem, lamparinas incendeiam o ciclo lunar.
Aroma de terra molhada.
Os ventos trouxeram chuva da madrugada.
Fases aeradas:eu te giro,a taça me acompanha.
A minha cabeça não te quer interpretar.
Sentir-te, contudo, beber-te, todavia, quem sabe, decifrar-te…No ato, capturar-te.
(Marcela Garcia Fonseca)
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão