Convidado pelas minhas amigas da Tema Assessoria, as eficientes e lindas Silvana e Roberta, para em almoço conhecer os vinhos desta vinícola Alentejana, de pronto aceitei, pois o Rodrigo, da Casa do Porto, local aonde se daria a apresentação, não deixa por menos, e junto com o seu irmão Péricles e o Ariel, estão sempre trazendo vinhos de qualidade inconteste.
Quem nos fez a apresentação foi o enólogo da vinícola, o competente (pelos vinhos que vinifica, não restam dúvidas) e sorridente Nelson Martins, que, aliás, é primo do respeitado Paulo Laureano, outro enólogo sempre sorridente (deve ser de família).
Nelson deixou claro desde o inicio que estes vinhos em Portugal, até pela sua quantidade em garrafas só são vendidas através do Clube de Vinhos Gloria Reynolds aos seus associados. Outra coisa que foi logo falando é que o nome Reynolds só vai aos rótulos que preencheram determinados quesitos, que vão desde a particularidade da safra, qualidade dos frutos e sua evolução após descanso em barris e/ou garrafas, etc…
A família Reynolds começou sua história em Portugal em 1820, atraída pelas oportunidades do vinho. Com o passar dos anos a família resolveu investir em outros negócios e aventuras, retomando a tradição familiar da produção de vinhos em 1998. O responsável foi Julian Reynolds, filho de Gloria Reynolds, que após adquirir a vinícola Herdade da Figueira de Cima, batizou os vinhos com o nome da mãe restabelecendo o nome tradicional da família na região.
Os vinhedos situados em Portalegre são extremamente influenciados pelo clima da serra de São Madame, com grandes diferenças de temperaturas durante o dia e a noite, o que favorece o cultivo das uvas. Julian construiu uma vinícola moderna, com ótimos equipamentos destacando a utilização 100% de tonéis de carvalho francês da tanoaria Seguin Moreau.
Degustamos alguns vinhos que não estavam listados no release, e dentre eles um que me agradou muito foi o Julian Reynolds 2008, um branco da uva Arinto de Alcobaça, sem passagem por madeira, muito frutado, fácil de beber, com acidez para encarar um ceviche.
O outro vinho que me chamou a atenção, também branco, o Gloria Reynolds Branco 2006, 100% Antão Vaz, fermentada em barricas de carvalho francês por trinta dias a temperatura de 15ºC , e que após a fermentação passa por mais um período de oito meses nas mesmas, com bâttonnage semanal, posteriormente descansa seis meses em tanques de aço, antes do engarrafamento, aliás, são só 3000 garrafas deste belíssimo vinho, que encara bem um bacalhau em diversas cocções, uma carne de porco, caldeiradas de frutos do mar e peixes.
Gloria Reynolds Tinto 2004 – Corte 70% Alicante Bouschet e 30% Trincadeira, com fermentação nos balseiros e passagem parcial de doze meses em barricas de carvalho francês.
Julian Reynolds Reserva 2004 – Constituído por 50% Alicante Bouschet, 25% Aragonês e 25% Trincadeira, com passagem parcial de doze meses em barricas de carvalho francês.
Carlos Reynolds 2006 – Corte Touriga Nacional e Alfrocheiro, fermentado nos balseiros de carvalho.
Figueira de Cima 2004 – Assemblage de Alicante Bouschet, Aragonês e Trincadeira, 18 meses em carvalho francês com produção limitada. Este é um daqueles que na opinião dos responsáveis, não atingiu os parâmetros mínimos para ganhar o nome da família Reynolds, mas é espetacular, imaginem os outros….
Gloria Reynolds
http://www.gloriareynolds.com/
Casa do Porto
http://www.casadoporto.com/
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão