Meninas e meninos,
Quando estive na grande degustação promovida pela Vinci, uma das mais importantes importadoras do país, logo pedi uma oportunidade aos amigos da Angheben Vinhos Finos, empresa Brasileira que produz vinhos de qualidade, e que são distribuídos pela Vinci, para uma conversa um pouco mais prolongada.
Eduardo Angheben, filho de Indalencio Angheben, ambos enólogos, trabalham juntos para desenvolver a linha de produtos, que segundo Eduardo, em breve, trará muitas novidades.
O nome ANGHEBEN, de origem Celta, mais precisamente os que habitavam a região alpina entre a Itália e a Áustria, e segundo estudiosos, significa habitantes do vale, herdou de um patriarca da família o legado do nome, em meados dos séculos XI e XII, e que mais tarde, veio a ser o nome do vilarejo onde atualmente é a Provinicia de Trento.
Com a vinda dos imigrantes ao Brasil no início do século XIX, e a instalação dos Trentinos no vale dos vinhedos, em Bento Gonçalves, teve inicio a cultura das videiras e conseqüentemente do vinho, tendo esta cultura se tornado sua ocupação e renda.
Não por acaso, que em 1999 começava a Angheben Adega de Vinhos Finos, com a intenção de sempre garantir as melhores uvas, matéria prima para seus vinhos de alta qualidade.
Indalencio Angheben, professor, há mais de trinta anos, da disciplina de Viticultura no Centro Federal de Educação Tecnológica em Bento Gonçalves – RS, aperfeiçoou seus conhecimentos com diversas viagens de estudo por países tradicionais na viticultura, como França, Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Chile, Argentina e Uruguai. Os conhecimentos transmitidos pelo professor Angheben ajudaram na formação da grande maioria dos enólogos brasileiros, inclusive de seu filho Eduardo, que juntamente com o pai, elabora os vinhos da família desde 1999.
Eduardo me conta que as primeiras cepas a serem plantadas, foram mesmo para um resgate da história, pois foram variedades que os italianos do Trento conheciam e sabiam do manejo, sendo a Barbera, Teroldego, Nebbiolo as pioneiras.
Também foram pioneiros na vinificação da Touriga Nacional.
Contando com dois projetos de cultivo, sendo o da Serra do Sudeste em Encruzilhada do Sul, logo em 2000, onde as variedades que os Angheben sabem não serem as mais especiais para o cultivo no Vale dos Vinhedos, vem desde 2004 apresentando os mais significativos resultados como o Gewürztraminer; Pinot Noir; Teroldego; Barbera; Touriga Nacional; Cabernet Sauvignon e o espumante Brut feito com Chardonnay e Pinot Noir pelo método champenoise.
Todos os vinhos têm produção muito limitada, chegando sua totalidade em cerca de 60.000 garrafas.
Eduardo dizia que alguns projetos serão logo implantados, como o do enoturismo, com visitação e degustação projetadas para acontecerem em uma nova instalação em uma edificação histórica que remonta há mais de 150 anos, onde também a cantina para o acolhimento dos visitantes será um dos passos, onde o vinho, segundo ele, será uma experiência marcante, uma conseqüência do processo empírico de experimentação e aprendizado, no que concordo plenamente, pois nada melhor do que podermos ver como se planta, se colhe se vinifica e depois se degusta.
Novos projetos também para o Vale do Vinhedos, hoje D.O , onde a Merlot é a variedade que vai muito bem, e que estão nos planos destes que até a origem do nome significa “Habitantes do Vale”, só que agora o Vale dos Vinhedos aqui no Brasil.
Só para não deixar de fora minha opinião e que o Eduardo sabe bem, sou um admirador do seu Barbera, que como todos os vinhos da vinícola, são numerados, sendo este com exíguas 2.600 garrafas.
Nafoto Eduardo Anheben eo o Barbera
Angheben Vinhos Finos
http://www.angheben.com.br/
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão