Meninas e meninos,
Minha linda amiga e prima Gabriela Mott Paiva, em nome da linda produtora de vinhos no Alentejo, que conheci ano passado, Sofia Garret, que de volta ao Brasil, veio nos mostrar seus belos vinhos regionais e azeites de primeira linha da Rovisco Garcia, convidou a mim e alguns amigos jornalista da área para em um jantar, no belo Taberna 474, do empresário Luis Felipe Moraes, o Ipê Moraes, do Adega Santiago e outros.
Também lá estavam alguns amigos de várias áreas, sempre ligados aos vinhos e gastronomia, como o consultor Adão Morellato, do qual sempre uso as tabelas com os números de importações nesta área vinica, o Carlos Alberto Dória, cozinheiro desde sempre e pesquisador de gastronomia, minha outra linda e eficiente prima, a Veridiana Mott, que atua na área de assessoria de imprensa em gastronomia, vinhos, azeites, e tudo o mais daquilo que nós gostamos de comer e de beber com a Sibaris Produções Gastronômicas, o César Adames, expert em charutos, destilados e coquetelaria, e o Beto Archeboin, o São Paulino mais entendido(sem trocadilhos maldosos, por favor) em vinhos que conheço, escreve e dá aulas sobre o assunto.
Eu, ao menos, tive uma agradável surpresa com um dos vinhos degustados, o Rovisco Garcia Rose 2010, justamente o vinho que a Sofia me deu a degustar ano passado.
Vinho fresco e agradável, corte de Aragonez, Syrah e Touriga Nacional, aromas de frutas como ameixas e cerejas, leve e sutil toque floral e de especiarias doces, boa acides, equilibrado em álcool, 13%. Em boca confirma o frutado, as especiarias quase não aparecem, de médio corpo, e persistência boa.
Com a maioria dos petiscos de entrada, como as vieiras, o pãozinho com tomatinhos frescos e anchova, o polvo, aliás, delicioso, com páprica, e até alguns dos primeiros pratos servidos com coentro, às vezes nada fácil de harmonizar.
Só não saiu na frente com as pataniscas de bacalhau, talvez pela fritura, ficando melhor com o Rovisco Garcia Branco 2010, corte de Arinto e Antão Vaz.
Vinho com ótima acidez, cítricos evidentes e que se confirmam em boca, mostrando um limão Siciliano, e sutil maçã verde. Tem 13% de álcool.
Quando vieram os tintos, já percebi que seriam bons para a gastronomia devido sua acidez e taninos.
O Rovisco Garcia Tinto Colheita 2009, corte de Aragonez, Syrah, Alicante Bouchet e Touriga Nacional, no olfato mostra-se doce, com especiarias, frutas maduras, sutil floral, e notas de sua pequena passagem por madeira, e não todo o vinho. Em boca a acidez se mostra, confirmando o frutado, algo de torrefação de café, longo, equilibrado com 13,5% de álcool.
O Rovisco Garcia Reserva Tinto 2007, não mostra sua idade, estando ainda bem violáceo.
Corte de Aragonez e Syrah, onde a primeira é maioria, apresenta aromas de frutas bem maduras, algo em compota como ameixas, um chocolate, especiarias como cravo e pimenta.Confirma em boca as frutas em compota e o chocolate.
Ficou muito bom coma costela bovina servida com farofa, um prensado de mandioca frita, rúcula e uma redução agridoce de vinho.
O melhor de tudo são os preços da linha Rovisco Garcia, começando por R$ 35,00, no branco, passando para R$ 40,00 no ótimo e gastronômico Rose, R$ 45,00 para o Colheita e R$ 65,00 para o Reserva.
Tambuladeira
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Álvaro Cézar Galvão