Meninas e meninos,
Queijo Minas agora é patrimônio da Humanidade declarado ontem(04/12-2024) pela UNESCO . Um reconhecimento do modo de fazer queijos artesanais que vem sendo transmitido às famílias de queijeiros, em geral, de pequenos produtores, por via oral há 300 anos, segundo estudos.
Em decisão unânime, diga-se, a Unesco incluiu que os “Modos de fazer o Queijo Minas Artesanal” devem ser considerados parte da lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade, já não era sem tempo, diziam os mineiros!
Este alimento, aliás, em Minas Gerias, é mais que um alimento, é parte integrante da socialização, pois não há família que receba uma visita sem oferecer o queijo acompanhado ou não de doces, ou com pães e bolos, além do cafezinho, é claro, ah, e do pão de queijo!
“Do Brasil já faziam parte da lista expressões culturais como o samba de roda do Recôncavo da Bahia, o frevo, o Círio de Nazaré, a capoeira e o complexo cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão”, escreveu o colunista da Folha de São Paulo Jamil Chade.
Em nota divulgada pelo governo do Brasil sobre o assunto, comenta que “elaborado a partir de técnicas desenvolvidas ao longo de três séculos, o Queijo Minas Artesanal constitui importante atividade socioeconômica, que promove inclusão e desenvolvimento local, em especial da agricultura familiar”.
Segundo a UNESCO, “o processo de fabricação do queijo minas artesanal envolve “conhecimentos e técnicas desenvolvidos por pequenos produtores rurais do estado de Minas Gerais, no Brasil”, um grande passo para melhorar a relação produto X preço para os produtores, sem contar com o turismo gastronômico que poderá ser incrementado a partir de agora.
Eu mesmo, já estiva na Serra da Canastra para conhecer de perto os queijos da região de onde voltei com muita saudade dos sabores particulares e dos produtores.
“Os queijeiros mineiros se orgulham da tradição de usar leite cru e o ‘pingo’, um fermento natural composto por bactérias específicas da região que, juntamente com o período de maturação e o clima local, contribui para o sabor, a cor e o aroma específicos dos queijos” Unesco.
“O conhecimento relacionado inclui o manejo do pasto e do gado, técnicas de artesanato e a venda dos produtos em feiras e mercados locais”, afirmou a Unesco.
Extraído também do texto do Jamil Chade, e tem nos textos do site Divino Guia
Agora estou planejando para o ano uma visita à região do Serro , de onde já conheço alguns produtores e seus produtos, mas desejo ver de perto o modo artesanal de fabricação deste terroir.
Parabéns aos produtores de queijos artesanais de Minas Gerais, e claro ao Brasil pela conquista.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão