Meninas e meninos,
Degustei ano passado a linha de vinhos do sul da França, mais especificamente do Vale do Rhône, do produtor Ogier, um dos mais tradicionais da região.
A Maison Ogier faz seus vinhos há mais de 150 anos, e segundo o grande Robert Parker, os vinhos da Ogier estão cada vez melhores.
A localização bem o centro de Châteauneuf du Pape, e o cuidado com as vinhas e o terroir, vale um descritivo: “O Vale do Rhône nos dá diariamente ferramentas para expressar o nosso know-how graças a seus fantásticos terroirs. Selamos um compromisso para respeitá-los e protegê-los”, e Ogier segue à risca este enunciado, vinificando seus vinhos com uvas de vinhedos próprios, que desde 2006 estão convertidos à viticultura orgânica.
Além disso, Ogier tem uma cave em Châteauneuf du Pape, com condições quase únicas, pois mantêm características antiquíssimas, com condições de inigualáveis para manter perfeitas temperatura e umidade, e claro, para o estágio dos vinhos tintos em carvalho.
Ogier utiliza grandes tonéis, com capacidade de 6.000 a 8.000 litros, conhecidos como foudres.
Degustei os brancos Côtes du Rhône Gentilhomme 2013 e o Châteauneuf-du-Pape Blanc Clos de L’Oratoire des Papes 2013, sendo o primeiro fresco, mineral e cítrico, corte de Grenache Blanc; Clairette; Bourboulenc e Viognier , fácil de beber, e o segundo, mais encorpado, floral e especiarias, corte de Grenache Blanc; Clairette; Bourboulenc e Roussane agrada muito!
Passando aos tintos, logo de primeira degustei o vinho que mais me agradou, pela simplicidade de vinificação(não passa por madeira), e ao mesmo tempo complexidade de aromas e palato com muita fruta, especiarias, taninos especiarias, acidez fantástica, corte de Syrah e Grenache, o Côtes de Ventoux 2014, além de tudo tem preço ótimo R$78,59.
Em seguida o Côtes du Rhône Gentilhomme 2014, corte de Grenache; Syrah; Mouvedre; Cinsalt e Carignan, estagiando por 8 meses em barricas francesas e americanas com mais de um uso, apresenta caramelo, frutado elegante.
O Crozes-Hermitage Comte de Raybois 2013 é um Syrah 100%, com 6 meses de estágio em carvalho, com fruta e especiarias.
O Châteauneuf du Pape Reine Jeanne 2013, corte de Grenache, Syrah, Mourvèdre e Cinsault estagia 12 meses em foudres, algum vegetal aparece, frutado e especiarias, ótimo corpo e taninos finos.
Todos os Côtes du Rhône de Ogier merecem o selo de excelente relação qualidade/preço do guia Bettane & Desseauve. Cada um dos vinhos de Ogier é muito fiel às respectivas denominações e uma mostra irrepreensível da diversidade e incrível qualidade que impera nessa tradicional região francesa.
Eu se puder aconselhar aos leitores, não deixem de provar o Ventoux deste produtor, vão se apaixonar!
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão