Meninas e meninos,
Volto ao tema porque é um dos mais sérios.
Ainda semana passada vi mais dois amigos que por puro preconceito, e depois de alguns anos sofrendo com sintomas como dificuldade ao urinar, se viram com acometidos por hiperplasias prostáticas.
Por Deus, ambos a têm benigna.
As chances de cura aumentam muito, se for feita uma prevenção adequada, melhor descobrir que tem a doença, do que quando a descoberta é feita, também a inevitável “sombra” se abater sobre o indivíduo. Com um olhar atento aos homens que não se cuidam, a Campanha Novembro Azul tem o objetivo de levar informações sobre prevenção do câncer de próstata, além de reduzir o número de mortes pela doença.
A falta de tempo para ir ao médico e a sensação de que aquela dor é passageira são as primeiras justificativas quando o assunto é a ida ao urologista.
Este é o quadro que o “Novembro Azul”, movimento em prol da saúde, tenta mudar. O foco da campanha está na prevenção do câncer de próstata.
Um estudo realizado em 2015 pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 51% dos homens com mais de 35 anos nunca consultaram um urologista.
O câncer de próstata é uma doença silenciosa e quando algum sintoma aparece, ela pode estar em um estágio avançado. No Brasil, é o segundo tipo que mais acomete homens, perdendo apenas para o de pele não melanoma.
Ainda não existe uma forma de prevenir o seu aparecimento. O que se pode fazer hoje é um diagnóstico precoce da doença, o que aumenta consideravelmente as chances de cura, no entanto, os especialistas ressaltam que hábitos saudáveis, como dieta livre de gordura, não fumar, prática de atividade física, por exemplo, podem de alguma maneira prevenir este e também outros cânceres.
Quando a doença se instalou, temos hoje novos tratamentos que trazem bem-estar aos pacientes com a utilização de robôs que aumentam a precisão da imagem e dos movimentos, nos casos de cirurgia, preservando controle urinário e função sexual.
O câncer de próstata é uma doença muito variável. Existem quadros em que a doença tem uma evolução lenta, e em outros a progressão é muito rápida. O diagnóstico precoce por meio dos exames de toque retal e PSA permitem, em até 80% dos casos diagnosticados, que a doença não atinja outros órgãos. A doença, quando já se disseminou para locais distantes, como ossos, fígado e pulmão, é praticamente incurável.
Para o Dr. Marcos Tobias Machado, urologista do Hospital e Maternidade Brasil, a chave de tudo está no diagnostico mais precoce possível. “Os exames de rotina e prevenção devem começar a partir dos 50 anos para pacientes sem fatores de risco e 45 anos para os pacientes com fatores de risco (negros ou antecedente familiar de câncer de próstata)”, explica.
O tratamento varia de acordo com cada paciente e o acometimento da doença, que em última instância vai determinar sua agressividade. Em idosos com doença de baixa agressividade, o acompanhamento vigiado sem um tratamento imediato pode ser oferecido com segurança.
Alguns estudos atuais tem mostrado que o resultado em longo prazo oferecido pela cirurgia são superiores aos da radioterapia, motivo pelo qual tem sido a opção de tratamento preferencial dos médicos para pacientes com expectativa de vida maior do que 10 anos.
Além disso, a cirurgia para o tratamento do câncer da próstata (prostatectomia radical) evoluiu substancialmente nos últimos 10 anos, que passou a ser realizada por via laparoscópica (pequenos orifícios no abdômen), menos invasiva, e mais recentemente, pela cirurgia laparoscópica assistida por robô. O maior nível de precisão das imagens e de movimentos dos instrumentos robóticos permite uma melhor preservação do controle urinário e da função sexual depois da cirurgia, mantendo um excelente índice de cura do câncer.
Para pacientes com doença de maior significado clínico, o tratamento com cirurgia de remoção total da próstata, radioterapia ou fonte de irradiação externa pode ser oferecido como opções ao paciente.
A fase inicial do câncer de próstata não apresenta sintomas, de uma forma geral, a doença aflige homens com mais de 50 anos, e por isso é comum já existirem sintomas relacionados à hiperplasia benigna, que é quando a próstata apresenta um aumento de tamanho, e muitas vezes são confundidos com “sintomas de câncer”.
Em fases mais avançadas, aparece a dificuldade para urinar, dor perineal e até sangramento.
Para o urologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, Dr. Silvio da Ressurreição Pires, a detecção precoce é o principal trunfo para o sucesso do tratamento. “De maneira geral, a avaliação clínica feita por um urologista aliada ao exame de sangue específico para a próstata, ultrassom da próstata e toque retal são suficientes para criar uma suspeita”, explica.
Atualmente a ressonância magnética tem sido aplicada em casos especiais, mas o diagnóstico da presença do câncer só é possível através da biópsia da próstata.
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão