Meninas e meninos,
Conheci, por ver indicativos do Capril do Bosque de Heloisa Collins, nos idos dos anos de 2010/2011, quando passei por Joanópolis, no estado de São Paulo, para um retiro espiritual no Hotel Ponto de Luz, fruto de matéria sobre o assunto publicada mais tarde.
Contatos à época, fizemos por e-mail, quando escrevia um texto sobre os vinhos que mais se harmonizavam com queijos de cabra, e que naturalmente são um pouco mais ácidos.
Mas visitar mesmo o Capril do Bosque, o fiz recentemente, sem aviso prévio, e por isto, paguei um alto preço, pois neste dia estavam atarefadíssimos com uma grande reserva para o almoço em seu Bistrô, e não querendo atrapalhar mais do que já estava, achei prudente ficar o tempo mínimo suficiente para bater um papo com a Chef Juliana, outro bastante elucidativo com Heloisa, que numa simpatia ímpar, me atendeu em meio às tarefas do dia repleto.
Hoje a produção própria de leite alcança 55 litros em duas ordenhas, e compram outro tanto de produtor selecionado para atender à demanda de aproximadamente 15 Kg de queijos.
Este número cheguei baseado em 7 litros de leite/kg de queijo, informação de Heloisa, e não necessariamente como produção diária. Esta quantidade de litros deve dobrar em breve com produção própria, disse Heloisa.
Não que se tenha este número exato, mas, como o Capril do Bosque tem oficinas de queijo, muito procuradas, diga-se que são realizadas todos os últimos sábados de cada mês, onde são feitos queijos pelos participantes, há de se ter sempre leite para tal.
Heloisa me disse que neste ano, ao longo de Janeiro eles abriram o bistrô de Quarta a Domingo das 10h00 às 18h00 com bastante procura e que está pensando em continuar com estes horários até fins de Fevereiro, claro que sempre é preciso reserva e avisar.
Neste período que ficou aberta, de 4ª à 6ª o cardápio constou de almoços onde os queijos são o brilho, também massa e saladas. Já nos sábados e domingos, um verdadeiro show onde carnes, massa recheadas, degustação de queijos, saladas e sobremesas são mais bem elaborados devido ao tempo dos comensais e pelo fluxo de turistas, como narrei nesta visita que fiz em pleno domingão, e com a casa lotada em reservas.
O Capril do Bosque faz cerca de 10 tipos de queijos de cabra desde os famosos cendré(com carvão), passando pelo de mofo azul, os de mofo branco, os curados, tendo um onde a cura leva 400 dias, o Caprino do Embaixador, que segundo a descrição parece um Pecorino, e claro, os frescos em variados tipos desde as bolinhas até os pastosos e cremosos, sem contar com a coalhada seca e o yogurte grego tão em moda.
O Capril tem um site onde o interessado terá muito mais a conhecer, é muito completo e cheio de belas fotos, recomendo uma visita, e que marquem uma ida ao Capril do Bosque, pois é um local lúdico, onde a oportunidade do conhecimento e da gastronomia andam juntas.
O Capril também vende geleias de qualidade, mel, vinhos de produtores brasileiros e estrangeiros, e um display onde ficam lindas peças cerâmicas de ceramista de Piracaia, cidade vizinha.
Foi ótima conhecer de perto a Heloisa Collins, esta professora universitária que se apaixonou pelas cabras e os queijos feitos com o leite delas.
Também fazem visitas guiadas, entrem no site e divirtam-se como eu me diverti.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão