Meninas e meninos,
Fui com meu amigo Marc Perelló, da Devinum, importadora responsável por belos rótulos e pela distribuição e importação dos vinhos da espetacular Miguel Torres, conhecer o Tanit.
Capitaneando as caçarolas, o catalão e amigo de Marc, o Chef Oscar Bosch, que com sua experiência por ter passagens pelo El Bulli e pelo El Celler de Can Roca, consegue imprimir algo de autoral moderno nas receitas tradicionais mediterrâneas, confessa cresceu no meio das panelas, até dormia entre as cadeiras.
Completando seu apurado bom gosto e técnica, também trabalhou, além dos citados acima e estrelados espanhóis, no não menos estrelado restaurante belga Hof van Cleve, três estrelas chefiado por Peter Goossens.
Mas o nome Tanit que pensei no início se tratar de algo ligado aos vinhos Tannat, me foi dito que não, pois a casa foi batizada com o nome da deusa fenícia.
Deusa que é muito lembrada ao longo do litoral das ilhas baleares, leva ao ambiente do Tanit, a descontração e informalidade, com uma agradável varanda, que remete ao clima de Formentera, Ibiza e Barcelona.
“Desde que me mudei para cá, sempre tive vontade de abrir um restaurante que traduzisse minha essência”, explica Oscar, que veio para o país depois de casar-se com a brasileira e patissière, Beatriz Bosch.
“Quero manter o padrão da alta cozinha que pratiquei na Europa, mas servida de forma mais descontraída”, comenta Bosch, e ara acompanhar os pratos, versões criativas de gim tônicas e clericot, que casam bem com as tapas da espera, além de drinks com Jerez, criações elaboradas pelo barman Caique Soares.
Na ocasião, provei um Blood Mary feito com tomates ao forno e transformados no suco base para o drink, dando-lhe sabor muito especial.
Para as entradas, as tradicionais tapas espanholas, como as Bravas Bravíssimas, batatas crocantes, com molho de tomate caseiro, que, na versão de do Chef, levam também um ragú de chorizo espanhol, além das Croquetas, apresentadas na clássica combinação de bechamel e jamón ibérico ou com alho poró e queijo de cabra.
Marc pediu para o prato principal, outra das receitas típicas espanholas, o Arroz Negro pela tinta da lula com polvo grelhado e allioli.
Eu pedi a Rabada Desfiada, cozida na cerveja preta e acompanhada de musseline de mandioquinha, farofa de alho e crispy de couve, e ambos estavam muito bons, garanto.
No cardápio, sobremesas criadas por Beatriz Bosch, como a Torta de Santiago, acompanhada de creme anglaise e sorvete de nata, mas esta não pedi, apesar de ser um das sobremesas que mais gosto.
Mas tem muito mais nos cardápio de salgados e doces para se provar do que estes citados por mim.
Carta de vinhos ainda em formatação, mas com vinhos em taças com boas sugestões, e vinhos em meia garrafa.
No bar, quem comanda os drinks, é o barman Caique Soares, da apothek Cocktails & Co., empresa especializada no desenvolvimento de projetos personalizados para o segmento de bebidas, o bar do Tanit oferece criativos drinks, gim tônicas e um clericot.
A carta traz sugestões autorais como o Negroni Jerez, com gin, vermute branco, Campari e jerez, um dos mais emblemáticos vinhos espanhóis.
Servido em jarra, o Clericot mistura espumante à maçã verde, uva verde, gengibre e cachaça.
Já os Gin tônicas, aparecem em três versões: Spicy, com manjericão, alecrim, pimenta Jamaica e cumaru, Floral, com hibisco, passas e pimenta rosa, e Cítrico, com grapefruit e limões siciliano e tahiti.
Por fim, a Tanit Caipirinha combina cachaça, limão, caju e coentro.
Endereço: Rua Oscar Freire, 145, Jardins
Telefone: (11) 3062-6385
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão