Meninas e meninos,
Muito já falei e escrevi sobre este ícone chileno, o VIK.
Estava em falta com uma postagem sobre o evento da última vez que tive oportunidade de estar com Gonzague de Lambert, que veio ao Brasil para uma apresentação linda, onde também foi falado sobre o Vik Retreats, uma unanimidade em hotelaria de luxo.
Julia Parapugna do Vik Retreats que na oportunidade discorreu sobre os empreendimentos que formam o complexo hoteleiro, um no Chile e outro no Uruguai, comentou sobre o que o executivo norueguês Alexander Vik, com negócios em vários países, e um sonho que era o de ter seu vinho, não mais um, mas sim um que poderia ser chamado de ícone.
A semente do que viria a ser o projeto da Viña Vik, propriedade de 4300 hectares no vale de Millahue, nascia assim.
Tive oportunidade de por duas vezes estar no projeto, mas em ambas, o hotel não estava pronto.
A primeira foi em 2013 quando fui jurado no então Catad’Or W, hoje Catad’Or, quando nós jurados visitamos o projeto ainda em seu início, o que em nada tirava o brilho e a grandiosidade do que hoje pronto, vem a ser o Viña Vik, e degustamos os varietais que compõem o blend do VIK.
Desta primeira vez fiquei alojado em uma das cabanas em meio ao bosque, com todo o conforto, feitas para o pouso dos visitantes, visto que a construção principal onde ficavam o restaurante totalmente estruturado, além das poucas suítes que foram ocupadas pelos anfitriões e alguns dos jurados mais velhos.
A outra visita se deu no mesmo ano, meses depois, quando retornei, e desta vez fiquei no corpo principal da construção, com a paisagem linda para o lago e as montanhas, vistas da varanda espetacular.
Mas o que me move a voltar ao tema é que ao final do ano passado degustei a garrafa que tinha do VIK 2010, que comprei quando da primeira visita, e que entre as três safras que provei 2009, 2010 e 2011 é a minha favorita.
O blend é sempre com cinco variedades e que mudam a cada safra, a saber: Cabernet
Sauvignon que sempre leva a maior quantidade de 2010, Carménère, Syrah, Merlot e Cabernet Franc.
Os vinhos são fermentados com as leveduras locais, e desde 2010 repousam ao redor de 23 meses em barricas francesas novas.
A safra 2009 com 63% Carménère e 25% Carbernet Sauvignon, 1,5% Cabernet Franc, 0,2% Merlot e 0,3% Syrah, a degustei uma única vez, quando lá estive na primeira visita, e já não me recordo tanto.
A minha safra preferida, ao menos até a última vez que comparei as duas que degustei 2010 e 2011, é a 2010 que leva o corte com: 56% Cabernet Sauvignon, 32% Carménère, 5% Cabernet Franc, 4% Merlot e 3% Syrah.
Passa 23 meses por barricas, e o exemplar que degustei ao final do ano de 2016 estava fabuloso.
Fresco, acidez primorosa para um vinho robusto e carnudo, taninos presentes, mas ótimos, frutas abundantes no olfato e palato, com especiarias como cravo, e algum toque de fumo de corda.
O VIK 2011, corte de 55% Cabernet Sauvignon, 29% Carménère, 7% Cabernet Franc,
5% Merlot e 4% Syrah me parece mais austero.
Muita fruta, fresco, taninos mais evidentes ainda, especiarias, e um leve toque floral.
Quanto ao hotel, como conheço apenas de fotos, posso dizer que é um empreendimento para ficar gravado na memória de quem lá for visitar e usufruir da estrutura montada, que podem ser vistos muito bem no site com fotos belíssimas.
Espero ter a oportunidade de lá voltar e ver de perto o que vi nascer na obra.
A Viña Vik está aberta a visitas com agendamento prévio de degustações, e com almoço pic-nic, ou então de uma maravilhosa churrascada em meio às vinhas, tudo bem explicado no site.
O vinho VIK é importado no Brasil pela World Wine e Wine.com.br.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão