Meninas e meninos,
Ano passado, quando estive a convite da ABE-Associação Brasileira de Enologia, para com muita honra e responsabilidade participar de mais um julgamento de espumantes, o IX Concurso do Espumante Brasileiro, dentro da programação para os degustadores profissionais e jornalistas convidados, constava a grande festa comemorativa do CENTENÁRIO DA VINÍCOLA PETERLONGO.
Momento de rara beleza e de respeito para com a nossa vitivinicultura, pois em um país onde a cultura do vinho quase inexiste, e onde imperam interesses políticos nada confiáveis e muitas das vezes inconfessáveis, uma empresa atravessar cem anos, e atuante, é um grande feito, na comemoração foi lançado o ótimo.
Há outras no Brasil também centenárias, e as quase chegando lá na mesma atividade, mas o momento deste texto é outro.
Falar de espumantes no Brasil sem mencionar o Moscatel, que todas as vinícolas vinificam, e muito bem, não é fazer justiça.
Mas antes, que lembrar um pouco a origem desta vinificação gasosa, que tem origem no método Asti italiano.
Não é como os outros espumantes que antes fazem um vinho base, para depois fazer a tomada de espuma, ou a segunda fermentação, que originará o vinho espumante.
O moscatel tem origem em uma só etapa, nos tanques de aço chamados de autoclaves, com temperatura controlada e manômetros para controle da pressão interna, digamos que para melhor entender, são quase que panelas de pressão gigantes.
Após a prensagem o mosto mais limpo é levado aos tanques já sendo submetido às baixas temperaturas para se evitar o início de fermentação espontânea.
Adicionam-se as leveduras para a fermentação, e eleva-se a temperatura ao redor dos 10º-12º C, que logo no começo têm as válvulas abertas para liberar o gás resultante.
Após este inicio, fecham-se as válvulas, para colher o gás, e antes do término da fermentação, ou seja, ainda há açúcar residual no líquido, abaixa-se a temperatura para por a “dormir” as leveduras, resultando em um espumante com gás, e ainda com certo dulçor, que é o traço de açúcar residual não “comido” pelas leveduras.
Em geral, ao se atingir 7% de álcool(em Asti) e no Brasil(podem chegar ao redor dos 9% ou alguns até mais para manter o equilíbrio), para-se o processo, e o moscatel espumante está pronto com algo ao redor de 60 a 75 gramas de açúcar por litro.
As uvas utilizadas neste processo são em geral as da família das aromáticas, terpênicas, como diriam os técnicos, em muitas variedades como Moscatel Bianco, Malvasias, Moscatel Giallo, Moscatel de Hamburgo(em geral para os rosados), Moscatel de Alexandria etc…
Em tempo, há 30 anos sendo elaborado no Brasil, o espumante moscatel quintuplicou sua produção em 10 anos.
Em 2015, somente o Rio Grande do Sul foi responsável pela produção de cinco milhões de litros da bebida.
Voltando à Peterlongo, esta vinícola tem uma gama de rótulos de espumantes Moscatel, com diversas variedades, descritas abaixo:
São cinco rótulos que carregam consigo a leveza de um espumante fácil de beber.
Elaborados a partir da seleção de uvas das variedades Moscato Branco, Moscato Giallo e Moscato Hamburgo, os espumantes têm a assinatura das linhas Presence, Privillege, Peterlongo 750ml e Peterlongo 660ml.
São quatro opções de moscatel branco e uma rosé, com preços que partem de R$ 19,90 a garrafa.
Peterlongo Presence Moscatel
Variedades: Moscato Giallo (Serra Gaúcha)
Graduação alcoólica: 7,5%
Açúcares residuais: 62,0 g/L
Peterlongo Presence Moscatel (Rosé)
Variedades: Moscato Hamburgo (Serra Gaúcha)
Graduação alcoólica: 7,5%
Açúcares residuais: 60,0 g/L
Peterlongo Privillege Moscatel
Variedades: Moscato Branco e Moscato Giallo (Serra Gaúcha)
Graduação alcoólica: 7,5%
Açúcares residuais: 65,0 g/L
Peterlongo Moscatel 750ml
Variedades: Moscato Branco (Serra Gaúcha)
Graduação alcoólica: 7,5%
Açúcares residuais: 72,0 g/L
Peterlongo Moscatel 660ml
Variedades: Moscato Branco (Serra Gaúcha)
Graduação alcoólica: 7,5%
Açúcares residuais: 75,0 g/L
www.peterlongo.com.br
www.conceitocom.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão