Meninas e meninos,
Sakura Wine um vinho japonês com a flor da cerejeira dentro, daí o nome Sakura que é a palavra para a flor da cerejeira, pois a espécie que simboliza a beleza feminina e também é lembrada para designar o amor, a felicidade, a renovação e a esperança foi uma bela surpresa sensorial.
O vinho deve representar todos estes sentimentos também, pois é raríssimo podermos ver vinhos desta região asiática em outras paragens, e agora, temos este trazido pela Tradbras, e que aqui devido à nossa legislação justamente por causa da Sakura dentro da garrafa, se registrou como Coquetel Composto Sakura L’Orient.
A região de maior produção de vitis vinífera é a província de Yamanashi, aos pés do monte Fuji, solo, portanto vulcânico, onde a variedade Koshu, uma das cepas que compões o Sakura Wine de deu muito bem.
A cepa Koshu já se tornou quase que espécie japonesa, pois está no país há mais de mil anos, e junto com a Muscat Bailey, uva que se origina do cruzamento da Muscat de Hamburgo e a híbrida Trionphe, esta por sua vez advinda de cruza de Pinot Noir e Gouais Blanc, são as uvas que compõem este vinho do qual degustei taças de duas garrafas.
Digo isto, de duas garrafas, pois na primeira servida, além do exuberante olfato e palato frutado com cereja e pêssego, surgiu ao final de boca certo defumado, que de pronto deleguei ser do terroir vulcânico.
![](https://www.divinoguia.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Flor-de-cerejeira-na-taça-e1523452684663.jpg)
Flor de cerejeira na taça
Mas ao degustar uma taça da segunda garrafa, pude perceber que este defumado sutil não havia, então me restou, conversando com o sommelier da área de vinhos da Tradbras, o Davi Bellini, que poderia ser da própria flor, a Sakura, dentro do vinho, enfim, não quero ser ou parecer técnico demais, pois o vinho é simples, frutado, fresco, corpo magro, bom para ser degustado despretensiosamente, aliás, seu teor de álcool é 6%.
Os destilados do Japão são reconhecidos pela sua qualidade, e em breve seus vinhos também o serão, deixando de ser algo exótico; Vejam um enunciado que procurei e descobri sobre a região de Yamanashi:
“Mandando pesquisadores para a França e os EUA, conseguimos produzir variedades secas que receberam amplo reconhecimento”, diz Hirotoshi Naito, da divisão de suporte à indústria da prefeitura de Yamanashi. “Não podemos obrigar as pessoas a beber nosso vinho; o que podemos fazer é dizer que o Japão pretende produzir vinhos com toda a seriedade, e que as melhores marcas são de Yamanashi.”
Toda esta linda experiência sensorial, incluiu um belo jantar no Ryo, do qual já escrevi no Divino Guia, e que vale muito ser conhecido, pois é nota mil.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão