Meninas e meninos,
Sakura Wine um vinho japonês com a flor da cerejeira dentro, daí o nome Sakura que é a palavra para a flor da cerejeira, pois a espécie que simboliza a beleza feminina e também é lembrada para designar o amor, a felicidade, a renovação e a esperança foi uma bela surpresa sensorial.
O vinho deve representar todos estes sentimentos também, pois é raríssimo podermos ver vinhos desta região asiática em outras paragens, e agora, temos este trazido pela Tradbras, e que aqui devido à nossa legislação justamente por causa da Sakura dentro da garrafa, se registrou como Coquetel Composto Sakura L’Orient.
A região de maior produção de vitis vinífera é a província de Yamanashi, aos pés do monte Fuji, solo, portanto vulcânico, onde a variedade Koshu, uma das cepas que compões o Sakura Wine de deu muito bem.
A cepa Koshu já se tornou quase que espécie japonesa, pois está no país há mais de mil anos, e junto com a Muscat Bailey, uva que se origina do cruzamento da Muscat de Hamburgo e a híbrida Trionphe, esta por sua vez advinda de cruza de Pinot Noir e Gouais Blanc, são as uvas que compõem este vinho do qual degustei taças de duas garrafas.
Digo isto, de duas garrafas, pois na primeira servida, além do exuberante olfato e palato frutado com cereja e pêssego, surgiu ao final de boca certo defumado, que de pronto deleguei ser do terroir vulcânico.
Mas ao degustar uma taça da segunda garrafa, pude perceber que este defumado sutil não havia, então me restou, conversando com o sommelier da área de vinhos da Tradbras, o Davi Bellini, que poderia ser da própria flor, a Sakura, dentro do vinho, enfim, não quero ser ou parecer técnico demais, pois o vinho é simples, frutado, fresco, corpo magro, bom para ser degustado despretensiosamente, aliás, seu teor de álcool é 6%.
Os destilados do Japão são reconhecidos pela sua qualidade, e em breve seus vinhos também o serão, deixando de ser algo exótico; Vejam um enunciado que procurei e descobri sobre a região de Yamanashi:
“Mandando pesquisadores para a França e os EUA, conseguimos produzir variedades secas que receberam amplo reconhecimento”, diz Hirotoshi Naito, da divisão de suporte à indústria da prefeitura de Yamanashi. “Não podemos obrigar as pessoas a beber nosso vinho; o que podemos fazer é dizer que o Japão pretende produzir vinhos com toda a seriedade, e que as melhores marcas são de Yamanashi.”
Toda esta linda experiência sensorial, incluiu um belo jantar no Ryo, do qual já escrevi no Divino Guia, e que vale muito ser conhecido, pois é nota mil.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão