Meninas e meninos,
Como sempre, meu amigo, o consultor Adão Morellato, me envia e aos colegas jornalistas da área, um apanhado comercial do resultado semestral quanto à importação de vinhos.
Para sua análise, copio a integra, dando maior fidelidade no texto.
MERCADO DE VINHOS – 1º SEMESTRE DE 2017
“Caros amigos amantes de vinhos, aqui uma pequena análise dos números mais recentes sobre o movimento de Importação Vinícola de 2017. Nem tudo está perdido, neste inferno de Dante político atual em que vivemos aqui em Terras Brasilis.
Como quem renasce das cinzas, eis que em 2017 em seus primeiros 06 (seis) meses nos mostra uma retomada de crescimento com excelentes resultados, e os números são a prova mais contundente de que com vontade, determinação, estratégias, persuasão e muita audácia, sempre terão momentos que nos traga satisfação para descrever e comprovar que o Brasil é maior e muito mais forte do que tudo isto que estamos passando…..
Ao término de 2016, já tínhamos apresentado um resultado de crescimento em volume de quase 12%, e agora seguimos esta sequência de aumento de valor em 24,38% e volume de 37,21%, tendência esta que se consolida em definitivo e em constante crescimento, houve um pequeno deságio neste período de 10,33% em USD por garrafa.
Novamente temos que salientar a importância dos 2 principais segmentos que mais tem crescido e influenciado esta dinâmica de negócios: as empresas Ecommerce e Supermercadistas, que atuando de forma diretamente aos consumidores, conseguem equacionar toda a cadeia tributária e logística de forma mais homogênea e atrativamente mais econômica.
Investimentos vultosos, incluindo do exterior vêm alavancando esta atividade por aqui. Algumas empresas criadas há apenas alguns anos, já apresentam um volume de importação na ordem de 500 contêineres ano, algo como 6.000.000 de garrafas.
Vamos aos players, lembrando aos caros leitores, que nesta análise, somente são computados os vinhos na categoria finos, não participando os Espumantes, Champagnes e Licorosos, o que habitualmente são inseridos ao fim do período fiscal.
1-CHILE: Depois de alguns anos praticamente puxando os demais, neste período cresceu “apenas” 9,89% em valor e 13,21% em volume, também caiu um pouco sua participação majoritária de 49,91% em 2016 para 44,10% em volume e também uma ligeira queda de 53,18% em 2016 para 43,88% em valor. Apesar de apresentar um número não tão atraente como o mercado, é natural esta desempenho, pois há uma acomodação mercadológica e com sua consolidação já madura por aqui, é o líder a ser seguido ou derrubado, tarefa nada fácil aos concorrentes postulantes.
2-ARGENTINA: Já há um bom tempo venho relatando aqui uma participação muito aquém de sua capacidade produtiva, eis que em 2017, los Hermanos vienes com fuerça, para alavancar um crescimento de 17,39% em valor e 19,15% em volume, sem deixar-se influenciar por uma baixa cambial, praticamente mantendo os mesmos valores do semestre passado, isto realmente é um grande desafio e digno de cumprimentos, pois em um mercado altamente pulverizado e diversificado de produtos, não é uma tarefa nada fácil manter-se competitivo e atrativo.
3-PORTUGAL: Aqui temos um portentoso e surpreendente crescimento dos gajos, neste semestre já está acima da Argentina em volume de 4,20% e algo inesperado muito próximo em valor também, 15,83% (Argentina) contra 12,92% (Portugal) em Share Value. Cresceu neste período 49,26% de Valor e 68,18% em volume.
4-ITÁLIA: Após patinar em 2016, com uma participação muito inferior ao seu poderio produtivo, agora também vem demonstrando uma ótima arrancada de 40,01% em valor e 56,08% em volume, com um decréscimo cambial de 11,46%. Há que comentar que por anos a fios, o vinho tipo Lambrusco foi seu motor de arranque, chegou a participar com mais 70% de toda a pauta, hoje não representam mais do que 25% de todo o portfólio, ganham assim os consumidores que assimilam e conhecem sua vasta diversidade enológica.
5-FRANÇA: Os números por vez nos surpreendem de tal maneira, que não conseguimos em tempo hábil, raciocinar e elucidar alguns movimentos de forma precisa e analítica. Mas há que se ressaltar e aplaudir este crescimento de 210,63% de volume contra 48,12% em valor, com uma diferença cambial de 109,65% no custo médio por garrafa ou preço pró-medio de USD 14,22. Mais a frente verá como se comportará esta trajetória e avaliar com mais ênfase esta mudança abrupta e radical.
6-ESPANHA: Em crescimento, desbancou qualquer concorrente de peso, foi o país que melhor se desempenhou neste semestre. Cresce em valor 62,23% e em volume 87,25%, também com um deságio cambial de 15,43%. Esta característica representativa tem sido evidenciada já há alguns anos, crescem de forma sistemática e cadenciada.
7-DEMAIS PAÍSES: Todos sem exceção vêm apresentando um crescimento regular destaque para Uruguai, com quase 100% de aumento em valor e volume.
PAÍS-VALOR USD- % VOL- % USD:
CHILE USD 59.104.519- 44,10% -43,88%
ARGENTINA USD 21.220.465- 15,83% -13,58%
PORTUGAL USD 17.313.575- 12,92% -13,64%
ITÁLIA USD 12.617.730- 9,41% -9,53%
FRANÇA USD 9.363.833- 6,99% -9,27%
ESPANHA USD 7.312.674- 5,46% -4,99%
OUTROS USD 7.101.348- 5,30% -5,11%
TOTAL USD 134.034.144 100,00% 100,00%
PS: Análise de minha única e inteira responsabilidade e competência, estando liberado para divulgação, comunicação e publicação, respeitando seu conteúdo na íntegra.
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão