Meninas e meninos,
Conheci Le Kubi, os Bag In Box com bons vinhos importados, na apresentação e degustação levada a efeito no belo espaço Casa do Jasmim, que tem a amiga Sofia Carvalhosa à frente. A degustação foi formatada pela ótima e experiente profissional do vinho Anna Rita Zanier, que nos apresentou os Le Kubi com vinhos portugueses, neste primeiro momento.
Estavam representados nos Le Kubi o branco e o tinto da Herdade da Barrosinha, os tintos da Quinta da Carregosa, Monte da Ravasqueira e Sadino. Mas primeiro uma pequena pausa para discorrer sobre o Le Kubi, uma plataforma de vinhos de qualidade em Bag In Box.
Gostei muito do Le Kubi Monte da Ravasqueira superior 2019 que apresentou curiosamente batata doce e uvas passas no olfato, confirmados em boca. Também o Quinta da Carregosa Vinhas Velhas 2019, que eu achei ainda novo para ter sido embalado no Le Kubi, pois assim não pode evoluir da mesma maneira que em garrafa com rolhas de cortiça, ou nos tanques.
Sempre fui um entusiasmado fã da embalagem chamada Bag-In-Box ou BIB como alguns o chamam. Trata-se daquela embalagem onde o vinho se encontra dentro de uma bolsa plástica flexível com boca e tampa, acondicionada dentro de uma caixa de papelão, madeira, plástico, tambor, container, e que até fazem hoje parte de uma categoria a ser pontuada em concursos .
Começamos a dar mais importância a esta embalagem muitas vezes incompreendida por neófitos nos vinhos. Escrevo há muitos anos sobre os Bag In Box . Embalagem esta utilizada para embalar xarope para refrigerantes, água, vinho, leite e derivados, óleo comestível, frutas e vegetais, produtos químicos de uso industrial e agrícola.
Cada tipo de bolsa tem sua própria especificação para prover as necessidades do produto que receberá, que inclui bolsas de até três camadas de plásticos como polietileno, nylon (para maior resistência), poliéster metalizado (como barreira contra oxigenação), entre outros.
Pois bem, já fiz algumas matérias e artigos sobre o tema, e vejo que agora ele começa a se tornar recorrente em conversas entre alguns estudiosos e apreciadores. Para mim, o maior problema do Bag é quando dentro dele há vinho ruim, de baixa qualidade, o que o torna por vezes vilão para sempre, de resto só tem vantagens.
Inúmeras razões poderia eu listar para se consumir vinhos nesta embalagem, seja em casa, ou mesmo em bares, restaurantes e hotéis, pois esta embalagem propicia que o vinho permaneça organolépticamente íntegro por muito mais tempo, já que não há a entrada de oxigênio em seu interior.
Pensem um pouco: tudo o que um vinho branco jovem, que sabemos não durar mais que duas a três safras no máximo, quando envasados em garrafas, em um Bag, isto poderá ser prolongado, pois estará, quando guardado convenientemente, em ambiente muito mais seguro, sem iluminação, sem variação de temperatura, cheiros, e oxigenação. Vinhos em taças, que facilidade: com o que sobra no Bag, aproveitamento total.
A maior vantagem do Bag-In-Box no transporte seria a economia de espaço. Bags vazios ocupam até 88% menos espaço do que as garrafas.
Abaixo, um estudo de Bags de 3 e 5 litros de vinho, cheios, comparados com garrafas. Parâmetros na ordem: Garrafa 750 mL BIB 3 litros BIB 5 litros
Para um caminhão 16 palets Litros / truck; Garrafa 750 mL= 6.480 litros-BIB 3 litros = 1 2.480 litros- BIB 5 litros = 17.600 litros
Carreta 24 palets Litros / carreta: Garrafa 750 mL=9.720 litros -BIB 3 litros= 18.720 litros- BIB 5 litros= 26.400 litros
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão