Meninas e meninos,
Queijo do Marajó Fazenda São Victor foi a boa novidade que encontrei na gastronomia ao findar de 2018. Fui apresentado a este tipo de queijo de leite de búfala, e como apaixonado pela gastronomia e pelos queijos em geral, destaco este queijo como a iguaria que me cativou.
Fazer parte da Academia Brasileira de Gastronomia me leva a ter uma visão além do gosto e dos aromas das iguarias, me leva ao natural da curiosidade da experimentação e do conhecimento das mais diferentes formas de alimentação e conservação dos alimentos.
Os queijos de modo geral são alimentos muito ricos, mas os queijos de leite de búfala mostram benefícios e peculiaridades dentre seus muitos nutrientes, pois o leite de búfala tem 59% a mais de cálcio que o leite de vaca, alto teor de proteína-10% mais proteína do que o leite derivado de vaca.
Vitaminas A e C também são encontradas em quantidades significativas, e é mais gordo-sem medo da palavra, por favor- e proteico, tem em média 8% de gordura e 30% a menos de colesterol, contribuindo consideravelmente à saúde vascular. Além disso, contém potássio, que é um bom vasodilatador e pode ajudar a baixar a pressão arterial e prevenir o desenvolvimento de aterosclerose e outras complicações coronárias.
Outra comprovação favorável do leite de búfala é a indicação do dobro da quantidade de CLA (Ácido Linoleico Conjugado) – substância anticancerígena, que atua ainda, sobre os efeitos secundários da obesidade, arteriosclerose, diabetes.
Pesquisas recentes apontam que o leite de búfala, não tem a beta-caseína A1, proteína ligada ao aparecimento de uma série de doenças, como inflamações intestinais, que também são responsáveis por desencadear as alergias ao consumir leite de vaca, maravilha não é mesmo?
A Ilha do Marajó fica a apenas 87 km de Belém do Pará e ocupa uma área de 50 mil quilômetros quadrados, contemplando uma vegetação e paisagem lindíssima, e a presença dos búfalos, animais que dotados uma força descomunal, acabaram por fazer parte da paisagem, tornando-se o animal símbolo do Marajó, além de fornecer a carne, o couro e o leite.
Este leite que também origina o queijo, até para sua conservação, tem receita centenária e diferenciada, motivos pelos quais ganharam força e relevância no estado do Pará e na gastronomia.
Em 2006, os empresários Marcus e Cecília Pinheiro, até para preservação das tradições, usos e costumes locais que têm como marca cerca de 200 anos na região, iniciaram na Fazenda São Victor, a produção de queijo do Marajó.
Marcus Pinheiro explica que o queijo do Marajó da Fazenda São Victor é produzido de forma simples, mas preservando a qualidade e os benefícios de uma alimentação saudável, uma vez que não têm conservantes, e com 100% de leite de búfala, fatores que justificam a qualidade deste produto, que pode ser facilmente encontrado em supermercados e restaurantes do Estado.
“A produção do queijo inicia geralmente no dia anterior, através da filtragem e desnate do leite, sendo utilizados em média sete litros de leite de búfala para fabricação de um quilo de queijo do Marajó. Em seguida, ele é levado para um tanque no qual fermentará espontaneamente. Horas depois é efetuado o corte da coalhada e eliminação do soro. A etapa seguinte (que pode se repetir até quatro vezes) é a retirada da acidez, e nessa fase, é preciso acrescentar leite à massa, que posteriormente será aquecida espremida. Nesse estágio, o queijo adquire consistência e é realçado na cor branco”, explica Marcus.
Cecília relata sobre as fases finais do processo de produção, e garante que elas são cruciais para garantir a qualidade e sabor do queijo. “Algumas etapas são efetuadas até que, na fase fina, é aplicado o resfriamento para posteriormente, a moagem da massa, que é aquecida de novo e com o uso de uma colher é agitada até a fusão atingir a consistência desejada. Na sequência, enformamos em recipientes próprios e embalamos a vácuo”, complementa.
A queijaria da Fazenda São Victor, por meio do Projeto Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Queijo do Marajó, conquistou certificado de qualidade artesanal do produto. A partir disso, os empresários decidiram galgar voos mais altos, no quesito investimento, obtendo frutos positivos, os quais se refletiram em premiações expressivas no gênero alimentício, entre elas o primeiro lugar no XII Encontro Nacional de Criadores de Búfalos e II Marajó Búfalos, tendo o reconhecimento na maior premiação de queijos artesanais, “Medalha de Bronze”, no III Prêmio Queijo do Brasil em São Paulo.
Fomos agraciados com o selo 013 no segmento de produto artesanal no Pará. Acreditamos que esta iniciativa é uma grande conquista para a nossa região, diz Marcus, que já realizou vários estudos no exterior, mas como um bom filho à casa tornou, e hoje, trabalha na bubalinocultura. “Temos como prospecção para o futuro, levar o nosso produto além dos horizontes do Pará”, revela.
De acordo com o especialista em bubalinocultura, e detentor da marca Queijo do Marajó Tipo Creme da fazenda São Victor, Marcus Pinheiro, a búfala é mais resistente a doenças do que a vaca. “As búfalas são menos acometidas por medicação, portanto, produzem um leite mais saudável e sem toxinas, fatores que valorizam a matéria-prima em termos de proteínas e rendimentos”, explica.
Marcus fala também, que além do alto valor nutricional, o leite de búfala tem uma produção rentável e econômica. “Com três litros de leite de búfala, se faz um quilo de queijo. Já com o leite de vaca precisaríamos, em média, de cinco a seis litros de leite”, exemplifica.
Maiores detalhes com a assessoria da jornalista Luana Valente- Accessus Comunicação
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Informações de serviço: Queijaria São Victor – Fábrica de Laticínios
Endereço: Margem direita do Rio Paracaury – Salvaterra/Marajó – PA
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão