Meninas e meninos,
Quando estive com Carlos Meza, CEO da Mundorganico, empresa do Chile que focada na agroindústria desenvolve tecnologia orgânica para controle de pragas e doenças, foi para degustar a linha de vinhos Ekos de Chile que faz parte do universo desta empresa.
Terragenisis é a empresa do grupo que faz o trabalho digamos de experimentos práticos com os princípios de pensamento que se traduzem basicamente pelo seguinte: As plantas em seu todo contêm cerca de 97% de organismos vivos benéficos e os restantes cerca de 3% de maléficos, ou seja, patogênicos, então, parecendo simples, porque não descobrir produtos feitos à base destes elementos vivos nocivos, que sirvam digamos como uma vacina, para simplificar, para proteger as plantas sem o uso de químicos?
A aplicação prática desta filosofia e dos produtos descobertos é aplicada nos vinhedos da Ekos de Chile, resultando então nestes vinhos que degustei. A linha é composta de cinco vinhos, a saber: Dois varietais de Carmenere, e três cortes sendo dois deles com Carmenere, o Carmenere/ Cabernet Sauvignon/Syrah e o Carmenere/Cabernet Sauvignon e um Cabernet Sauvignon/Syrah.
Já degustei três deles, o Cabernet Sauvignon/Syrah 2012 que se mostrou bem violáceo apesar da idade, com ligeira borda atijolada. De pronto me pareceu que uma pequena redução no olfato se mostrava, mas que foi logo dissipada aparecendo um frutado em compota, alguma especiaria picante, ambos confirmados em boca.
Não é um vinho muito complexo, mas bastante agradável com 13,5% de álcool, bom para variadas harmonizações, que no dia foi à base de pizzas de calabresa e pimentões.
O outro degustado foi o Carmenere/Cabernet Sauvignon 2010, já com cor rubi evidenciando ter idade, aromas muito abertos de especiarias doces, um frutado compotado, e toques terciários. Em boca confirma o frutado aparecem sutil chocolate e licor de cerejas, este harmonizei com um ojo de bife na grelha e fixou espetacular. Também com 13,5% de álcool, este corte me agradou mais que o primeiro.
O outro que degustei foi o varietal Carmenere 2012. Cor rubi, no olfato toques vegetais próprios da cepa que não me incomodaram, frutado também em compota, mas alguns frutos secos surgem( o figo seco) e chocolate, tudo isto confirmado em boca, com taninos mais evidentes que os anteriores, mas bons. Este também harmonizei com carnes vermelhas na grelha, e ficou muito bom.
Ainda não degustei o Carmenere 2015 e o corte o Carmenere/ Cabernet Sauvignon/Syrah 2014, e explico que não o fiz pelas safras serem mais jovens.
Gostei bastante da ideia da empresa que trabalha pensando na vida e saúde, descobrindo defensivos que tratam os problemas sem causar mais problemas, e que possui selo orgânico certificado no Brasil para seus vinhos.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão