Meninas e meninos,
Como um feriado prolongado se aproxima, quero dar uma dica preciosa para os que forem subir a serra e se dirigir para a linda cidade de Campos do Jordão no estado de São Paulo, em plena serra da Mantiqueira.
Lá estive e provei das delícias de uma casa portuguesa com certeza, a Vila Chã, bem no centro de Capivari, o point dos points de Campos do Jordão, e onde tudo, ou quase tudo, acontece, ou…. pode acontecer!
Em seu site, o início não poderia ser mais lusitano, pois evoca o que os patrícios sabem fazer como ninguém, receber bem ao redor da mesa: “A casa em que você acaba de entrar é sagrada. Localizado no coração do bairro Capivari, em Campos do Jordão, o Vila Chã oferece pratos à base de bacalhau, cordeiro, alheiras, leitão e sardinhas, além de delícias da doçaria portuguesa.
A princípio, nossa residência era o ponto de encontro da família e de toda a colônia, que aos poucos se estendeu para clientes e amigos. Nasceu então o Restaurante Vila Chã, uma casa portuguesa com certeza!”
Quase que por si, o site explica com detalhes o que poderão encontrar na casa, mas minha experiência começou com a entrada de alheiras, que sempre peço quando estou em um restaurante de gastronomia lusitana, porque sei que são uma alquimia muitas vezes familiar, quase como o curry indiano, cada um tem uma receita, mesmo que a base seja quase a mesma.
E as alheiras do Vila Chã são de fato feitas por familiares do Nelsinho, Nelson Gonçalves Júnior chef e proprietário, e vão diretamente da zona norte paulistana para Campos do Jordão. Posso dizer que são enchidos espetaculares, muito bem temperados e sem o que muitas vezes as torna cansativas, o excesso de alho no recheio.
Divinas mesmo, ao ponto de quase não conseguir comer o bacalhau à Vila Chã que veio a seguir, de tento que gostei das alheiras comi até mais do que devia.
Bacalhau, é claro, é um dos carros chefs do restaurante. A posta de bacalhau úmida e desfolhando como deve ser o Gadus Morhua, vem confitada no azeite, guarnecida das fiéis companheiras azeitonas pretas portuguesas, batatas e brócolis, este, ao ponto, al dente, coisa que muitas vezes não conseguimos encontrar e que denota o cuidado no preparo do prato.
A esta altura da refeição, mais do que satisfeito, as sobremesas aparecem para endoidecer um diabético como eu, e adorador de doces. O toucinho do céu, utiliza uma farinha de amêndoas mais grossinha, o que dá um encantamento maior devido à crocância em boca, e o pastel de nata, macio e com o recheio bem balanceado não faz feio de modo algum.
O site do Vila Chã, como disse, é bem completo e vale uma visita, pois assim, saberão o que pedir e como programar sua refeição na sua próxima visita, que tenham a certeza, não decepcionará.
Vinhos há claro, com ênfase nos portugueses, com opção farta de rótulos brancos e tintos, com alguns rosados. Uma boa pedida é a jarra de vinho da casa que é um dos vinhos em garrafa, apenas servido em quantidade menor, com 400 ml.
Parabéns ao Nelsinho, à brigada muito atenciosa e eficiente, e esperem que vou voltar em breve.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão