Meninas e meninos,
Quer ocasião mais emblemática do que degustar vinhos de determinada vinícola na presença de seus proprietários?
E se eu acrescentar que na mesma ocasião os proprietários, no caso as belas irmãs Irina e Natália Strozzi, são princesas de realeza italiana?
E como se não bastasse, elas são descendentes da famosa Gioconda, retratada por Leonardo da Vinci na tela Mona Lisa, não é fantástico?
Claro que tudo isto junto de nada valeria para este apreciador de vinhos, se os preciosos caldos vinificados na Strozzi não fossem bons.
Foi um presente proporcionado pela Itália Mais, uma importadora que trabalha com vinhos exclusivos das melhores regiões italianas.
A história da Tenute Giucciardini Strozzi está intimamente ligada a fatos emblemáticos da Itália, ligada à arte desde sempre.
Um dos rótulos mais conhecidos é o Vernaccia di San Gimignano que foi vinificado pela primeira vez nos anos 1200, do qual eram apreciadores Dante, Michelangelo e Boccaccio.
O título de princesas vem da união das famílias Giucciardini e Strozzi, que desde os tempos de Maquiavel e dos Medici, eram uma grande família patrona das artes, que imperou em Florença e na Toscana entre 1430 e 1740.
Degustados na ocasião os vinhos Spumante Cusona Brut, vinificado com Vernaccia pelo método Charmat, tem aromas frutados e ligeiro floral. Também aparecem frutas secas com o tempo em taça.
O Arabesque, corte de Vermentino e Sauvignon Blanc, que ainda não está sendo trazido para o Brasil, foi mostrado, é cítrico, frutado em boca e com algum álcool em evidência. Seu rótulo foi criado por Natália.
O Cusona 1933 Vernaccia di San Gimignano com muitas especiarias no olfato, utiliza no processo menos de 1/3 das uvas já pacificadas, dando estrutura delicada e forte ao mesmo tempo ao vinho. Fresco, mineral e floral, é longo e muito agradável.
Momi, corte de Sangiovese, Cab. Sauvignon, Petit Verdot e Montepulciano d’Abruzzo, vinho sem passagem por madeira, frutado, fácil de beber e de gostar.
Sòdole um varietal de Sangiovese com muitas especiarias, em parte devido à passagem de 12 meses por carvalho, frutado gotoso, algum floral, taninos se mostram. A curiosidade é que a figura central do rótulo é o avô das princesas.
Ocra um corte de Cab. Sauvignon, Merlot, Syrah e Cab. Franc é delicioso. Frutado, especiarias, um toque animal já aparece, mineral em boca. Boa acidez e equilíbrio entre taninos, álcool e com longa persistência. Passa por madeira de 2º uso por 12 meses.
Por fim, o Vignaré, corte de Cab. Sauvignon, Cab. Franc e Merlot, passagem por madeira em pequenos barriletes por 18 meses. Terroso, frutado elegante, fumo de corda, mineral, especiarias, longo e boa acidez em boca, equilibrado com taninos macios, espetacular, o meu vinho preferido, aliás, o nome diz ser “do vinhedo do rei”.
Muito boa apresentação da Italia Mais, que também traz os vinhos do cantor lírico Andrea Bocelli, que em breve estará no Brasil.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão