Meninas e meninos,
Mais uma notícia sobre a dificuldade do agricultor brasileiro, dentre tantas, a de não conseguir se adequar ao mercado comprador.
Lendo uma matéria no Jornal Folha de São Paulo, assinada pela Paula Sperb, de Porto Alegre-RS:Queda de preço leva produtor a arrancar pés de erva-mate na capital do chimarrão-vejam – deparo-me novamente com um detalhe que salta aos olhos, mas que ninguém resolve: Porque os organismos ligados ao agronegócio, tanto governamentais nos três níveis da esfera, quanto os da esfera privada como associações, sindicatos e afins, não conseguem ajudar o agricultor com orientação adequada de como proceder, tanto na bonança quanto nas tempestades?
Em um estado onde a colonização desbravou a selva para plantar e criar, onde temos um nível até melhor do que em regiões como as Norte e Nordeste, no que se refere às chuvas e mesmo educacional, vemos notícias como esta de que trata o texto da Folha de São Paulo?
Os produtores estão arrancando pés de erva-mate por causa da queda dos preços praticados.
Como cita a matéria em 2014 pagava-se $18,00/arroba, e hoje o valor é de $8,00/arroba.
O consumidor também paga por isso quando adquire o produto processado, então a pergunta que não me sai da cabeça é como ninguém alertou aos produtores para não saírem freneticamente aumentado sua produção, plantando mais sem um mínimo de conhecimento do mercado que ora comprador pela falta, pode se tornar menos comprador ou derrubar o preço no excesso?
Já vi isto com as uvas para vinhos finos, uvas para sucos, cana de açúcar( vide Proálcool) com o café, o boi, o suíno, o frango, o alho, a batata, a cebola, a borracha etc…
Precisamos do agronegócio para crescer enquanto país exportador de matéria prima e para o consumo interno, mas será que não há como educar os agricultores e criadores para que não se precipitem gastando por vezes o que ganharam em apenas uma safra com preços excepcionais, o que não recuperarão em safras subsequentes onde o mercado se estabilizou por inúmeras razões, aumentado sem um plano direcionado sua área plantada?
Depois, se gasta para arrancar o que se gastou para plantar, esvaindo-se aí tempo, dinheiro, sonhos e contribuindo com a menor arrecadação, que muitas vezes “força” um aumento de impostos.
Adversidades as há nesta questão em todo o mundo, causadas principalmente por fatores alheios ao homem, como os climáticos, mas se podemos evitar, porque não faze-lo com educação!
Quando será que poderemos dizer finalmente: DEU CERTO!
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão