Meninas e meninos,
Dia Internacional do Café 2019 em mais um dia festivo dentre muitos para o café, amanhã 14 de Abril, dia da comemoração mundial, que segundo informes da ABIC-Associação Brasileira da Indústria de Café mais de 800 xícaras de café consumidas por pessoa no Brasil em 2018.
Com esta deliciosa notícia, onde, se tomarmos por base este número e a dividirmos por 12, teremos 67 xícaras/mês ou ainda mais de duas ao dia na média, obviamente. Esta base de consumo nos coloca a nós brasileiros amantes do cafezinho em segundo lugar no ranking dos maiores consumidores perdendo apenas para os EUA.
Ainda segundo os estudos da ABIC, até 2021 o país deve estar no topo dos maiores consumidores de café, posição que já ocupa quando o assunto é produção e exportação.
A quantidade de xícaras expressa em sacas de café chega aos a 21 milhões delas, com incremento de mais de 4,5% medidas ante o ano anterior. Levando-se em conta a grande variedade de maneiras de se fazer um bom café, que claro, começa pela escolha de grão de qualidade e passando pela torra apropriada, além da moagem requerida para cada modo de preparação, pois nem só de café de coador ou espresso, vivem os amantes desta bebida.
Há as extrações manuais que advém dos métodos French Press, Aeropress, Hario V60, Clever, além dos mais novos métodos como o delicioso e muito propício ao nosso clima Cold Brew, bebida extraída a frio após longo período em repouso que eu particularmente adoro.
Recebi da assessoria da Fanato, uma operadora de turismo que se dedica aos roteiros de experiência os seguintes dados falando sobre o Dia Internacional do Café 2019:
O Brasil é o país que mais produz café no mundo e um dos principais méritos fica por conta dos métodos de manipulação dos grãos, preservando as safras. De acordo com o estudo “Cinco Mercados Mundiais mais Promissores em Café”, realizado pelo Euromonitor International, o país se destaca pelo número de vendas, sobretudo pela inovação e diferenciação das marcas.
O estudo cita também os Estados Unidos, que tem as vendas impulsionadas para o mercado externo; a Indonésia, que apresenta o oposto, com consumidores reproduzindo suas experiências em casa; a Alemanha, cujos consumidores prezam pela rastreabilidade no momento de compra; e o Japão, com consumidores que buscam a praticidade e conveniência.
Confira alguns países mais renomados na arte desse líquido tão requisitado em todo o mundo.
Colômbia-O café colombiano é famoso por ser um dos melhores que existe no mundo. Sua colheita é feita manualmente e só utiliza-se apenas melhores grãos para a fabricação do café.
Conhecido como maior produtor de café do mundo, desde a década de 1920, o país recebeu da União Europeia o status de região geográfica protegida em 27 de setembro de 2007. Essa indicação foi dada a 100% de café arábica cultivada nas plantações colombianas. Os grãos têm, geralmente, um aroma frutado, doce e com algum toque cítrico, e até mesmo notas de coco – alguns dizem que esse café é também conhecido como um dos mais agradáveis e macios na boca.
Itália-A bebida faz parte da identidade cultural do país, e se mistura com as demais características das regiões para dar origem a variações a como Cappuccinos e Mocaccinos, hoje facilmente encontradas em qualquer lugar do mundo. Ou seja! São excelentes experts na arte de preparar a bebida.
Etiópia-É, por muitos, considerado o berço do café. Há dados que reforçam que metade da produção anual (6,5 milhões de sacas) é consumida no próprio país, tendo aproximadamente 3,5 milhões de sacas exportadas. Há, claro, grandes propriedades privadas de produção de café para venda comercial, porém, a maioria dos agricultores são pequenos produtores familiares, e os pés de café crescem em torno de suas casas, diferente do que imaginamos como campos agrícolas.
Um “ritual” muito conhecido na Etiópia é a Cerimônia do Café. Nele os grãos são selecionados, lavados, torrados em fogo à lenha e moídos na hora, utilizando utensílios e processos ancestrais para sua preparação. E tudo isso acontece em um ambiente decorado com folhas e perfumado com incenso, onde todos se sentam ao redor de um altar contendo os instrumentos que serão usados na cerimônia. Vestida com trajes típicos, a chamada “senhora do café” é a responsável pela preparação da bebida, já que apenas mulheres podem realizar o ritual. O perfume resultante da torra do café se mistura ao incenso e preenche o ambiente, trazendo uma sensação de paz e felicidade e criando uma conexão entre todos.
Quênia-O país é considerado uma potência na produção da bebida. O café é tido como um símbolo do país e existem, inclusive, diversas visitas temáticas para turistas que buscam conhecer mais da bebida ao visitar o país. Ele é produzido em uma região montanhosa, de solo vulcânico. E cerca de 2/3 do café queniano são produzidos por pequenos produtores, que se reúnem em cooperativas que permitem beneficiar e comercializar o grão. Além do solo, o clima da região montanhosa do Quênia, mais ameno e com sol forte, influencia na produção de um café extremamente saboroso.
Havana, Cuba-O expresso cubano é uma bebida típica do país e surgiu depois da importação das primeiras máquinas de café italianas. Ao sabor forte do café, os cubanos acrescentam a doçura do açúcar amarelo, adicionado à bebida no meio do processo de infusão. Outra opção é o “Café com Leche”, mistura de café com leite condensado.
Brasil-Claro que o nosso café não poderia ficar de fora dessa lista. O produto que impulsionou a economia, e até mesmo a política, durante séculos, e que está sempre presente na vida, e na mesa, do brasileiro é classificado em 3 categorias: o extra-forte, o tradicional e o forte, que recebem características distintas de acordo com o perfil de torra do grão.
Uma das viagens de experiência que mais me marcaram, pois sou um fanático consumidor de cafés, foi a visita às fazendas da Orfeu Cafés Especiais, que já era uma das marcas que eu consumia diariamente, e ver de perto toda as etapas da produção à expedição dos cafés embalados foi fantástico.
Feliz dia Internacional do Café 2019 aos amantes desta bebida incrível.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão