Meninas e meninos,
O nome Fortissimo induziu-me a pensar que o vinho regional alentejano da celebrada Casa Santos Lima e importado pela Costazzura fosse traduzir na taça o que o nome sugere, mas não, o vinho é sim encorpadão e generoso, mas não é o que o nome me fez pensar.
Seu nome, com certeza, advém das poderosas castas que o compõem: Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Syrah e Petit Verdot, Castas em geral que traduzem bem o que é ser um vinho “forte”, pensando como um português pensaria.
A Alicante Bouchet tem uma história interessante, visto ter sido originada do cruzamento de Petit Bouchet e Grenache, apesar da origem francesa, é muito plantada no Alentejo e não só lá, em Portugal como um todo.
Casta que quase sempre aparece em cortes, com a finalidade de dar algum corpo, tem a vantagem de serem boas para os vinhos envelhecerem bem, não só pelos seus bons taninos, mas também por terem, principalmente no Alentejo, boa graduação alcoólica. Também é muito aromática, deixando os vinhos deliciosamente atraentes no olfato.
A Touriga Nacional com seus aromas florais é sobejamente utilizada nos cortes e nos vinhos varietais portugueses, mas aí temos duas cepas marcantes Syrah e Petit Verdot.
Syrah, muito conhecida pelo seu corpo e marcante olfato de especiarias variadas, conhecida como cepa “parruda” também dá corpo aos vinhos, podendo, porém ser extremamente elegante quem trabalhada.
A Petit Verdot, que de petit tem apenas os bagos, é uma cepa que sempre entra em cortes com pequenas doses, dando corpo, e aí talvez mais ainda se justifique o nome Fortissimo, pois é uma das que mais demora em chegar à fase de maturação completa, e sempre dão cor bastante escura e densidade aos vinhos que dela se utilizam.
Mas estou apenas pensando o porquê do Fortissimo, e quase me esqueço de dizer que não achei o vinho pesado. Muito aromático no olfato com frutas vermelhas e pretas bem maduras, pimenta do reino, floral e um sutil mineral lembrando pó ou poeira, que aparece talvez pelo fundo de chocolate amargo.
Em boca confirma o olfato no frutado, os taninos surgem potentes, mas equilibrado com acidez e o álcool na casa dos 14%. Em boca aparece um pouco a madeira, que no olfato se traduzia em aromas abaunilhados, mas creio que pelas castas, seja só uma questão de deixar um ano ou dois a mais em garrafa para esta não ser mais notada.
Para a Páscoa, eu incluiria este Fortissimo com bacalhau ao forno, do jeito brasileiro, com tudo o que temos direito desde as batatas, as cebolas e alhos abundantes, azeite em profusão, pimentões coloridos, azeitonas, alecrim e claro, o bacalhau, sempre com a pele!
Quem importa este Fortissimo é a Costazzura
SAC Costazzurra (11) 3018-2300 / site www.costazzurra.com.br
Até o próximo brinde!