Meninas e meninos,
Qual não foi a minha surpresa, boa por sinal, quando vejo que a BEV Group, importadora relativamente recente no mercado, está trazendo os vinhos da Huarpe Wines. Gosto muito dos rótulos desta bodega, e chegamos, nós do inesquecível site Winexperts o primeiro site de vinhos no Brasil, e do qual fui um dos sócios até meados de 2013, quando se tornou, por diversos problemas, inativo, a fazer uma avaliação rigorosa de vários rótulos para na época assessorar a bodega em sua pretensão de voltar ao mercado brasileiro.
Um pouco da história Huarpe poderão ver no site do BEV Group, mas vejam o que escrevi à época:
Vinícolas e Vinhedos Huarpe S/A
Huarpe Wines
Huarpe é o nome dos indígenas que habitavam Mendoza, antes da colonização espanhola.
Maximiliano Hernández Toso e seu irmão José Hernadez Toso, o primeiro responsável pelos negócios e o segundo, enólogo responsável, nos enviaram depois de uma conversa pessoal comigo na 17ª Expovinis.
Hernandez Toso enólogo de algumas da bodegas mais prestigiosas do mundo, e ganhador de prêmios como enólogo na Argentina, é o responsável pelos vinhos desta vinícola argentina, e cujos rótulos, todos com nomes na língua Huarpe são bons e que precisam ser degustados pelos enófilos.
Suas linhas: Lancatay, que em língua Huarpe significa ao pé dos montes, no caso, os Andes.
Taymente: que quer dizer raízes de vida eterna Huarpe.
Guayquil: que quer dizer o eleito.
Na degustação que promovemos anos antes, o HUARPE WINERY SELECTION – BLEND 2009 ganhou com média de 90 pontos WX.
Corte de Malbec (80%) e Cab Sauvignon, com suas uvas de parcelas com 960 m de altitude em Agrelo, Lujan de Cuyo, todas colhidas manualmente e com passagem de 12 meses por barris de carvalho, americanos e franceses, todos novos.

Taymente Malbec 2015
Mas o vinho hoje em questão é o Taymente Malbec 2015, 100% Malbec, 12 meses em barricas de carvalho francês e americano, muita fruta em geleia, especiarias, ambos confirmados em boca também, com taninos presentes e bons, equilibrado em acidez, taninos e álcool até modesto para o local, de 13,8%.
Bom para carnes vermelhas braceadas, massa com molhos mais especados, queijos amarelos mais curados e duros me agradou muito e me fez buscar os escritos de anos atrás para comparar.
Na época o degustado foi o da safra 2010, vinhedos em Agrelo – Luján de Cuyo – Mendoza . Altitude de 980 metros do nível do mar. Assim descrito, como muito frutado, elegante, equilibrado, embora o álcool se sobressaia quando mais quente em taça.
Taninos bons, acidez boa para um Malbec, ótimo com carnes de cordeiro, carnes vermelhas em geral, menos as ensopadas, queijos amarelos.
Falar aqui dos outros que analisamos não cabe, mas os Bonardas Tayament assim como o Lancatay foram muito bem avaliados. O Guayaquil El Elegido foi o segundo melhor pontuado, abaixo do Winery Selection. Alguns dos vinhos aqui comentados estão no site do BEV Group http://www.bevgroup.com.br/
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão