Meninas e meninos,
O Dia Mundial da Abelha foi comemorado ontem, dia 20 de Maio, data criada pela ONU. O site Divino Guia não poderia deixar de ao menos destacar este animalzinho tão útil e necessário à humanidade.
Além de muito importantes para o planeta, as abelhas também são responsáveis pela produção de mel, ingrediente muito utilizado na gastronomia. Sem elas, as abelhas, com toda a certeza não estaríamos no patamar em que nos encontramos.
São muitas as espécies de abelhas produzindo meles. Umas mais produtivas que outras, mas sempre, o mel, um produto de alta qualidade nutritiva. Mas vamos mencionar sobre as abelhas nativas, por isto deixei para hoje o texto do Dia Mundial da Abelha.
Já podemos contar com alguns produtores que criam as abelhas nativas atividade chamada Meliponicultura. Esta atividade se refere à criação de espécies de abelhas sem ferrão, também conhecidas como abelhas indígenas, abelhas nativas ou meliponíneos.
A Apicultura é a criação tradicional, nossa conhecida, quando o mel provém da Apis melífera, abelhas com ferrão. A Apis é a abelha mais comum no Brasil, um híbrido de abelhas europeias (que chegaram por aqui com a corte de D. João) e africanas (introduzidas em 1951, durante um estudo da USP).
Atualmente existem alguns produtores meles sustentáveis e responsáveis com o meio ambiente e com as abelhas, como é o caso da Mbee, que trabalha com abelhas nativas produzindo meles e outros derivados.
Mbee- Mel de Abelhas Nativas Brasileiras
O Brasil possui cerca de 300 espécies de abelhas nativas. São conhecidas como abelhas sem ferrão, com meles ricos, complexos, fermentados, muito diferentes dos produtos que estamos acostumados a consumir no mercado. Um exemplo de subproduto já se torna familiar, o hidromel.
Uma riqueza inexplorada, que aos poucos vem retornando e enriquecendo nossa cultura gastronômica. A intenção maior é tornar conhecida a atividade de criação de abelhas sem ferrão. Com isto, automaticamente virá a preservação destas abelhas, e o fortalecimento dos pequenos agricultores. Os meles de abelhas nativas Mbee são produzidos em diversos estados, por pequenos produtores, que atendem aos requisitos de produção sustentável, sempre próximos às vegetações nativas.
Mbee-Eugênio e Marcia-Crédito Gilberto Bronko
Eugênio Basile e Márcia Basile criaram a Mbee, produtora e revendedora de meles especiais. Hoje, a empresa compra uma média de 30 quilos de mel de abelhas nativas por mês. “O que vier de mel bom, produzido de forma sustentável, sem extrativismo, a gente compra. Compra e quase não vende”, diz Eugênio.
Além do desconhecimento das pessoas e do preço mais caro (90 reais a embalagem de 140g), outro entrave para a venda era a legislação brasileira, que enfim mudou e trouxe esperança e otimismo aso pequeno produtor.
Por ser um mel com mais umidade e menos açúcar, o produto é menos estável. Fermenta mais rapidamente e sua venda era proibida fora da região da produção (no caso da Mbee, eles só podiam vender em Atibaia). Porém, com a nova legislação, os meles das nativas já podem ser comercializados em todo país mesmo sem o SIF (Selo de Inspeção Federal). “Vender isso nos mercados era uma coisa que parecia impossível”, diz Eugênio.
Foto da chamada-Abelha na Colméia-Divulgação Sibaris-crédito João Queiroz
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão
