Meninas e meninos,
Sempre fui um entusiasmado fã da embalagem chamada Bag-In-Box ou BIB como alguns o chamam.
Trata-se daquela embalagem onde o vinho se encontra dentro de uma bolsa plástica flexível acondicionada dentro de uma caixa de papelão, madeira, plástico, tambor, container, etc. É utilizada para embalar xarope para refrigerantes, água, vinho, leite e derivados, óleo comestível, frutas e vegetais, produtos químicos de uso industrial e agrícola.
Cada tipo de bolsa tem sua própria especificação para prover as necessidades dos produtos que receberá; pode incluir bolsas de até três camadas de plásticos como polietileno, nylon (para maior resistência), poliéster metalizado (como barreira contra oxigenação), entre outros.
Pois bem, já fiz algumas matérias e artigos sobre o tema, e vejo que agora ele começa a se tornar recorrente em conversas entre alguns estudiosos e apreciadores, o que me deixa feliz, pois mostra que o “preconceito” está sendo vencido pelo conceito e pela cultura vínica.
Para mim, o maior problema do Bag é quando dentro dele há vinho ruim, de baixa qualidade, o que o torna por vezes vilão para sempre, de resto só tem vantagens. Inúmeras razões poderia eu listar para se consumir vinhos nesta embalagem, seja em casa ou mesmo em bares, restaurantes e hotéis, pois esta embalagem propicia que o vinho permaneça organolépticamente, sensorialmente íntegro por muito mais tempo, já que não há a entrada de oxigênio em seu interior.
Pensem um pouco: tudo o que um vinho branco jovem quer e precisa, que sabemos não durar mais que duas a três safras no máximo quando envasados em garrafas que em geral também em nada ajudam sendo transparentes, em um Bag-In-Box, isto poderá ser prolongado, pois estará, quando guardado convenientemente, em ambiente muito mais seguro, sem iluminação, sem variação de temperatura, cheiros, e oxigenação.
Vinhos em taças, que facilidade: com o que sobra no Bag-In-Box, aproveitamento total.
A maior vantagem do BIB,ou Bag-In-Box no transporte seria a economia de espaço. BIBs vazios ocupam até 88% menos espaço do que as garrafas.
Responsável atualmente por cerca de 30%(dados que obtive faz alguns anos já) de todo o vinho comercializado no País, o Bag-In-Box possibilita novas formas de consumo do produto a um preço reduzido em cerca de 30%. E nos dias atuais, há não só vinhos em BIB no mercado, mas sucos, destilados e múltiplas utilizações.
Abaixo, um estudo de Bags de 3 e 5 litros de vinho, cheios, comparados com garrafas. Parâmetros na ordem: Garrafa 750 ml BIB 3 litros BIB 5 litros
Caminhão 16 palets Litros / truck
Garrafa 750 ml= 6.480 litros BIB 3 litros = 1 2.480 litros BIB 5 litros = 17.600 litros
Carreta 24 palets Litros / carreta
Garrafa 750 ml=9.720 litros BIB 3 litros= 18.720 litros BIB 5 litros= 26.400 litros
Isto posto, necessário para os que não conhecem, ou conhecem pouco a respeito do Bag-In-Box, conheci uma importador ousada, e digo ousada porque ao menos por agora, suas importações são somente neste tipo de embalagens, o BIB.
Fortemente utilizada em países do hemisfério norte, esta cultura de consumo chegou também ao Brasil por meio da Enoteca D’Italia, importadora que oferece vinhos de qualidade, italianos como o nome sugere, em embalagens de até 3 litros.
Com isto, lembrando do exposto acima no texto, conseguem tem menor custo, armazenamento prático, validade de até 60 dias, facilidade de estocagem além de ser fácil de carregar.
Entre as variedades na época da visita, estavam disponíveis os tintos Bardolino DOC, Primitivo IGT, Negroamaro IGT, Vino di Tavola VDT; entre os brancos Pinot Grigio IGT; Soave DOC; Vino di Tavola VDT e na categoria Rosè o Bardolino Chiaretto DOC, mas consultem o site que é bem completo.
Provei e gostei do branco Pinot Grigio, que é muito bom, também provei dois tintos, o Primitivo, e o Negro Amaro, mas o que mais gostei até porque não se apresentou tão “doce”(não é de açúcar residual, é da própria uva) como costuma ser é o Negroamaro.
Recomendo ao menos que provem.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão