Meninas e meninos,
Vinhos Montino são ótimos para coquetéis de frutas, é o tópico que quero mostrar, mas antes, preciso explicar algumas coisas e esclarecer conceitos. Pois bem, desde quando vinhos são utilizados em coquetéis? Desde sempre!
Heresia ou falta de visão mais aberta com relação aos costumes e modismos não quero nem começar a pensar sobre isto; porque os puristas não consentem que o Champagne possa ser tomado com gelo e em coquetéis, mesmo sabendo que algumas casas de Champagne fazem estes vinhos específicos para tal?
As famosas sangrias espanholas, vinhos e frutas em profusão e que agradam tanto gregos quanto troianos, nada mais são do isto mesmo, vinho em coquetéis de frutas, isto sem falar no Portonic, sabendo ser um coquetel com vinho do Porto branco e que muitos veneram para os dias de maior calor.
Vá entender este modo de ver os vinhos sob olhares conservadores que ora “permitem” o uso de vinhos em coquetéis, ora não. Eu não tenho preconceitos e nem gosto das coisas pré-concebidas e imutáveis quando podemos nos adaptar às mudanças de hábitos pelos mais diversos motivos, com raciocínio, ponderação e gosto pessoais, e no tema vinho sou eclético, e por muitas vezes disse e escrevi que gosto dos bons vinhos, sejam daqui ou dali, o que importa é que sejam bem feitos tecnicamente e que deem prazer para quem os deguste.
Conheci uma gama de vinhos sul-africanos com dois rótulos, trazidos ao Brasil pela Montino Brasil, da Riebeek Cellars, vinícola situada no Vale Riebeek, no coração da região vinícola de Swartland, na África do Sul e que são vinhos que podem muito bem serem usados em coquetéis.
São vinhos distintos dos que estamos acostumados a degustar em sentido literal, porque tanto o branco quanto o rosé têm ao redor dos 8% de álcool, e são frizantinos ou pétillant, aquelas pequenas porções de gás carbônico, normalmente adicionado para dar equlibrio e causar certo frisson nos vinhos.
MONTINO MOSCATO LIGHT- Montino Moscato Light vinificado com o suco de uvas da varietal Muscat, sem prensagem, leve, cítrico e floral pura e simplesmente, sem muita paleta aromática. Entrega em boca o que o olfato nos diz, com um pouco de gás e residual de açúcar ao redor dos 27 g/l e álcool 8,5%.
Para degustá-lo puro, ao redor de uma piscina ou na praia é fantástico, pois seu equilíbrio não denota esta quantidade de açúcar residual, portanto não é “doce” na expressão do gosto.
MONTINO NATURAL SWEET ROSE- Montino Natural Sweet Rosé, vinificado com um corte das varietais brancas Chenin Blanc, Colombard e Muscat, acrescido de uma tinta a Pinotage, do mesmo modo sem prensagem apenas o suco que escorre das uvas posto para fermentar.
Frutado de frutas vermelhas maduras, morango e cerejas, no olfato, em boca é mais doce, pois contém 70g/l de açúcar residual e álcool 8%. Também levemente gaseificado, que ajuda o equilíbrio, mas para ser degustado puro, esta quantidade de açúcar residual pede uma gastronomia salgada, queijos, por exemplo, um salmão defumado, uma morcela ou copa condimentada.
Agora o festivo da brincadeira é que ambos em coquetéis ficam bárbaros, e provei dois distintos coquetéis, um chamado de Cézanne, com o Montino Light, e o outro o Monet utilizando o Montinto Rosé sweet.
Ambos os coquetéis estão com suas receitas no site da Montino Brasil e foram assinados o Cezanne pelo barman Diogo Conceição e o Monet pela barwoman Kelly e lá também alguns dos lugares onde se pode encontra estes vinhos.
Gostei muito do Monet, e vou fazer dois coquetéis com o Montino Ligth, um utilizando peras e outro com abacaxi; depois conto aqui como ficaram e prometo dar a receita by Divino Guia.
Importante observar que devido aos vinhos serem muito leves e frescos, eu não recomendaria utilizar para os coquetéis algum destilado, pois em geral estes com seus prováveis 40% de álcool, faria sumir a elegância dos vinhos. Quem sabe até por isso o Cezanne que utiliza Cointreau que é bem alcoólico não tenha sido meu favorito, apesar do Montino Light ter agradado mais como vinho.
O importante é beber o que se gosta, e claro, sempre com moderação, pois com muito ou pouco álcool não devemos nos esquecer de que passar dos limites nunca é bom, e nem pensar em dirigir depois.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão