Meninas e meninos,
Adega de Redondo e os vinhos AR degustados com a ilustre presença da jovem enóloga Mariana Cavaca, e juntos também, outros representantes da Cooperativa Adega de Redondo, Bernardo Malhador e Maria do Carmo Leal.
A Adega de Redondo é uma cooperativa que mantém 200 produtores como associados e com isto é uma das maiores produtoras de vinhos do Alentejo produzindo ao redor do 10 milhões de litros/ano. Já era admirador dos rótulos Porta da Ravessa por seu grande equilíbrio preço X qualidade, e me tornei mais admirador ainda, tanto dos rótulos, como das pessoas da vinícola.
Criada em 1956 por 14 viticultores, a Adega Cooperativa de Redondo foi das pioneiras, tendo desde logo assumido uma importância determinante no renascimento e posterior desenvolvimento dos vinhos do Alentejo como os conhecemos hoje.
Ainda falando um pouco da vinícola lembrei-me de um texto onde a Adega de Redondo apareceu . Continuando, além destes rótulos já citados da Adega de Redondo, ela produz outras marcas, com especial destaque para, a também emblemática, Real Lavrador. A diversidade de rótulos, todos muito respeitados é uma característica da vinícola.
A Adega Cooperativa de Redondo está presente em grandes mercados, e mantém as marcas, Anta da Serra, Maré Viva, Latitude, Longitude, Albarrada e Castelo de Alandroal, todas elas obtendo consistentemente ano após ano, inúmeras distinções em certames nacionais e internacionais.
Os vinhos que degustamos juntos com os representantes e enóloga, a convite da Shirley Legnani, uma amiga de longa data, aconteceu no restaurante Dalmo Bárbaro. Presente também a jovem Rosane Sacchetto, que importa a marca. Os rótulos degustados foram os AR Adega de Redondo.
Uma preleção sobre a Adega de Redondo, por Bernardo, abriu os trabalhos, e logo a enóloga Mariana Cavaca discorreu sobre cada um dos vinhos degustado, nesta sequencia:
1-AR Colheita Especial branco 2021, vinificado com Fernão Pires, Verdelho e Roupeiro sem passagem por madeira. Vinho de cor bem clara, olfato de frutas cítricas, sutil floral, e com alguma mineralidade se mostrando depois de algum tempo em taça. Em boca é fresco, agradável e equilibrado. Confirma em boca o olfato.
2- AR Colheita Especial tinto 2021, corte das uvas Aragonês, Touriga Nacional e Alicante Bouchet. Cor rubi, olfato frutado, tanto maduro quanto fresco, surge também sutil vegetal. Em boca a acidez impecável. Confirma o frutado, os taninos presentes são bons.
3-AR Reserva 2017, corte das uvas Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouchet, com 12 meses de passagem por barricas de 300 l e cascos de 700 l. Cor Rubi. Seu olfato tem um frutado mais exuberante que o anterior. Também surge um floral e as especiarias, tanto as doces, quanto as picantes.
Em boca novamente o frescor me agrada muito. Taninos ótimos, uma mineralidade lembrando grafite vai aparecendo bem sutil, assim como um canforado refrescante em final de boca. Gostei muito deste vinho!
4-AR Touriga Nacional 2017, cor rubi, olfato frutado e floral, surgindo ao fundo o chá. Estagia por 12 meses em cascos de 700 l. Em boca confirma o olfato e a madeira se sente no chocolate branco que apareceu em final de boca, e que agora também se sente no olfato após algum tempo em taça.
5-AR Touriga Franca 2018, ano que segundo a enóloga teve o “escaldão”, que vem a ser altas temperaturas e ventos quentes associados. Vinho de produção exclusiva e excelente. Estagia em pipas de 300l e também em cascos de 700l. Cor rubi, olfato com fruta lembrando a cereja madura e também marasquino, quem sabe a ginja?
Em boca a cereja ao licor, o frutado mais em compotas, equilibrado, acidez muito boa, aliás, todos os vinhos provados são excelentes neste quesito importante. Outro vinho que gostei demais!
Obrigado aos amigos da Adega Cooperativa de Redondo e demais responsáveis por esta bela degustação.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão