Meninas e meninos,
O Dia Nacional da Cachaça se comemora com ela, por óbvio! E para começar as dúvidas de sempre: Cachaça, pinga ou aguardente? Só com resposta técnica podemos esclarecer, então passa no site
Sempre tenho cachaças no meu bar, pois gosto muito deste destilado genuinamente brasileiro, e que nos possibilita tantas variações em coquetéis e drinks. Aqui cabe um alerta sobre estes dois termos.
Coquetel é quando temos mais que uma bebida, alcoólica ou não misturadas. Drink, shot ou trago, é quando ingerimos a bebida pura, normalmente designa bebida alcoólica.
Todo dia 13 de Setembro é comemorado O Dia Nacional da Cachaça. A data, que é uma iniciativa do Instituto Brasileiro da Cachaça-IBRAC, entidade representativa do setor, já vem sendo comemorada desde 2009.
A escolha da data tem um motivo histórico: foi em 13 de Setembro de 1661 que a Coroa portuguesa liberou a produção e a comercialização da Cachaça no Brasil, após a pressão de uma rebelião de produtores brasileiros, na famosa Revolta da Cachaça.
O IBRAC difunde a cultura, então vejamos a Cachaça – da Colônia à Independência do Brasil. A história remonta ao ano de 1630, quando os portugueses notaram que o mercado da Cachaça crescia e o produto tomava o lugar da bagaceira, produzida por eles a partir do bagaço da uva. Com isso, em 1635, o rei de Portugal proibiu a produção e a comercialização da Cachaça com o objetivo de incentivar o consumo da bagaceira. A pouca fiscalização permitiu a continuidade do comércio da Cachaça.
Em 1659, um novo decreto real proibiu o comércio da Cachaça, com os portugueses apertando o cerco aos produtores com ameaças de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques. Em 1660, os produtores fluminenses lideraram uma rebelião e tomaram o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça, movimento que abriu caminho para sua legalização (o que ocorreu em 13 de Setembro de 1661) por Ordem Régia.
Este destilado é único, e tem a possibilidade única também de passar por mais de 30 tipos de barricas feitas com madeiras distintas, quem quiser ter uma ideia, é ler o que o querido Jairo Martins, e seu Canal da Cachaça escreve sobre o assunto
Bebida histórica e cultural: De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a bebida faz parte de manifestações folclóricas, profanas e religiosas, como bailes, folguedos, jogos, casamentos, nascimentos, batizados, velórios, folias, novenas, ladainhas e rezas.
Além disso, por estar presente em todo o tipo de ambiente, no passado, a cachaça serviu como veículo de comunicação de acontecimentos políticos e sociais por meio dos seus rótulos.
Surgimento da Caipirinha: Ainda segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), feita exclusivamente com cachaça, limão, açúcar e gelo, a Caipirinha foi criada no interior do estado de São Paulo, como remédio contra gripe. Isso ocorreu em 1918, durante o surto da Gripe Espanhola no Brasil. Mas tornou-se conhecida apenas na Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Hoje, é um dos drinques mais consumidos no Brasil e mundo afora quando o assunto é cachaça.
Abaixo algumas variações, e uma muito interessante, pois como jurado de Erva-Mate , aqui também tem um coquetel
Caipirinha de Erva-Mate
60ml de Cachaça com infusão de Erva Mate (para a infusão, basta coar 500ml de Cachaça e 50g de erva mate em um bom coador)
20ml de melaço de Cana
50ml de suco de maracujá
Meio Limão
Coquetel de Ostras
1 limão
2 colheres de sopa de açúcar
50ml de Cachaça
2 ostras in natura
1 xicara de chá de gelo
Dry Cachaça (variação do Dry Martini)
70 ml de cachaça envelhecida em ipê;
5 ml de vermute dry (Noilly Pratt);
1 twist (pequena fatia da casca, torcida) de limão siciliano.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão