Meninas e meninos,
Perez Cruz Lingal Rosé 2018 um espetáculo de vinho que tive a oportunidade de degustar junto às preciosas explanações de um dos enólogos mais bem sucedidos e respeitados do Chile, meu amigo Germán Lyon, da Viña Perez Cruz no Maipo Alto. Gosto de toda a linha de vinhos, desde os mais simples, os de entrada como a linha reserva, aliás, o Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva é um dos vinhos mais vendidos no Chile e no mundo pela Perez Cruz.
Germán em conversa com poucos jornalistas na noite onde o Café Journal realizou um evento onde o Jazz e os vinhos da Viña Perez Cruz foram a sensação, de maneira simples e humilde como convém aos que sabem o que estão fazendo, comentou ao mostrar novos vinhos já da safra 2018, que com novas cepas e um jeito novo de vinificar, quis dar um ar de frescor ao catálogo de vinhos da bodega, que por muito que consagrados, o enólogo pretendeu criar novidades.
Conseguiu, e aplaudo a ousadia, pois eu e outros amigos presentes comentamos que o Perez Cruz Rosé Lingal 2018, por exemplo, nos pareceu o melhor rosé do Chile o qual já degustamos nestes anos todos, e vejam que a quantidade de ótimos vinhos chilenos é de fazer inveja ao velho mundo.
Germán iniciou a degustação comentada ao contrário do que a maioria faria, ou seja, do mais encorpado e tinto, para o mais fresco e rosado, portanto, o meu velho e muito desejado Cabernet Sauvignon Limited Edition 2016 abriu os trabalhos, e como sempre, não decepcionou.
Havia degustado este vinho com o enólogo na vinícola ano passado quando lá estive a convite da querida Susana Gonzáles da Brandabout, e como explicou Germán, sempre que pode mostra este vinho, pois a safra de 2016 foi digamos desastrosa para a grande maioria pelas chuvas abundantes em época de colheita, mas, na Perez Cruz, a colheita estava finda quando as águas vieram, mas o clima e a humidade deixaram um vinho nas palavras do enólogo um pouco mais herbáceo, aliás, ótimo e gostoso.
Depois foi a vez de uma novidade em termos de cepa, o Grenache Limited Edition 2018, com muita fruta como groselha, cereja um total tutifruti lembrando certa marca de chicletes. Boa acidez em boca, confirmando o tutifruti, algumas especiarias doces, e uma ousadia na vinificação, sem malolática.
Senti um fundo de boca salino, e pela constatação, Germán acredita que possa ser devido ao não ter a malolática, mas eu acredito que deva ser uma característica da cepa e do terroir, porque no vinho seguinte, também senti.
O vinho da noite chegou por fim, o Perez Cruz Rosé Lingal 2018, corte das cepas Grenache e Mouvedre em iguais proporções, com as uvas prensadas juntas, e claro, sem malolática. Fresco no olfato lembrando de pronto chocolate branco, daqueles com muuuita manteiga de cacau. Depois evolui para frutas vermelhas frescas, o salino aparecendo ao fim de boca, ótima acidez, nada de amargor, algo de sutil picância, maravilhoso.
Degustamos amis tarde ao som do jazz, o sempre ótimo Perez CRU Cabernet Sauvignon Reserva da safra 2015, muito equilibrado e macio, taninos redondos, muita fruta e ervas aromáticas, boa acidez, equilibrado, generoso.
Valeu muito o convite para estar com o Germán, que me foi feito pelo querido Pablo Aguillera, o brand ambassador da marca no Brasil, pois pude conhecer as “ousadias” deste enólogo que sabe bem até onde pode ir para extrair tudo o que podem dar as cepas que planta e no terroir que as recebe. Como bem disse ele: “As variedades são sempre expressões do seu terroir”.
Viña Perez Cruz www.perezcruz.com
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão