Meninas e meninos,
Vanitá Nero D’Avola orgânico e biológico, vinho da Sicília que a SemiD’oro
distribui. Mas antes de falar do vinho, vamos destrinchar estas palavrinhas “orgânico-biológico-natural-vegano ”.
A SemiD’oro tem um bom catálogo.
Falando em vitivinicultura orgânica, biodinâmica e natural, uma breve explicação. Nunca é demais tentar esclarecer, sobre as diferenças destas terminologias e o que quer dizer cada uma destas orientações de vitivinicultura orgânica, biodinâmica e natural. Nomes que hoje encontramos facilmente nos textos, palestras e conversas. Mas em rápidas palavras e sem tecnicismos, o que diferencia estas terminologias?
Nicolas Joly, o mestre, disse:
“Antes de beber um vinho preciso saber de onde o vinho veio. Antes de beber, é preciso compreender, a compreensão amplia o prazer, aumenta a vitalidade, e é sempre da vida que falamos, não é?! E isso é uma coisa que mexe com o costume das pessoas, faz pensar. Não sou polêmico, sou honesto” Nicolas Joly.
Começo pela terminologia que tende a ser mais óbvia, os Vinhos Naturais. Ao menos na teoria, e pela sua própria definição exarada pela OIV, todo o vinho é natural, vem das uvas fermentadas, mas só que não!
Em geral estes vinhos são aqueles em que o mosto fermenta espontaneamente, com as leveduras indígenas. Leveduras estas que são naturais do ambiente e dos parreirais e estão nas cascas das uvas. Não utilizam artifícios químicos durante o seu processo de elaboração, evitando até receber os sulfitos que são conservantes.
Já quando falamos em vinhos orgânicos estamos nos referindo ao cultivo na verdade. São aqueles vinificados com as uvas provenientes de vinhedos nos quais não são aplicados herbicidas, fungicidas, pesticidas ou fertilizantes. Também os chamados vinhos orgânicos precisam seguir algumas regras na vinícola que deve ter toda a sua manipulação seguindo as técnicas orgânicas.
Para os vinhos biodinâmicos, temos quase que uma junção dos preceitos anteriores acrescido do conceito da antroposofia. Vem a ser uma vitivinicultura que segue e acredita na sinergia entre todo o cosmo que cerca o vinho, o homem, desde o vinhedo.
A filosofia de viticultura biodinâmica é baseada no trabalho do Rudolf Steiner e, sobretudo olha para o vinhedo como um sistema vivo. Os produtores biodinâmicos guiam a colheita das uvas e os processos no vinhedo e na vinícola pelas fases da lua, e usam os preparados biodinâmicos homeopáticos para todos os tratamentos no vinhedo.
Qual o melhor vinho? Como sempre digo, o melhor vinho é aquele que você mais gosta, nem mais e nem menos, seja natural, orgânico ou biodinâmico.
Quanto ao Vanitá Nero D’Avola os conceitos biológico e orgânico se fundem, ratificando a sua viticultura e posterior elaboração vínica. Vinho com bom corpo, como é usual nesta casta Nero D’Avola, e em geral nos vinhos da Sicília.
No visual é violáceo , bem escuro mesmo. Safra 2019 ainda novo, mas macio e até menos alcoólico que alguns outros vinhos da mesma cepa. Olfato bem frutado e com especiarias. A cereja preta, a ameixa, a pimenta rosa aparecem.
Em boca confirma o frutado. As especiarias mais picantes estão presentes, algum dulçor de especiarias doces também. Muito equilibrado com taninos macios, frescor, e um longo final de boca.
Estagia um quase nada por madeira, apenas 2 meses e em minha opinião, devem ser barricas usadas. Este vinho pode ser degustado um pouco mais refrescado, eu o consumi com a garrafa ao redor dos 13º C.
Para harmonizações, pastas com molhos vermelhos fortes, ragu de carnes bovinas ou de cordeiro. Ensopados de carne vermelha de caça, tanto de pelos como de penas. Um bom churrasco, como eu fiz vai bem. Queijos, procure os mais curados, os mais maturados.
Para este e outros vinhos SemiD’oro:
Rua Pascal, 656 Campo Belo 11 2768-1950/11 98339-4352
e-mail : [email protected]
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão